método de Poggendorff / método da oposição

Alguém sabe me dizer por que no método de Poggendorff tem um ponto da barra que o amperímetro marca 0A?
Ou, ainda, me explicar como? Se não fosse pedir muito, um desenho ajudaria.
Obrigado!

Esse método eu não conhecia. O amigo Elcioschin certamente dará uma explicação bem adequada.

Euclides, eu vi esse texto aí num site e tal, pena que não era algo muito explicativo. Mas também aqui não fala nada de potenciômetro. O que eu achei melhorzinho foi esse aqui.
Mas enfim, pegando do enunciado aqui que tenho comigo:
Dado o seguinte esquema:

é dito que é válida a seguinte expressão:

Eu vi como se chega nessa expressão, e tudo ok. O que eu não entendi é que é dito que conforme se mexe o cursor ali na barra há um ponto em que quando o colocamos, o amperímetro marca 0. Eu não consigo entender por que ele marcaria 0, o que anula a corrente que passaria por E2?

Baseado no desenho postado pelo Hgp2102:

Sejam i1 a corrente no ramo com E1, R1 e Rbc, sentido para a esquerda, i2 a corrente no ramo com E2 e R2 sentido para a direita e i a corrente no ramo central com Rab sentido para a direita

Notem que, com a convenção acima, E1 é gerador e E2 é receptor

Equação na malha superior ---> E1 = R1.11 + Rbc.i1 + Rab.i   

Equação na malha inferior ---> E2 = - R2.i2 + Rab.i

Equação no nó esquerdo ----> i1 = i + i2

Variando a posição do cursor B, haverá uma posição do mesmo para a qual a corrente i2 (no amperímetro A) se anula: isto acontece quando o potencial do ponto  A é igual ao do ponto B ---> Uab = 0


A corrente i é dada na malha superior por i = E1/(R1 + Rac)

A corrente i é dada na malha inferior por i = E2/Rab

Logo ----> E1/(R1 + Rac) = E2/Rab

Nesta caso ----> i2 = 0 ----> i = i1


Na figura mostrada pelo Euclides, aparece o potenciômetro de Poggendorff, destinado a medir a fem desconhecida de uma pilha (Ex).

E é um gerador auxiliar


Ep é uma pilha de fem constante e conhecida. Deve-se ter E> Ep e E > Ex

Com a chave S1 na posição inferior, desloca-se o cursor do potenciômetro P. Pelo mesmo motivo do desenho anterior, vai chegar um instante em que será nula a corrente no galvanômetro G. Aplicando a equação das malhas na malha superior ---> Ep = i.R1

Mudando S1 para cima e movendo-se novamente o cursor, haverá um novo ponto para o qual a corrente em G novamente se anula ----> Ex = i.R'1

Dividindo a 2ª equação pela 1ª ---> Ex/Ep = R'1/R1

Como o fio do potenciômetro é homogêneo e de seção reta constante, R1 e R'1 são proporcionais aos respectivos comprimentos, os quais podem ser medidos numa régua (escala) graduada:

Ex = Ep.(L1/L'1)

A explicação da figura do Euclides consta numa apostila que eu escrevi (na década de 70), quando eu ainda dava aulas de eletricidade num cursinho pré-vestibular em Santos/SP.

Obrigado por responder a este tópico, Elcioschin 
Mas ainda resta uma dúvida que não consigo compreender: por que existe um ponto em que Va = Vb, fazendo Uab = 0? Não consigo enxergar algo que os faça ter o mesmo potencial...
Mais uma vez, obrigado por responder, Euclides e Elcioschin. Vocês são duas figuras curiosas para mim  

Pelo mesmo motivo que, numa Ponte de Wheatstone, quando você varia um dos 4 resistores (potenciômetro), vai chegar um instante em que o potencial de um dos terminais da ponte é igual ao potencial no outro terminal. Como a ddp entre os terminais é nula, a corrente no galvanômetro (ponte) entre os terminais será nula.

Sugiro dar uma pesquisada em Ponte de Wheatstone e ver a demonstração de que isto é verdade. O Euclides uma vez publicou uma explicação sobre isto no fórum. Quem sabe ele localiza!

Depois de entender a Ponte, facilmente entenderá Poggendorff.

Eu nem me lembrava mais disso. Acho que era este tópico:

https://pir2.forumeiros.com/t46300-ponte-de-wheatstone-teorica?highlight=ponte+de+wheatstone

É exatamente isto Euclides!!!
Acho que agora o Hgp2102 vai "dominar o assunto"

Mas ainda não tá fazendo sentido completo pra mim, pois vejam que na ponte de Wheatstone os pontos B e C possuem mesmo potencial mas estão em fios diferentes. Se eu ligar algo de B para C, não passa corrente nele. Porém, no método de Poggendorff, os pontos "B e C" (no caso da figura que postei seria A e B), estão "no mesmo" fio, ou seja, sobre a barra... isso não significaria que não passaria corrente na barra e, portanto, não haveria nenhuma corrente no circuito?
À propósito, ótimo tópico o outro; já estava tão acostumado com a ideia de simetria que nem me preocupava mais com a "prova" matemática de que aquilo era válido... apenas havia visto uma informal.

Hgp2102

Note que o seu desenho é totalmente diferente do desenho que o Euclides postou (o da minha apostila é idêntico ao do Euclides, por isto nem postei)

1) No seu desenho aparecem somente 2 geradores (E1 e E2). Já no desenho do Euclides (e no meu) aparecem 3 geradores (E, Ep e Ex)

2) No seu desenho aparece um amperímetro em série com E2 e R2. Já no desenho do Euclides aparece um galvanômetro no ramo superior, em série com Ep ou Ex

Assim, o seu desenho não corresponde exatamente ao potenciômetro de Poggendorff. Esqueça, portanto, o seu desenho.

O importante é o seguinte: Tanto no caso de Ep como no caso de Ex. haverá uma posição do cursor (a posição no caso de Ep é diferente da posição no caso de Ex), para a qual a ddp entre os terminais do galvanômetro é nula, nos dois casos: não passa corrente no ramo do galvanômetro (nos dois casos).