Escala Elcio"

Numa recente conferência internacional sobre Termometria, foi decidido criar uma nova escala termométrica, à qual foi dada o nome de escala Elcio (ºE), em homenagem a um importante cientista brasileiro (dizem que ele participa de um famoso fórum kkkk).
Ao ponto de fusão do gelo corresponde 15 ºE e ao ponto de ebulição da água 120º E

A temperatura em que esta escala tem o mesmo valor numérico da escala Celsius é:

a) 45 ºE
b) 55 ºE
c) -250 ºE
d) -300 ºE
e) nra

Com uma relação linear entre as escalas:

E = m.C + n

15 = m.0 + n --> n=15
120 = m.100 + n --> 120 = 100m + 15 --> m = 105/100 = 1,05

E = 1,05.C + 15

Se E = C, então:
E = 1,05.E + 15
0,05.E = -15
E = -15/0,05 = -300
C = E = -300

Alternativa D

Boa Pedro
Mas lembre-se, eu não postei esta questão no tópico Desafios à toa. Ela tem uma pegadinha. kkk

Imaginei que o assunto seria bastante debatido depois da minha última mensagem.
Como isto não aconteceu, vou aprestar o gabarito da questão:

Do ponto de vista puramente matemático o colega PedroX, calculou corretamente.
Acontece que a questão é de Física - Termologia, logo é necessária uma análise física do resultado.

Como o próprio PedroX escreveu ---> C = E = -300

Isto significa que C = - 300 ºC = - 300 ºE

Acontece que a menor temperatura do universo é o zero absoluto, aproximadamente igual a - 273 ºC

Isto significa as as duas escalas NUNCA vão indicar o mesmo valor, pois este valor é impossível de ser alcançado;

Solução: alternativa e) nra (nenhum dos resultados anteriores)

e eu, que achei o seu último comentário estar glosando a conta do PedroX e não via erro algum!

Elcioschin escreveu:Numa recente conferência internacional sobre Termometria, foi decidido criar uma nova escala termométrica, à qual foi dada o nome de escala Elcio (ºE), em homenagem a um importante cientista brasileiro (dizem que ele participa de um famoso fórum kkkk).
Ao ponto de fusão do gelo corresponde 15 ºE e ao ponto de ebulição da água 120º E

A temperatura em que esta escala tem o mesmo valor numérico da escala Celsius é:

a) 45 ºE
b) 55 ºE
c) -250 ºE
d) -300 ºE
e) nra

Só vi agora a questão e, desculpem, mas não posso passar sem dizer que esse enunciado está excepcional hahahahahhaha

Pois é Medeiros e Ashitaka

Eu adoro pegadinhas (bem boladas). Este foi o motivo de eu ter postado a questão no tópico Desafios. Se eu tivesse postado simplesmente em Física - Termologia eu teria que informar o gabarito e ai perderia a graça, kkkk.

Mas esta questão tem uma história antiga por trás:

Enquanto universitário minha família estava em situação financeira complicada.
Para defender uns trocados dei aulas particulares de matemática. 
Depois, indicado por terceiros, fui convidado a dar aulas de Física no Ensino Médio de um bom colégio da minha cidade (Juiz de Fora).
E acabei dando aulas de Física em cursinho.

Eu criava as questões das minhas provas, para não cair em lugar comum.
Numa aula de Termologia com uma turma do 2º ano, sobre escalas termométricas, eu resolvi vários exercícios com uma escala fictícia para treinar os alunos.
E salientei bastante a escala Kelvin com o zero absoluto, explicando que era uma temperatura praticamente impossível de ser atingida. Chamei a atenção sobre isto várias vezes para eles não esquecerem.

Três dias depois houve um prova e eu inventei esta questão, no meio de outras, para ver se a turma estava afiada!

Somente um dos ~ 30 alunos conseguiu "matar". 
E quando eu entreguei os resultados, e chamei a atenção sobre esta questão, eles morreram de rir e concordaram que eu tinha alertado sobre esta impossibilidade.

O único aluno que conseguiu acertar, 1 ano e pouco depois entrou no ITA.

Haha, tal aluno que entrou no ITA então já tinha com certeza a habilidade de pensar ''fora da caixinha''...

Élcio

antes desse seu relato, estava achando que tive uma única aula sua num cursinho preparatório ao vestibular, chamado Cidade de Santos, em 1972. O eng° Rennó era um dos sócios do cursinho.

Você seria o professor que contou a piada do eletrocardiograma em que o médico diz ao terceiro paciente: "seu caso é grave, por favor o senhor espere sentado ao lado daqueles outros dois senhores".

Procede?

Minha nossa!!!

Por esta eu não imaginava! Eu dei uma única aula para você? 
Então você não sofreu como os alunos de outras turmas que me acompanhavam o ano inteiro!

O curso Cidade de Santos tinha 4 proprietários como sócios, todos eles tendo trabalhado na Refinaria de Cubatão.
O Rennó saiu da Refinaria e depois abriu a empresa denominada Triel Engenharia, mas continuou sócio do cursinho. Nesta empresa ele prestava serviços de consultoria, projeto e manutenção, inclusive para a refinaria mas eu não tinha contato com ele.

Posteriormente a tudo isto, em dez/1970 eu passei a trabalhar na Refinaria, junto com os outros três sócios e nem sabia que eles tinham um cursinho. Nas conversas informais na refinaria os meus amigos sabiam que eu tinha dado aulas em cursinhos em Minas Gerais.

Esta informação chegou aos ouvidos do Rennó e ele me procurou, para pedir ajuda. 
Como a sua empresa estava em plena expansão, ele estava com tempo reduzido para o cursinho, onde, além de sócio ele dava aulas de eletricidade para 1 turma à tarde e 3 turmas à noite.
Ele perguntou se eu poderia dar 4 aulas por semanas (1 para cada turma) resolvendo questões e tirando dúvidas. Eu topei. Aí ele pediu mais: como o cursinho se separou do Anglo, não podia mais usar as apostilas deles. O Rennó já tinha escrito as apostilas de Magnetismo e Eletromagnetismo e faltava escrever as de Eletrostática e Eletrodinâmica e me convenceu a escrevê-las, me pagando à parte as horas dedicadas e os demais custos.
Naquela época não existia computador; eu escrevi à mão, contratei um datilógrafo e depois submeti ao Rennó para correção e sugestões.
E passei a dar aulas em 1972. Saia da refinaria à 16:30, descia do ônibus da empresa às 17:15 e dava a última aula para a turma da tarde e dava as demais aulas para as turmas à noite, a partir das 19:00.
No final do ano o Rennó veio com uma surpresinha: ele estava viajando muito para o exterior, pela Triel e não poderia dar mais aulas. Ele me convenceu a dar todas s aulas à noite e contratou outro professor para dar as aulas da turma da tarde, já que para mim era impossível.

Depois eu me casei em set/1973 e continuei a dar aulas até o final de 1974, quando parei definitivamente.

Garanto que esta piada não foi contada por mim. Deve ter sido contada pelo professor da tarde (não me lembro do nome dele).

Uma curiosidade: Um outro aluno meu, de nome Carlos Eizo, acabou fazendo engenharia elétrica (será que foi influência minha?) e hoje mora no meu prédio e é um grande amigo.

Para você relembrar (a imagem ficou muito grande: clique em EDIT na mensagem e role para a direita para ver o resto):