A obesidade no Brasil (ENEM)

A partir do Imperialismo, no século XIX, houve uma maior propagação da ideologia capitalista pelo mundo. Por conseguinte, com o avanço da globalização esse aspecto foi reforçado causando mudanças no perfil da sociedade em geral. Dentre essas mudanças consolidou-se a fugacidade do tempo e a praticidade das ações respaldadas nos avanços tecnológicos. Entretanto, para adequar-se a esse contexto, houve mudanças nos hábitos alimentares permitindo o avanço dos "fast-foods" e das comidas industrializadas, o que repercutiu para o rápido avanço da obesidade em países como o Brasil.

Apesar da obesidade também afetar adultos, as crianças ficam mais suscetíveis a ela por não possuírem o discernimento necessário para priorizarem o saudável em relação aos demais. Por conta disso, grande parte da publicidade alimentícia é voltada a elas, utilizando para isso personagens infantis e brinquedos associados aos alimentos não-saudáveis ricos em gorduras e açúcar a fim de conseguirem a adesão infantil. Segundo Aristóteles, os reais atributos se encontram no meio termo uma vez que os extremos caracterizam os excessos prejudiciais, contextualizando com a questão da alimentação evidencia-se através disso a necessidade do equilíbrio quanto ao consumo desses tipos de alimento, principalmente para os jovens ainda em fase de crescimento.

Além disso, fatores como o sedentarismo contribuem para o avanço da epidemia moderna da obesidade. Esse fato ocorre por conta da automatização das atividades cotidianas visto que os avanços tecnológicos buscam cada vez mais facilitar atividades que antes dispendiam energia. Tais como o uso de escadas, brincadeiras de rua e até mesmo as caminhadas, hoje substituídas pela comodidade dos carros.

De acordo com o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Portanto, seguindo a perspectiva kantiana, para se acalçar uma sociedade equilibrada em relação aos seus hábitos alimentares deve-se utilizar como ferramenta a educação desde a base infantil. Desse modo, se faz necessário a correlação entre família e escola nesse intuito utilizando para isso oficinas voltadas para pais e filhos dirigidas por nutricionistas a fim de ensinar métodos criativos no preparo do alimento. Além disso, cabe ao Estado promover ambientes de lazer e de esportes e, associado às mídias de grande alcance nacional, evidenciar a necessidade da prática regular de exercício como também regulamentar que as propagandas alimentícias informem a quantidade de gorduras e açúcares dos seus produtores e assim promover a redução dessa epidemia moderna.



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