Aumento das DST's entre os jovens no Brasil

Segundo Ralph Waldo Emerson, “a maior riqueza é a saúde”. Entretanto, isso não se reflete no Brasil hodierno, haja visto que o número de ocorrência de Doenças Sexualmente Transmissíveis aumentou entre os jovens, o que configura um problema grave na sociedade, seja pela ineficiência das escolas em alertar os estudantes a respeito dos riscos de infecção, seja pela ineficácia das campanhas de prevenção criadas pelo Governo. Destarte, é imprescindível discutir novas metodologias para que o quadro seja revertido.

Em primeira análise, destaca-se que a juventude brasileira sofre com a escassez de conhecimento sobre as moléstias adquiridas em consequência do coito sem proteção, o que contribui para a manutenção do status quo. Nesse viés, o filme ‘’Kids’’ mostra a realidade de adolescentes que praticam relações sexuais sem o uso de preservativos e se tornam soropositivos em consequência disso, devido à falta de instrução sobre as possíveis consequências de seus atos. Isto posto, essa narrativa corrobora o conceito de que as escolas falham em fornecer orientações preventivas adequadas aos alunos, pois, segundo a Organização Mundial da Sáude, cerca de 20% das pessoas entre 15 e 24 anos acham que existe cura para a Aids. Logo, é indubitável que essa má instrução sexual precisa ser reconhecida e debatida pela sociedade.

Ademais, é incontestável que a inoperância estatal é parte do problema, uma vez que o serviço de prevenção das DST’s ofertado pelo Sistema único de Saúde é precário e defeituoso. Sob essa perspectiva, a Revolta da Vacina - ocorrida em 1904 – confirma a incapacidade histórica dos governantes em oferecer soluções para problemas relacionados ao combate de doenças, pois ainda hoje o atendimento fornecido pelo SUS não consegue atender a demanda da saúde pública. Assim sendo, é notório que o Brasil não aprendeu com seu próprio passado no que tange à qualidade desse atendimento.


Portanto, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Diante desse cenário, cabe ao Poder Executivo, por meio de investimentos aplicados no Ministério da Saúde, aumentar o número de campanhas profiláticas de combate às DST’s, a fim de reduzir os casos de contágio e os efeitos de suas mazelas na população. Além disso, é de suma importância que essas campanhas proponham palestras ministradas por profissionais da saúde nas escolas, com o objetivo de fornecer instruções que esclareçam a gravidade da problemática. Desse modo, será possível comprovar na prática a afirmação de Emerson.