Redação Modelo ENEM

por hugo araujo Seg 06 Jun 2016, 21:34

A Persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea

https://projetoredacao.com.br/temas-de-redacao/a-persistencia-do-racismo-na-sociedade-brasileira-contemporanea

O racismo é uma prática histórica no Brasil. Na atualidade, a sua existência é influenciada pelas transformações sociais do século XXI, como a evolução dos meios de comunicação e das relações socioeconômicas baseadas em padrões culturais. Com isso, surge a problemática da intolerância racial que, entre outros motivos, relaciona-se à questões educacionais e institucionais.

O preconceito racial sempre foi uma constante no País. Atualmente, a sua existência pode surgir de forma velada, como na baixa inserção de ícones afrodescendentes na industria cultural da música e da moda ou como a baixa representatividade dessa demanda no poder público, ou pode surgir também de forma explícita nas redes sociais por meio de ''discursos de ódio'' pautados pelo anonimato, como ocorreu recentemente com a atriz Taís Araújo. Desse modo, evidencia-se que o preconceito racial nunca deixou de ser uma realidade no país, pois pode ser percebido nas novas relações sociais.

Ainda nesse sentido, a pouca abordagem desse tema no âmbito educacional contribui para a perpetuação dessa problemática. Para o educador Paulo Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno, seguindo esse pensamento, o país carece de uma educação específica para desconstruir o preconceito sobre a população afrodescendente. Do mesmo modo, apesar da constituição de 1988 ser conhecida como '' carta dos povos '' e tipificar o racismo como crime, percebe-se que a mesma promoveu poucas transformações para a igualdade racial no país.

Verifica-se, portanto, que a intolerância racial adquiriu novas características na contemporaneidade e sua continuidade é favorecida pela sua baixa inserção nas esferas legislativas e educacionais. Afim de atenuar o problema, o ministério da educação pode incluir disciplinas que promovam o reconhecimento dos afrodescendentes e o respeito as diferenças, e além do mais, os poderes legislativos e judiciário devem criar emendas constitucionais que promovam inclusão social, como a Lei de Cotas, e campanhas junto a mídia incentivando as denúncias contras esses crimes. Dessa forma, será possível eliminar uma prática que é incompatível com a diversidade cultural do país.

por VioletChachki Seg 06 Jun 2016, 21:57

nossa, achei perfeito.
Quanto à citação, é algo que você viu por leitura própria mesmo ou é de alguma informação (que não encontrei) no próprio site que propôs o tema?

por hugo araujo Seg 06 Jun 2016, 22:06

Obrigado.

Leitura. Vasculhe na internet, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Sergio Buarque de Holanda, Caio Prado Junior, Aristóteles, Marx, Weber, Durkheim etc.

por Convidado Seg 06 Jun 2016, 22:30

Excelente.

1000. ^^

Gostei que vc não se perdeu com a introdução... quando eu vi aquele negócio de novos padrões culturais achei que vc não iria responder no texto... usou um conectivo "isso" e também explicou o que significa esses novos padrões culturais.

Todo tempo dentro do tema da continuação do racismo. Sem nada para comentar a mais.

Bons estudos.

por hugo araujo Seg 06 Jun 2016, 22:45

Obrigado pelo incentivo JaJacs.

Bons estudos para você também. ^^

por **Diego A** Sáb 11 Jun 2016, 00:02

O racismo é uma prática histórica no Brasil. Na atualidade, a sua existência é influenciada pelas transformações sociais do século XXI, como a evolução dos meios de comunicação e das relações socioeconômicas baseadas em padrões culturais. Com isso, surge a problemática da intolerância racial que, entre outros motivos, relaciona-se à questões educacionais e institucionais.

O preconceito racial sempre foi uma constante no País. Atualmente, a sua existência pode surgir [se dá] [1] de forma velada, como na baixa inserção de ícones afrodescendentes na industria cultural da música e da moda ou como a baixa representatividade dessa demanda no poder público, ou pode surgir também de forma explícita nas redes sociais por meio de ''discursos de ódio'' pautados pelo anonimato, como ocorreu recentemente com a atriz Taís Araújo. Desse modo, evidencia-se que o preconceito racial nunca deixou de ser uma realidade [1] no país, pois pode ser percebido nas novas relações sociais.

Ainda nesse sentido, a pouca abordagem desse tema no âmbito educacional contribui para a perpetuação dessa problemática. Para o educador Paulo Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno, seguindo esse pensamento, o país carece de uma educação específica para desconstruir o preconceito sobre a população afrodescendente. Do mesmo modo, apesar da constituição de 1988 ser conhecida como ''carta dos povos'' e tipificar o racismo como crime, percebe-se que a mesma promoveu poucas transformações para a igualdade racial no país.

Verifica-se, portanto, que a intolerância racial adquiriu novas características na contemporaneidade e sua continuidade é favorecida pela sua baixa inserção [2] nas esferas legislativas e educacionais. Afim de atenuar o problema, o ministério da educação pode incluir disciplinas que promovam o reconhecimento dos afrodescendentes e o respeito as diferenças, e[,] além do mais, os poderes legislativos e judiciário devem criar [3] emendas constitucionais que promovam [a] inclusão social, como a Lei de Cotas, e campanhas junto a mídia incentivando as denúncias contras esses crimes [os crimes de racismo]. Dessa forma, será possível eliminar uma prática que é incompatível com a diversidade cultural do país.

______________________________
[1] vês que ao sugerir que o preconceito "pode surgir" controverte-se àquilo que está no final do parágrafo, "nunca deixou de ser uma realidade"
[2] "sua baixa inserção". Baixa inserção do negro no legislativo? não está bem definido, o pronome ficou vago. Cuidado com o pronome possessivo "sua"!
[3] o poder judiciário não cria leis e emendas, esse poder tem o dever de julgar segundo as leis criadas pelo legislativo.

Coesão: [2]
Coerência: [1] e [3]
Norma: Foram corrigidos no texto

Apesar de cometido alguns deslizes o texto está muito bom.

por hugo araujo Sáb 11 Jun 2016, 13:06

Obrigado Diego Matheus.

Segue a Reescrita.

O racismo é uma prática histórica no Brasil. Na atualidade, a sua existência é influenciada pelas transformações do século XXI, como a evolução dos meios de comunicação e das relações socioeconômicas baseadas em padrões culturais. Com isso surge a problemática da intolerância racial que, entre outros motivos, relaciona-se à questões educacionais e institucionais.

O preconceito racial ganhou novos contornos nas últimas décadas. Hoje, a sua existência pode surgir de forma velada, como na baixa inserção de ícones afrodescendentes na indústria cultural da música e da moda ou como na baixa representatividade da população negra no poder público, ou de forma explícita nas redes sociais - através dos discursos de ódio pautados pelo anonimato, como ocorreu recentemente com a atriz Taís Araújo. Desse modo, evidencia-se a continuidade do racismo no mundo moderno.

Ainda nesse sentido, a pouca abordagem desse tema no âmbito educacional contribui para a perpetuação dessa problemática. Para o educador Paulo Freire, '' o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno '' e, seguindo esse pensamento, o país carece de uma educação específica para desconstruir o preconceito sobre a população afrodescendente. Do mesmo modo, apesar da Constituição de 1988 ser conhecida como '' Constituição Cidadão '' e tipificar a injúria racial como crime, o seu texto ainda não conseguiu amenizar a desigualdade racial histórica persistente na nação.

Verifica-se, portanto, que a continuidade do racismo na contemporaneidade é favorecida pela sua baixa abordagem no setor educacional e pela ineficácia do setor institucional. A fim de atenuar o problema, o ministério da educação pode incentivar nas escolas o reconhecimento dos afrodescendentes e o respeito às diferenças por meio de disciplinas específicas, e além disso, o Governo pode criar emendas constitucionais para promover inclusão social, como a Lei de Cotas, e campanhas junto à mídia incentivando denúncias contra os crimes raciais. Dessa forma, pode ser possível minimizar gradualmente uma prática incompatível com a diversidade do país.