Redação modelo ENEM
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Redação modelo ENEM
Tema: O sistema carcerário em debate na sociedade brasileira.
Fala, galera, alguém poderia corrigir pra mim? Esse tema é meio complicado de escrever, não se se ficou muito bom.
A Constituição Federal garante, no artigo 6°, a todos os cidadãos, incluindo os detentos, o direito à segurança, à integridade física e moral. Todavia, percebe-se que o atual sistema carcerário brasileiro, devido à superlotação, insalubridade e violência para com os presos, descumpre o que é previsto em lei e, inclusive, coloca muitos em condições desumanas. Nesse sentido, convém analisar a relação de causalidade entre o atual problema com a banalização das agressões aos prisioneiros e a falha do objetivo das cadeias do país.
Em primeira observação, é notório que a criminalidade gera uma revolta, a qual tende a ver a violência e más condições de vida as quais os detentos são expostos como justas e merecidas. Nesse cenário, há a banalidade do mal, descrita pela filósofa Hannah Arendt em seu livro "Eichmann em Jerusalém", em que, por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, se torna natural e cotidiano, embora seja imoral. Consequentemente, os prisioneiros são vistos como indivíduos sem direitos e passíveis de agressões, contrariando o que é descrito em lei.
Além disso, uma visão de que o sistema carcerário serve unicamente para punir o delinquente possui falhas estruturais, por não ter um plano de restituição à sociedade. De acordo com o filósofo Emile Durkheim, numa sociedade mais desenvolvida, os desviantes da lei não são isolados e expulsos do convívio, mas sim, passam por um processo de reeducação às normas estabelecidas, para que assim, haja harmonia entre os os indivíduos. Com efeito, um sistema carcerário que apenas pune, simplesmente aumenta a marginalização do ex-presidiário, tendo em vista o estigma gerado e o despreparo profissional, acarretado pelo tempo atrás das grades.
Depreende-se, portanto, as falhas do sistema carcerário brasileiro que urgem solução. Para isso, o Ministério da Educação- instância educacional máxima do país- deve reeducar a mentalidade da população no tocante à criminalidade, por meio de palestras e debates nas escolas, sobretudo na área de sociologia, que visem desmistificar sensos comuns acerca da justiça, do sistema prisional e dos direitos humanos. Ademais, o Ministério do Trabalho deve desenvolver cursos profissionalizantes aos presos menos perigosos, a partir de uma análise do mercado, visando, dessa forma, a restituição do delinquente à sociedade como um membro participativo. Caso feitas, essas medidas aproximaram a realidade do ideal previsto no artigo 6°
Fala, galera, alguém poderia corrigir pra mim? Esse tema é meio complicado de escrever, não se se ficou muito bom.
A Constituição Federal garante, no artigo 6°, a todos os cidadãos, incluindo os detentos, o direito à segurança, à integridade física e moral. Todavia, percebe-se que o atual sistema carcerário brasileiro, devido à superlotação, insalubridade e violência para com os presos, descumpre o que é previsto em lei e, inclusive, coloca muitos em condições desumanas. Nesse sentido, convém analisar a relação de causalidade entre o atual problema com a banalização das agressões aos prisioneiros e a falha do objetivo das cadeias do país.
Em primeira observação, é notório que a criminalidade gera uma revolta, a qual tende a ver a violência e más condições de vida as quais os detentos são expostos como justas e merecidas. Nesse cenário, há a banalidade do mal, descrita pela filósofa Hannah Arendt em seu livro "Eichmann em Jerusalém", em que, por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, se torna natural e cotidiano, embora seja imoral. Consequentemente, os prisioneiros são vistos como indivíduos sem direitos e passíveis de agressões, contrariando o que é descrito em lei.
Além disso, uma visão de que o sistema carcerário serve unicamente para punir o delinquente possui falhas estruturais, por não ter um plano de restituição à sociedade. De acordo com o filósofo Emile Durkheim, numa sociedade mais desenvolvida, os desviantes da lei não são isolados e expulsos do convívio, mas sim, passam por um processo de reeducação às normas estabelecidas, para que assim, haja harmonia entre os os indivíduos. Com efeito, um sistema carcerário que apenas pune, simplesmente aumenta a marginalização do ex-presidiário, tendo em vista o estigma gerado e o despreparo profissional, acarretado pelo tempo atrás das grades.
Depreende-se, portanto, as falhas do sistema carcerário brasileiro que urgem solução. Para isso, o Ministério da Educação- instância educacional máxima do país- deve reeducar a mentalidade da população no tocante à criminalidade, por meio de palestras e debates nas escolas, sobretudo na área de sociologia, que visem desmistificar sensos comuns acerca da justiça, do sistema prisional e dos direitos humanos. Ademais, o Ministério do Trabalho deve desenvolver cursos profissionalizantes aos presos menos perigosos, a partir de uma análise do mercado, visando, dessa forma, a restituição do delinquente à sociedade como um membro participativo. Caso feitas, essas medidas aproximaram a realidade do ideal previsto no artigo 6°
romulos1- Jedi
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Data de inscrição : 28/08/2019
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Re: Redação modelo ENEM
TOP!
Só vi um erro: banalidade do mal da Hannah Arendt é diferente de banalização do mal. O conceito dela se refere à alienação provocada por determinada ideologia. É como alguém querer agredir um judeu porque o nazismo prega isso, ou seja, a pessoa faz o mal não com a intenção de o fazê-lo, mas por seguir uma ideologia que o induz a isso.
Minha sugestão é: como você já usou dois repertórios (constituição e Durkheim), retira a de Arent e use o conceito de BANALIZAÇÃO do mal, obviamente sem citar alguém.
Só vi um erro: banalidade do mal da Hannah Arendt é diferente de banalização do mal. O conceito dela se refere à alienação provocada por determinada ideologia. É como alguém querer agredir um judeu porque o nazismo prega isso, ou seja, a pessoa faz o mal não com a intenção de o fazê-lo, mas por seguir uma ideologia que o induz a isso.
Minha sugestão é: como você já usou dois repertórios (constituição e Durkheim), retira a de Arent e use o conceito de BANALIZAÇÃO do mal, obviamente sem citar alguém.
_Arthur_- Mestre Jedi
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Re: Redação modelo ENEM
Aliás, romulo, está usando quais fontes para pesquisar sobre o tema?
_Arthur_- Mestre Jedi
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Re: Redação modelo ENEM
Fala, Arthur, eu leio as redações nota mil passadas e vou anotando as citações que o pessoal usou, depois pesquiso vídeo aula explicando. Às vezes assisto uns vídeos de sociologia.
romulos1- Jedi
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nahgsx gosta desta mensagem
Re: Redação modelo ENEM
Mas se a pergunta foi sobre a pesquisa pra esse especificadamente, então nenhuma fonte em especial. O que aprendo nos vídeos meio que dá pra aplicar em vários temas.
romulos1- Jedi
- Mensagens : 210
Data de inscrição : 28/08/2019
Idade : 25
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Re: Redação modelo ENEM
Opa, deixei passar um erro.
por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, se torna natural e cotidiano
Após vírgula, tem que escrever torna-se, ou seja, fica assim a frase correta:
por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, torna-se natural e cotidiano
por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, se torna natural e cotidiano
Após vírgula, tem que escrever torna-se, ou seja, fica assim a frase correta:
por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, torna-se natural e cotidiano
_Arthur_- Mestre Jedi
- Mensagens : 974
Data de inscrição : 11/05/2014
Idade : 28
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Re: Redação modelo ENEM
Mas por que isso, Arthur? a frase, em tese, só começa alí?
romulos1- Jedi
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Data de inscrição : 28/08/2019
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Re: Redação modelo ENEM
Como está:
Nesse cenário, há a banalidade do mal, descrita pela filósofa Hannah Arendt em seu livro "Eichmann em Jerusalém", em que, por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, se torna natural e cotidiano, embora seja imoral.
Corrigindo o erro de português:
Nesse cenário, há a banalidade do mal, descrita pela filósofa Hannah Arendt em seu livro "Eichmann em Jerusalém", em que, por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, torna-se natural e cotidiano, embora seja imoral.
Acho que você se confundiu por eu ter usado a palavra "frase". Esqueça-a, não tem nada a ver. A REGRA É: após usar vírgula, tem que se escrever torna-se, aprimora-se, constata-se, nota-se, percebe-se etc.. Ou seja, após a vírgula (e após ponto final também), não se pode usar "se torna", se aprimora, se constata, se percebe, pois fica errado.
Nesse cenário, há a banalidade do mal, descrita pela filósofa Hannah Arendt em seu livro "Eichmann em Jerusalém", em que, por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, se torna natural e cotidiano, embora seja imoral.
Corrigindo o erro de português:
Nesse cenário, há a banalidade do mal, descrita pela filósofa Hannah Arendt em seu livro "Eichmann em Jerusalém", em que, por um fato ocorrer tão frequentemente na sociedade, torna-se natural e cotidiano, embora seja imoral.
Acho que você se confundiu por eu ter usado a palavra "frase". Esqueça-a, não tem nada a ver. A REGRA É: após usar vírgula, tem que se escrever torna-se, aprimora-se, constata-se, nota-se, percebe-se etc.. Ou seja, após a vírgula (e após ponto final também), não se pode usar "se torna", se aprimora, se constata, se percebe, pois fica errado.
_Arthur_- Mestre Jedi
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romulos1 gosta desta mensagem
Re: Redação modelo ENEM
Mais algumas correções:
Em primeira observação, é notório que a criminalidade gera revolta na sociedade, a qual tende a ver a violência e as más condições de vida às quais os detentos são expostos como justas e merecidas.
Faltaram duas vírgulas aqui:
De acordo com o filósofo Emile Durkheim, numa sociedade mais desenvolvida, os desviantes da lei não são isolados e expulsos do convívio, mas, (aqui) sim, passam por um processo de reeducação às normas estabelecidas, para que, (aqui) assim, haja harmonia entre os os indivíduos.
Em primeira observação, é notório que a criminalidade gera revolta na sociedade, a qual tende a ver a violência e as más condições de vida às quais os detentos são expostos como justas e merecidas.
Faltaram duas vírgulas aqui:
De acordo com o filósofo Emile Durkheim, numa sociedade mais desenvolvida, os desviantes da lei não são isolados e expulsos do convívio, mas, (aqui) sim, passam por um processo de reeducação às normas estabelecidas, para que, (aqui) assim, haja harmonia entre os os indivíduos.
_Arthur_- Mestre Jedi
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Idade : 28
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Re: Redação modelo ENEM
Show! vou corrigir, obrigado!
romulos1- Jedi
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Data de inscrição : 28/08/2019
Idade : 25
Localização : Brasil, Rio de janeiro, Nova Friburgo
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