Hidrodinâmica e Volume Submerso

Um recipiente cheio com água encontra-se em repouso sobre a horizontal. Uma bola de frescobol flutua, em equilíbrio, na superfície da água no recipiente. A bola flutua com volume imerso V0. A distância entre a superfície da água e o fundo do recipiente é muito maior que o raio da bola. Suponha agora que o recipiente move-se verticalmente com aceleração constante de módulo a. Neste caso, considere a situação em que a bola encontra-se em equilíbrio em relação ao recipiente. Considere também a aceleração da gravidade local de módulo g. É correto afirmar que, em relação ao nível da água, o volume imerso da bola será:

a) (1 + 2a/g)V0 , se a aceleração do recipiente for para cima.

b) (1 – a/g)V0, se a aceleração do recipiente for para baixo.

c) 2V0, se a aceleração do recipiente for igual a g.

d) V0/2, se a aceleração do recipiente for reduzida à metade.

e) V0, independente da aceleração.

Eu cheguei na alternativa c), e queria que alguém apontasse meu erro, por gentileza, e também me mostrasse como fazer certo.

No início, em equilíbrio: E=P ---> dlíq*g*V0= m*g ---> m=dlíq*V0 (I)

Depois, considerando a=g, e o recipiente movimentando-se verticalmente para baixo: Fr= E-P ---> m*a= dlíq*g*V' -mg (II)
Substituindo (I) em (II), V'= 2V0

O que eu fiz de errado?

O recipiente deve-se mover para cima, pois a superfície horizontal impede o movimento para baixo.
E o enunciado NÃO afirmou que a = g

A aceleração a para acima, atua tanto no recipiente, quanto na água e na bola.
Logo, ele não influencia no empuxo, que continua o mesmo, o mesmo acontecendo com o volume submerso

uma coisa que eu não entendi é que se a bola está acelerada, então necessariamente o empuxo e o peso têm de ter módulos diferentes, para existir uma força resultante. Assim, como o peso não é igual ao empuxo, então o volume submerso deveria ser diferente da situação de equilíbrio, ou seja, não pode ser Vo, não??

A bola está acelerada para cima, com aceleração a.
Acontece que o recipiente e água também possuem a mesma aceleração.
Assim nada pode mudar a posição da bola em relação à água e ao recipiente.

Algo similar acontece com dos trens se movendo paralelos, com a mesma aceleração: para um passageiro num dos trens, parece que o outro trem está parado.

Entendo, mas como ficaria a aplicação da 2 lei de newton para a bola?