Redação modelo ENEM

por romulos1 Qua 25 Nov 2020, 17:40

Fala, amigos, poderiam corrigir para mim?
Acharam que a redação ficou boa e as citações produtivas? parece que não consigo sair desse platô. Eu tentei fazer uma coisa diferente, relacionar o que foi dito no primeiro desenvolvimento com o segundo, é válido ou diminui a quantidade de ideias?

O livro "Triste fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, narra a história de Quaresma, um homem extremamente nacionalista e utópico que, ao se deparar com as mazelas do Brasil e com a pouca preocupação da população em resolvê-las, se desilude quanto ao futuro do país. Fora da literatura, percebe-se que esse descontentamento não foi infundado, tendo em visa a pequena quantidade de pessoas que se dispõem a trabalhos voluntários. Essa realidade requer uma mudança cultural e é consequência de uma educação que não desenvolve o altruísmo.
Em primeira análise, quando a Constituição Federal, no artigo 6°, lega ao Estado a obrigação de garantir os direitos sociais, as pessoas perdem a responsabilidade para como próximo. Nesse sentido, é gerada uma cultura de egoísmo e alienação na mentalidade popular, a qual leva muitos à passividade diante das mazelas sociais, já que não seriam suas obrigações resolvê-las. Consequentemente, menos pessoas utiliza parte de seu tempo para presar serviços voluntários.
Diante disso, uma instrução, que visa desenvolver o pensamento critico e a iniciativa em ajudar o próximo, toma uma posição de vanguarda na solução do problema. De acordo com o conceito de pedagogia libertadora, de Paulo Freire, a educação tem o papel de não só ensinar conteúdos técnicos ao aluno, mas também desenvolver nele virtudes como o altruísmo e um entendimento de mundo que permita ao estudante transformar sua realidade. Assim, os jovens aprendem a serem participativos processo de aplicação do que é previsto na Carta Magna e na melhoria da condição de vida de seus semelhantes mais humildes.
Depreende-se, portanto, que o terceiro setor é um braço forte na garantia dos direitos sociais e encontra na educação uma forma de se fortalecer e ampliar. Para isso, o Ministério da Educação-instância educacional máxima do país- deve desenvolver o altruísmo nos alunos, sobretudo nas escolas de regiões mais abastadas, por meio de projetos sociais, desde tenra idade, como a doação de roupas e comida aos moradores de rua. Caso feita, essa medida aumentará a quantidade de pessoas em serviços voluntários e tornará os indivíduos menos egoístas.

por _Arthur_ Qui 26 Nov 2020, 04:37

O livro "Triste fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, narra a história de Quaresma, um homem extremamente nacionalista e utópico que, ao se deparar com as mazelas do Brasil e com a pouca preocupação da população em resolvê-las, desilude-se quanto ao futuro do país. Fora da literatura, percebe-se que esse descontentamento não foi infundado, tendo em vista a pequena quantidade de pessoas que se dispõem a trabalhos voluntários. Essa realidade requer uma mudança cultural e é consequência de uma educação que não desenvolve o altruísmo.
Em primeira análise, quando a Constituição Federal, no artigo 6°, lega ao Estado a obrigação de garantir os direitos sociais, as pessoas perdem a responsabilidade para com o próximo. Nesse sentido, é gerada uma cultura de egoísmo e alienação na mentalidade popular, a qual leva muitos à passividade diante das mazelas sociais, já que não teriam o dever de resolvê-las. Consequentemente, menos pessoas utilizam parte de seu tempo para prestar serviços voluntários.
Diante disso, uma instrução, que visa desenvolver o pensamento crítico e a iniciativa em ajudar o próximo, toma uma posição de vanguarda na solução do problema. De acordo com o conceito de pedagogia libertadora, de Paulo Freire, a educação tem o papel não só de ensinar conteúdos técnicos ao aluno, mas também de [paralelismo] desenvolver nele virtudes como o altruísmo tal qual um entendimento de mundo que permita ao estudante transformar sua realidade. Assim, os jovens aprendem a serem participativos no processo de aplicação do que é previsto na Carta Magna e, desse modo, lutam para que os desiguais tenham uma vida digna.
Depreende-se, portanto, que o terceiro setor é um braço forte na garantia dos direitos sociais e encontra na educação uma forma de se fortalecer e ampliar. Para isso, o Ministério da Educação-instância educacional máxima do país- deve propagar o altruísmo nas escolas, sobretudo naquelas pertencentes à periferia, por meio de projetos sociais, os quais estimulem os alunos a doarem roupas e comida aos moradores de rua, com o escopo de fomentar o espírito cidadão e, assim, o voluntariado se tornará uma tônica no país. Dessa forma, a utopia de Quaresma reverberará na realidade.

Esse seu hábito de fazer um parágrafo falando apenas de aspectos positivos não é uma boa ideia. É mais seguro manter-se crítico nos dois parágrafos argumentativos.

por romulos1 Qui 26 Nov 2020, 13:54

Opa, Arthur, valeu pela correção! Tenho algumas perguntas:
por que "tem o papel de não só..." estaria errado?

Na conclusão, você botou escolas periféricas, eu até tinha pensado nisso, mas pra mim não faria sentido incentivar pessoas humildes a doarem, faria mais sentido se fosse numa região mais abastada, não entendi muito bem sua correção aqui.

Quando você disse sobre os aspectos positivos, estava falando do 2° desenvolvimento?

Mas de resto eu compreendi, realmente eu deixei muito expositiva a conclusão, não está ficando boa...

Desculpa te encher de tanta pergunta kkk

por _Arthur_ Qui 26 Nov 2020, 14:16

romulos1 escreveu:Opa, Arthur, valeu pela correção! Tenho algumas perguntas:
por que "tem o papel de não só..." estaria errado?

não só de ensinar conteúdos técnicos ao aluno, mas também de

As partes em negrito estão interligadas. Tem que escrever ambas na sequência para ficar paralelo (por isso disse paralelismo) e, inclusive, esteticamente agradável. Paralelismo é cobrado pela banca na competência I.

Na conclusão, você botou escolas periféricas, eu até tinha pensado nisso, mas pra mim não faria sentido incentivar pessoas humildes a doarem, faria mais sentido se fosse numa região mais abastada, não entendi muito bem sua correção aqui.

Verdade, falha minha, segui o estereótipo de sempre falar de gente pobre, da periferia e tal, sem perceber que, nesse tema, não faz sentido. kk. Você está certo! Desatenção de minha parte! Desculpe-me!

Quando você disse sobre os aspectos positivos, estava falando do 2° desenvolvimento?

Sim.

Mas de resto eu compreendi, realmente eu deixei muito expositiva a conclusão, não está ficando boa...

A conclusão não está expositiva, ela está incompleta, na verdade. Nessa, faltou inclusive o efeito, além dos detalhamentos.

por romulos1 Qui 26 Nov 2020, 14:57

"Caso feita, essa medida aumentará a quantidade de pessoas em serviços voluntários e tornará os indivíduos menos egoístas."
Já não seria o efeito? realmente tenho que botar tudo junto, pra não ter erro.

Mas então esse paralelismo seria para manter o "padrão" da ideia e a correção é mais por questão de sonoridade?

Mas não entendi, na minha cabeça não estava falando positivamente da educação, estava, na verdade, falando das necessidades de mudança dela, acho que me expressei muito mal. Conhece algum repertório que poderia ser usado no lugar? vou reescrever essa redação.

por _Arthur_ Qui 26 Nov 2020, 15:24

romulos1 escreveu:"Caso feita, essa medida aumentará a quantidade de pessoas em serviços voluntários e tornará os indivíduos menos egoístas."
Já não seria o efeito? realmente tenho que botar tudo junto, pra não ter erro.

Essa frase final é normalmente classificada como EFEITO MAIOR, EFEITO DE TODAS AS AÇÕES. MAS PRIMEIRO É PRECISO E MAIS SEGURO COLOCAR O EFEITO, PARA SÓ DEPOIS O DETALHAMENTO DO EFEITO E, POR FIM, PARA FICAR MELHOR AINDA, FINALIZAR COM O EFEITO MAIOR.

Mas então esse paralelismo seria para manter o "padrão" da ideia e a correção é mais por questão de sonoridade?

Paralelismo nada tem a ver com a ideia, tem a ver com a GRAMÁTICA.
não só de ensinar conteúdos técnicos ao aluno, mas também de

não só..., mas também é uma conjunção (em qualquer tabela de conectivos do google você vê isso)

não só de..., mas também de

A repetição do termo "de" após cada parte da conjunção, caracteriza o paralelismo. Pesquise sobre paralelismo caso não tenha ficado claro.

Mas não entendi, na minha cabeça não estava falando positivamente da educação, estava, na verdade, falando das necessidades de mudança dela, acho que me expressei muito mal. Conhece algum repertório que poderia ser usado no lugar? vou reescrever essa redação.

O repertório do Paulo Freire é totalmente pertinente ao tema. O problema está na forma como foi usado.
Diante disso, uma instrução, que visa desenvolver o pensamento crítico e a iniciativa em ajudar o próximo, toma uma posição de vanguarda na solução do problema. De acordo com o conceito de pedagogia libertadora, de Paulo Freire, a educação tem o papel não só de ensinar conteúdos técnicos ao aluno, mas também de [paralelismo] desenvolver nele virtudes como o altruísmo tal qual um entendimento de mundo que permita ao estudante transformar sua realidade. Assim, verifica-se que a realidade das escolas brasileiras vai de encontro à premissa freiriana, haja vista que os jovens NÃO aprendem a serem participativos no processo de aplicação do que é previsto na Carta Magna [está falando do que, aliás? Você mesmo disse no parágrafo anterior que a Constituição gera descompromisso dos cidadãos com o voluntariado. Qual o sentido dessa ideia agora, então? Incoerente, não?] e, desse modo, eximem-se de lutar para que os desiguais tenham uma vida digna.

por romulos1 Qui 26 Nov 2020, 15:43

Quando eu falo da Carta Magna, me refiro aos direitos sociais. Mas, realmente, meu parágrafo ficou contraditório com o anterior. Da forma como você escreveu não fica, porque explica o descompromisso. Tenho que tomar cuidado cm incoerência, destrói o texto. Obrigado novamente, Arthur!

por _Arthur_ Qui 26 Nov 2020, 15:48

Não sei se fui claro, mas a parte em vermelho tem que ser retirada.

por _Arthur_ Qui 26 Nov 2020, 16:00

Uma sugestão:

Assim, verifica-se que a realidade das escolas brasileiras vai de encontro à premissa freiriana, haja vista que os jovens NÃO aprendem sobre as benesses do trabalho voluntário, como sinalização de virtude bem como promoção de ordem social e progresso humano, e, por fim, eximem-se de lutar para que os desiguais tenham uma vida digna.