Tema : AIDS no Brasil atual.

         Sentença de morte. Era esse o pensamento das pessoas infectadas pelo HIV no início dos anos 80, no Brasil. Independente de classe socioeconômica, a confirmação do diagnóstico era a quase certeza de óbito, vitimando desde celebridades até moradores de rua. Entretanto, após a criação e distribuição gratuita dos chamados coquetéis anti-HIV, o quadro se inverteu, e, hoje, a banalização da doença e a falta de conscientização da população representam um quadro preocupante no país.

         Segundo dados do Ministério da Saúde, desde 2006, o Brasil apresentou um aumento de 50% nos casos de HIV entre os jovens. Essa estatística revela a atual banalização da AIDS, encabeçada pricipalmente por jovens que, por não terem presenciado os reais efeitos da doença na sociedade, acabam por negligenciá-las. Dessa forma, muitos acham que, caso contraiam o vírus, será necessário apenas o uso de medicamentos, desconhecendo seus efeitos colaterais e o fato de serem vitalícios.

      Outrossim, a aversão ao uso de camisinhas presente na sociedade brasileira é outro fator que permite a disseminação de DST’s. Dessa forma, é comum ouvir que o uso de preservativos atrapalham o prazer sexual dos indivíduos, e, em casos mais extremos, são consideradas “coisas de quem não é homem.”. Como consequência, o número de HIV positivos aumenta, pois, ao contrário do que muitos pensam, a fase sintomática da doença só ocorre nos anos finais, podendo porém ser transmitida desde a contaminação. Assim, muitos mantém uma vida sexual desprotegida sem saber que está infectado.

     Torna-se evidente, portanto, que apesar de possuir uma política pública de combate à AIDS reconhecida internacionalmente, o Brasil precisa prover maior informação à população. Logo, o Governo Federal deve, através do Ministério da Saúde, veicular mais propagandas informativas nas mídias sociais, visando a maior conscientização. Ademais, a implementação, no currículo escolar, da educação sexual é necessária, permitindo que jovens começem sua vida sexual informados e mais responsáveis por sua saúde.