Campo magnético - interferência - fisiologia

O sistema nervoso humano produz um campo magnético ínfimo, da ordem de 10 femtotesla para a atividade cortical e 10³  femtotesla para as ondas alfa. Entretanto, a todo o momento ao longo do nosso dia a dia, somos cercados por aparelhos eletrônicos que geram, também, campos magnéticos, inclusive de ordem bem superiores, sem contar as ondas eletromagnéticas de rádios, T.V., satélites etc. E, suponho, esses campos magnéticos interagem com o campo magnético do nosso corpo.

Não quero entrar nos temas fatalistas e não muito esclarecidos, como se a radiação eletromagnética pode causar câncer ou doenças do tipo. Gostaria apenas de saber se esses campos magnéticos podem, sob determinadas circunstâncias, afetar o processamento de dados do sistema nervoso. Por exemplo: é possível que um campo magnético exterior, sob determinadas condições, reduza o tempo de percepção e interpretação de um estímulo sensorial, mesmo que essa redução de tempo seja mínima? É possível que demoremos mais para interpretar determinado fato sob a ação de uma radiação determinada?

Estava assistindo um documentário (da Discovery, se não me engano) sobre técnicas forenses e, em condições controladas (em laboratório), um cientista canadense conseguiu interferir no raciocínio e na interpretação das pessoas através da ação de campos eletromagnéticos. Quais seriam as condições para que isso pudesse ocorrer, mesmo que de maneira reduzida, em condições aleatórias, isto é, no dia a dia?

Agradeço se alguém puder ajudar.

Não sabia sobre essas informações dos animais, Mestre Euclides. Muito interessante.

Sim, eu também já li que estudos sobre a interferência na saúde foram inconclusivos, mas sempre que vejo tais estudos eles são focados em interferências absolutamente destrutivas, como desenvolvimento de doenças.

Minha dúvida é se a radiação eletromagnética é capaz de interferir de forma mínima no sistema nervoso, mesmo que de forma não explicitamente prejudicial (como a redução da velocidade do processamento de informação, por exemplo). Parece-me lógico que sim, considerando-se os efeitos que possuem em máquinas e em outros animais, mas me falta alguma evidência empírica.

De qualquer forma, agradeço pela resposta, mestre.