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por MatheusMagnvs Sáb 24 maio 2014, 12:29

“Na Grécia, a mulher não tinha voz na política, e muito menos poder dentro de casa, na Roma Antiga, a mulher era sub-julgada pelo homem, sociedade e Igreja, com a Revolução Industrial a mulher foi para as fábricas por ser menos dispendioso para o Burguês, na Segunda Guerra, os homens foram para as guerras e as mulheres tiverem que esticar as mangas da camisa e trabalhar na Agricultura, Indústria de Base e nos Comércios, o que representou o começo da acessão da mulher que estouraria nos séculos 70 e 80, com sutiãs queimados e a introdução na sociedade de que de que a mulher e tão inteligente e capaz de realizar qualquer função que a do homem realizava até então”

ERROS HISTÓRICOS GROSSEIROS!

Aquilo que concebemos por cultura grega é constituída por diversas culturas de diversos povos que vivem na região hoje concebida como Grécia. A civilização creto-micênica foi constituída pelos povos aqueus (que foram povoadores da região grega, segundo Homero, embora eu não lembre em qual das obras) e que se instalaram, dentre outros lugares, na ilha de Creta. Uma característica dessa civilização era ser uma sociedade matriarcal, não patriarcal. Logo, não havia lugar para intolerância contra a mulher nessa civilização, que é uma civilização grega. Além disso, em Esparta as mulheres possuíam uma aceitação social muito maior e menos submissão. Como um exemplo, as espartanas podiam se divorcia de seus maridos sem prejuízo social e econômico.

Além disso, a Roma Antiga NÃO ERA CRISTÃ, ERA PAGÃ. Erro crasso. Roma foi oficialmente cristianizada em 380 D.C. por Teodósio, mas admito não lembrar o nome do Édito. Apenas em 313 D.C. os cristãos passaram a ser aceitos; antes disso, eram oficialmente perseguidos. Não faz sentido em falar de Roma Antiga cristã, dado que na maior parte da antiguidade Roma fora pagã. Além disso, as mulheres já possuíam direitos limitados antes mesmo da oficialização do cristianismo.

As mulheres entraram na fabricação industrial na Revolução Industrial. E depois elas entraram nas indústrias novamente quando estouraram as guerras. Seja menos prolixo: diga que, quando houve necessidades, as mulheres entraram nas fábricas, como, por exemplo, nas grandes guerras e na revolução industrial.

Além disso, sinto te informar, mas ainda não chegamos nos séculos 70 e 80. Portanto, o sr. não pode prever que isso ocorrerá nesse século.

Deixe claro o que significa “sutiãs queimados”, pois isso não dá a entender muita coisa. Fica implícito. Deixe explícito o significado disso.

1º - só cite dados históricos, sociais, estatísticos e filosóficos se o sr. tiver certeza sobre eles. Essa introdução, tentando utilizar conceitos históricos, depreciou muito o seu texto, dado que ele começa muito mal fundamentado.

2º - a ortografia peca gravemente. O quarto parágrafo, por exemplo, é uma única frase gigantesca. Não há sequer ponto e vírgula. Todo o texto está com falhas.

3º - quanto à argumentação, não há o que contestar, pois não foi feita argumentação nenhuma! O sr. citou fato atrás de fato. Citou qual era a situação da mulher nos tempos antigos (e com erros históricos, devo lembrar), depois citou uma pesquisa, disse que a pesquisa estava errada e citou uma segunda pesquisa. Quais argumentos o sr. usou? Nenhum. Apenas dados. Dados não tem importância quando não são interpretados. Posso te dar um gráfico cartesiano exponencial com todos os valores possíveis até o infinito. Qual o significado dele? Nenhum, pois o sr. não sabe o que ele está medindo; pode estar medindo o decaimento nuclear ou pode estar medindo, sei lá, a variação dos preços do McDonalds. Dados incompletos e dados sem interpretações são inúteis.

4º - devo ressaltar, também, que o sr. contesta a primeira pesquisa, mas o sr. não explica o motivo pelo qual a segunda pesquisa é mais confiável do que a primeira. O sr. explica o motivo pelo qual a primeira não tem credibilidade, mas o sr. não explica o motivo pelo qual a segunda tem credibilidade. Obviamente, em um espaço reduzido como uma redação vestibular, não há tanto espaço para discutir a credibilidade de uma pesquisa, mas esse foi um tema levantado pelo sr. e portanto o sr. deve desenvolvê-lo. Se o sr. não tivesse levantado esse assunto, isso não seria um problema. Aliás, isso me leva ao próximo item;

5º - por que o sr. cita uma pesquisa que não tem credibilidade?!?!?! Isso levanta, como dito anteriormente, a hipótese de que a segunda pesquisa também não tenha, dependendo das circunstâncias. E, como também foi dito, não há espaço para debater a credibilidade de pesquisas, nem da primeira nem da segunda. Além disso, as pesquisas parecem não ter uma relação tão forte assim: uma delas trata de uma opinião sobre as mulheres (se há mulheres para casar e mulheres para relacionamentos momentâneos) e a outra sobre a punição à agressão das mulheres (estupro). Obviamente o sr. poderia criar uma interligação entre esses fatos, mas, do modo como foi exposto, fica tudo realmente embaralhado e mal estruturado.

6º - devo citar, também, que o sr. fugiu do tema. A dissertação se tornou um grande amontoado de dados. Tornou-se, na verdade, um texto estatístico. Ainda não sei qual a sua opinião e os seus argumentos sobre a violência contra as mulheres, nem sua opinião e seus argumentos sobre o papel desempenhado pela mulher na sociedade atual. O que leva a criticar que não há desenvolvimento e nem conclusão ao longo do seu texto.

Enfim. Treine mais, caro amigo.

Espero ter ajudado. Smile

por MatheusMagnvs Sáb 24 maio 2014, 12:52

Esqueci de citar: o correto é "subjugada" e não "sub-julgada".

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