Alguém que estudou durante o regime militar?

Eu sempre ouço controvérsias à respeito deste assunto. Quero saber se alguém que participa deste fórum estudou durante o regime militar e pudesse me contar como era: se o professor era respeitado, o ensino era bom, etc. Obrigado!

Olha, creio eu que o professor era respeitado não por o regime ser militar, mas porque a sociedade brasileira era menos secularizada e mais disciplinada graças a um núcleo familiar menos fragmentado (contudo, desde aquela época em processo de decadência).

EDIT: Complementando a resposta, o Brasil vai seguir o exemplo europeu, sem dúvida alguma. É algo parecido com a transição demográfica, o que acontece lá depois de certo tempo vai acontecer aqui, inevitavelmente. 

Nesses dias terminei de ler "História concisa da revolução russa" do historiador Richard Pipes e, em um trecho do livro é detalhado o comportamento dos alunos do ensino básico (que não por acaso eram algo parecido com a situação brasileira), portanto fica a dica 

Que exemplo europeu? Só vejo a Alemanha sendo morta.

O respeito aos professores, a atitude em sala de aula e a qualidade do ensino público são menos frutos de políticas educacionais do que da educação que as famílias dão aos seus filhos. A motivação dos professores é, sim, em parte relacionada à remuneração, mas a sensação de ter de dar uma aula "contra" a turma é profundamente desmotivadora.

Eu estudei antes, durante e durante o regime militar. Fui professor, muito tempo depois.

Exemplo europeu de transição demográfica. As taxas de natalidade e mortalidade baixaram e a tendência é no Brasil ocorrer o mesmo. É apenas um comparativo em relação a decadência da educação brasileira.

Alemanha sendo morta? Não entendi 

youtube.com/watch?v=qHcko_ssflA

Euclides escreveu:O respeito aos professores, a atitude em sala de aula e a qualidade do ensino público são menos frutos de políticas educacionais do que da educação que as famílias dão aos seus filhos. A motivação dos professores é, sim, em parte relacionada à remuneração, mas a sensação de ter de dar uma aula "contra" a turma é profundamente desmotivadora.

Eu estudei antes, durante e durante o regime militar. Fui professor, muito tempo depois.

E como era a rigidez no passado? Eu preferia se hoje em dia fosse mais rígido. Ferro é forjado no fogo.

Não me lembro de "rigidez". Havia os inspetores de alunos que eram responsáveis pela disciplina. Disciplina significava o cumprimento das regras que eram conhecidas por todos.

Os inspetores de quem me lembro eram pessoas que cumpriam seu papel com muito tato e eram nossos bons amigos. Não havia como negar a autoridade que possuíam por dois motivos: porque era uma autoridade de fato, conferida pelo Estado e porque era uma autoridade moral, de direito, conquistada no relacionamento conosco. Nunca foram injustos.

A gente transgredia, sim, como em todos os tempos, mas sabíamos que era transgressão ("matar aula", fumar dentro da escola) e quando punidos não havia como reclamar, sabíamos do erro cometido.

Entendíamos que a escola era nossa e que devíamos zelar pela sua preservação. Mas isso vinha conosco de casa...

Falar em preservação da escola:
Os "alunos" que ocuparam o meu colégio arrombaram portas, quebraram carteiras e telhados (com isso choveu e inundou a biblioteca, estragando mais da metade dos livros), fizeram certas coisas que não deviam...
Do que adianta reclamar para os pais se são piores que os filhos?!
Eu não tive educação de casa, mas desde de pequeno já entendia o que é certo e errado.

Euclides, minha professora disse que D. Pedro II nunca quis que o Brasil fosse uma república.
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Tópico errado. Deixei muitas abas abertas do fórum e postei no incorreto. Desculpa!