TEMA: Leitura e Analfabetismo no Brasil

por MuriloTri Qui 13 Mar 2014, 20:02

TEMA: (Comandos)
- Comentar a importância da leitura num país com grande número de analfabetos funcionais
- O que deve ser feito para viabilizar o acesso à leitura em todo o território nacional.

Redação dissertativa-argumentativa.

Leitura às cegas

No Brasil, apenas 10% da população comprou pelo menos um livro no ultimo ano, enquanto na França, a média é de 7 livros por ano. Dados como esse estampam a nefasta situação de atraso do nosso sistema educacional e do empobrecimento cultural e político da população.

Embora o analfabetismo apresente diminuições drasticamente desde a urbanização, outro fenômeno ascendeu, o analfabeto funcional, que não é capaz de entender o que leu ou transpor de maneira coerente o que pensa, dificultando o processo de transmissão e compreensão clara da mensagem.

O analfabetismo (funcional ou não) gera diversos dilemas para o convívio social. É o acesso ao conhecimento das palavras que permite o desenvolvimento cultural e científico do ser humano, motivam transformações e o progresso de uma nação, alguém que se recusa abrir ao menos um jornal é um cego social, incapaz de julgar o que acontece ao seu redor, tornando-se muitas vezes massa de manobra de medidas políticas públicas de caráter populista ou da grande mídia.

Para revertermos tal situação, segundos especialistas na área pedagógica, deve-se investir na base para se formar leitores, portanto a participação do Estado, com programas sociais que visam estimular a leitura desde a fase inicial do aprendizado, de modo que a leitura se torna uma atividade rotineira e prazerosa é primordial, bem como maior interação da escola com maior participação, com debates e uso de tecnologia a fim de incentivar o desenvolvimento do habito da leitura.

Embora avanços feitos nas últimas décadas, estamos muito longe de uma situação aceitável, formar cidadãos leitores é o pilar e o motor de uma sociedade e seu povo, uma mobilização política e social é fundamental para revertermos esse quadro lastimável.

Obrigado

por j.honorio Sáb 15 Mar 2014, 17:10

Boa tarde, Maurilo.

Comentarei alguns pontos da sua redação e você analisa o que lhe é útil ou não.

O que primeiro me chamou a atenção foi o tamanho. Não está exagerado, mas, dada a minha caligrafia, ela não caberia na minha redação para o ITA, por exemplo. Você escreveu diretamente no computador, ou trabalhou primeiro no papel?

1º parágrafo:

Os dados apresentados são interessantes, embora exagerados. Comparar o Brasil com uma das nações mais cultas do continente mais culto do mundo é pecar pelo excesso. Eu escolheria países próximos de nós, como Argentina e Uruguai. Não se trata de uma questão de aliviar para o lado brasileiro, mas o leitor enxerga na França, provavelmente, uma realidade muito distante no tempo e no espaço; o que não ocorre com os países que citei.

Faltou o acento básico em "ultimo" e no lugar de "do empobrecimento cultural", eu colocaria "de empobrecimento cultural."

2º parágrafo:

Você trocou adjetivo por advérbio: seria "drásticas" no lugar de "drasticamente." Eu colocaria dois pontos depois de "fenômeno ascendeu:", e completaria com "o analfabetismo funcional." Só isso nesse parágrafo.

3º parágrafo:

Eu colocaria, no lugar de "acesso ao conhecimento das palavras", "acesso à leitura". Creio que facilita o entendimento, embora seja algo estilístico. Fica a seu critério.

A partir daí a sua construção textual ficou um pouco confusa. Se entendi a ideia, uma construção mais coesa seria: "É o acesso ao conhecimento das palavras (à leitura) que permite o desenvolvimento cultural e científico do ser humano, o que leva ao progresso (econômico) de uma nação." Eu tirei o "transformações" porque achei a ideia imprecisa, e colocaria um "econômico" ali para tornar mais palpável a ideia. Depois disso, creio que o melhor seria um ponto final ao invés de vírgula.

No resto desse parágrafo, eu só tiraria "públicas de caráter" ali do meio pois acho redundante. Agora uma questão de opinião. Pelo seu texto julgo que você leia jornais. Você não concorda comigo que a linguagem é pouco acessível? Ler colunistas da Folha é uma tarefa que exige certa cultura. Você não acha que a linguagem poderia ser facilitada, como um atrativo? Afinal de contas, caderno de esportes e colunas de fofocas são lidas em peso por trazerem uma linguagem mais próxima de quem lê. Bem, fica aí a deixa.

4º parágrafo:

Eu tiraria a primeira pessoa daí (revertermos) e colocaria o impessoal "reverter-se." A primeira pessoa não é própria de textos argumentativos. O "segundos" fica no singular, pois é uma preposição.

De resto, nesse parágrafo, colocaria alguns pontos finais e repetiria menos a palavra "leitura."

Ele ficou bom por propor rapidamente e de forma concisa (pecou pela falta de pontos mesmo) soluções. Cumpriu o objetivo nesse sentido.

5º parágrafo:

Fechou bem, mas faltaram os pontos finais novamente. Quando você fala em mobilização social e política parece até incitar uma revolução (XD). Não creio que seja para tanto. Eu colocaria que falta a população exigir de seus representantes maiores e melhores investimentos na educação, pois a Constituição prevê educação grátis de qualidade para todos, além de existirem cursos técnicos e superiores federais por todo o país.

Obviamente, tudo que escrevi são somente opiniões. Não sou formado em Letras nem nada. Mas ficam minhas dicas e tal. Se achar umas duas interessantes já valeu a pena.

Qualquer coisa, estamos aí.

por MuriloTri Dom 16 Mar 2014, 13:50

Muito Obrigado, mesmo.

É impressionante que quando escrevemos um texto, mesmo com uma releitura, acaba por passar erros de concordância, acentuação e pontuação que geralmente só um terceiro consegue identificar Smile