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Mensagem por AlyneArgen Dom 15 Set 2024, 18:51

Olá pessoal,


Gostaria novamente de mais uma avaliação de uma redação modelo Enem, cujo tema é: O desafio de combater o bullying dentro da escola.


Segue abaixo minha escrita:


Em sua música “Que país é esse?”, Renato Russo critica duramente a corrupção, a desigualdade social e a injustiça, expressando sua angústia diante das indefinições do futuro do país, advinda da conduta passiva de grande parcela da sociedade brasileira da época frente a problemas sociais. Infaustamente, a composição ainda é uma realidade no cenário contemporâneo, ao observar a postura inerte da população no que concerne aos impactos do desafio de combater o bullying dentro da escola, de modo que a habitualidade diante desse quadro, agrava tal problemática. Desse modo, torna-se premente analisar os principais propulsores desse problema: a falta de políticas públicas e a ausência de conscientização popular.

Sob esse viés, é lícito postular que a carência representativa no meio político é um fator preponderante para a ocorrência desse imbróglio. Diante disso, o escritor George Orwell afirma tropologicamente, em sua obra literária “A Revolução dos Bichos”, que o poder, quando concentrado em mãos corruptas e ineficazes, só serve para agravar as desigualdades e a opressão. Nesse raciocínio, um dos principais impactos do bullying para o corpo social brasileiro foi o desenvolvimento de mentes doentes, em outras palavras, as vítimas acabam despertando o sentimento de vingança, que muitas vezes contribui para massacres, visto que de alguma forma, esses indivíduos querem dar o troco pelo seu sofrimento. Nesse sentido, muitas pessoas terminam por sofrer devido a esse ato, inclusive sujeitos que não tiveram culpa do ocorrido. Dessa maneira, é notória a necessidade de uma ordem vigente representativa para a resolução desse impasse.

Ademais, é válido ressaltar que paralelamente às questões políticas, o bullying também trouxe à tona a consequência da deplorável conscientização popular. Na obra “A pedagogia do Oprimido” do educador e filósofo Paulo Freire, o artífice defende que, sem um discernimento adequado, os habitantes marginalizados tendem a aceitar as condições de desigualdade e opressão como naturais, o que limita sua capacidade de agir coletivamente para mudar a situação. Na conjuntura da nação, evidencia-se a lacuna no acesso à informação como um dos principais desafios enfrentados pela sociedade brasileira. Já que em um contexto de emergência, a disseminação de informações precisas e acessíveis tornou-se crucial para o controle da crise, mas a falta de acesso à internet de qualidade e a baixa escolaridade em algumas regiões dificultam a conscientização popular sobre as medidas de prevenção e a gravidade do obstáculo. Desse modo, essa barreira informacional contribuiu para a proliferação de fake news, que, por sua vez, alimentou comportamentos inadequados, como a “As pessoas não possuem senso de humor, deve-se brincar com os coleguinhas”. Evidencia-se, portanto, a necessidade de campanhas de educação e proliferação da informação de qualidade.


Mediante o exposto, são imperiosas resoluções acerca desse quadro. Para isso, o corpo governamental deverá atuar juntamente ao Ministério do Trabalho - órgão responsável pela proteção dos direitos trabalhistas e promoção de políticas públicas voltadas para o trabalho - na criação de projetos como remuneração por parte do Estado às autoridades responsáveis pela administração escolar e com campanhas informativas acerca da importância do respeito com os colegas de classe e métodos eficazes que ajudam a controlar as emoções do agressor. As campanhas devem ser interativas e incluir depoimentos de pessoas cujas vidas foram transformadas pela valorização da diferença e o conteúdo das mesmas deve desmistificar os mitos voltados para essa questão e esclarecer dúvidas comuns, sendo necessário que o Ministério da Fazenda invista maior parcela dos impostos nessa proposta. Assim, atenuar-se-á o problema dos impactos do bullying no corpo social brasileiro e a postura passiva - retratada na melodia “Que país é esse?” - da população não será mais uma realidade no território atual.

Desde já agradeço pelo feedback.
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