Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico

por Liliana Rodrigues Sex 01 Set 2017, 12:19

Esse é o primeiro artigo de opinião que eu fiz na vida. Quem for corrigir, pode pegar BEM pesado, por que eu tenho pouco tempo pra aprender a fazer certinho, e preciso muito tirar no mínimo 90% da nota.

Imagine que a Língua Portuguesa seja singular e impassível de neologismos culturais e regionais, assim como o grego. É preciso forçar a imaginação para se adequar a esse cenário. É sabido que a pluralidade oral faz parte da nossa identidade nacional, entretanto, o preconceito linguístico está presente na sociedade de forma intolerante e debochada, ferindo esse grande mosaico cultural e nacional, principalmente as classes desfavorecidas.
Devido nosso grande território geográfico, a Língua Portuguesa, principalmente a oral, sofreu variações regionais, culturais e temporais. Entretanto, o preconceito linguístico é visto predominantemente sobre classes desfavorecidas, que têm sua fala oral considerada errônea frente ao Português.
Não é difícil ouvir comparações como "caipira, nordestino e caboclo" aludindo à oralidade errada. Nesse contexto, Monteiro Lobato, em seu livro Urupês, traz o personagem Jeca Tatu, ícone da fala brasileira da zona rural,como ignorante e inferior, reflexo da visão da sociedade que considera errado a riqueza da fala brasileira na zona rural, dentre a de outras localidades.
Mas como é possível considerar uma fala como errada? Quem tem esse arbítrio?
Dessa forma, é preciso desmistificar essa polarização entre norma culta como correta e o pluralismo oral como errado. É claro que a forma escrita padrão tem seus méritos, mas estereotipar nossa riqueza oral é como apagar parte da identidade nacional, criada através de gerações, culturas e modos.
Por fim, vale salientar que todas as regiões do Brasil possui suas variações linguísticas, sotaques e neologismos. Entretanto, o preconceito é visto apenas sobre as classes consideradas desfavorecidas. Mas o que seria da Língua Portuguesa e da Literatura se não fosse a oportunidade de se conhecer a heterogeneidade cultural? Seria letra morta, assim como o grego, e eu não me refiro apenas à denominação usual.

por **Euclides** Sex 01 Set 2017, 14:49

Liliana escreveu:Imagine que a Língua Portuguesa seja singular e impassível de neologismos culturais e regionais

Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico Fig4

por Liliana Rodrigues Sex 01 Set 2017, 19:55

Não entendi... Quis dizer que era pra imaginar uma situação em que a Língua Portuguesa não iria mais "sofrer" neologismos... O que tem de errado??

por Hayzel Sh Sex 01 Set 2017, 20:19

Impassível de não seria um erro de concordância nominal? O correto não seria impassível a?
Recomendo usar no lugar de alguns entretanto sinônimos, como todavia ou no entanto, porque você repete três vezes.

por Hayzel Sh Sex 01 Set 2017, 20:20

Diego, sabe corrigir gêneros textuais? Só sei dar notas pra dissertações. Razz

por Liliana Rodrigues Sex 01 Set 2017, 20:28

Hayzel Sh escreveu:Impassível de não seria um erro de concordância nominal? O correto não seria impassível a?
Recomendo usar no lugar de alguns entretanto sinônimos, como todavia ou no entanto, porque você repete três vezes.

Sobre a pergunta, eu realmente não sei... tenho um pouco de dificuldade na parte de concordância nominal, mas é bom ressaltar pra eu dar uma estudada nessa parte.
E obrigada pelas dicas dos sinônimos, eu não tinha percebido que repeti 3x, vou prestar mais atenção!!

por **Euclides** Sex 01 Set 2017, 22:11

Impassível é aquele que não se comove ou não se afeta com as circunstâncias.

por **Diego A** Sex 01 Set 2017, 22:39

Imagine que a Língua Portuguesa seja singular e impassível de neologismos culturais e regionais, assim como o grego [1]. É preciso forçar a imaginação para se adequar a esse cenário. É sabido que a pluralidade oral faz parte da nossa identidade nacional, entretanto, o preconceito linguístico está presente na sociedade de forma ~~intolerante e debochada~~ [o preconceito já é a falta de tolerância, certo?!!], ferindo esse grande mosaico cultural e nacional, principalmente as classes desfavorecidas. [2]

Devido nosso grande território geográfico, a Língua Portuguesa, principalmente a oral, sofreu [fator constante, ainda ocorre] variações regionais, culturais e temporais. Entretanto, o preconceito linguístico é visto predominantemente sobre classes desfavorecidas, que têm sua fala oral considerada errônea frente ao Português. [3]

Não é difícil ouvir comparações como "caipira, nordestino e caboclo" aludindo à oralidade errada. Nesse contexto, Monteiro Lobato, em seu livro Urupês, traz o personagem Jeca Tatu, ícone da fala brasileira da zona rural, como ignorante e inferior, reflexo da visão da sociedade que considera errado a riqueza da fala brasileira na zona rural, dentre a de outras localidades.

Mas como é possível considerar uma fala como errada? Quem tem esse arbítrio?
Dessa forma, é preciso desmistificar essa polarização entre norma culta como correta e o pluralismo oral como errado. É claro que a forma escrita padrão tem seus méritos, mas estereotipar nossa riqueza oral é como apagar parte da identidade nacional, criada através de gerações, culturas e modos.

Por fim, vale salientar que todas as regiões do Brasil possui suas variações linguísticas, sotaques e neologismos. Entretanto, o preconceito é visto apenas sobre as classes consideradas desfavorecidas. Mas o que seria da Língua Portuguesa e da Literatura se não fosse a oportunidade de se conhecer a heterogeneidade cultural? Seria letra morta, assim como o grego, e eu não me refiro apenas à denominação usual.

Liliana, gostei que você pegou um tema fácil para escrever. Pode até parecer difícil, mas a quantidade de conteúdo que você encontra para se informar relativo a esse assunto é imenso na net, logo você poderá construir mais conhecimento sobre o que escreve.

Bom, vamos lá:
[1] Achei forçado: como confirmar que a língua grega (atual) não possui neologismos?
[2] Inventivo, mas complicado o que você tentou fazer na introdução, trabalhou com uma sugestão de preconceito, a da entrada de palavras estrangeiras no idioma, mas não definiu bem os parâmetros para deixar claro essa ideia antes de inserir sua tese. Note que foi uma passagem brusca dos assuntos no parágrafo.
[3] A variante regional é diferente da variante social. Perceba que você está correta em tratar de como ou porque a variação linguística ocorre, isso favorece a organização do texto, das ideias do leitor, e, por consequência, te dá credibilidade para tratar do assunto, todavia, faltou o tratamento adequado.

Num sentido estrito, esse gênero coloca autor e leitor "frente a frente", ou seja, sua principal característica é o debate de ideias. Disso, a intertextualidade, a opinião contrária, a tese que sustentamos e as provas de sua veracidade são "ideias" que devem estar presentes e bem definidas, sempre se afirmando e reafirmando.

Em suma, o importante é ser feliz na escolha dos pontos que engrandecem seu ponto de vista e os pontos fracos do ponto de vista contrário. Por exemplo, quando você traz a imagem de um Jeca Tatu camponês discriminado por sua linguagem, ao meu ver, enfraquece o seu ponto de vista. Afinal, o Jeca é um baldio, um indigente, mas o fator que determina está situação não é o uso da variante caipira, então, pelas condições sociais e sanitárias a que está sujeito.

por **Diego A** Sex 01 Set 2017, 22:39

Hayzel Sh escreveu:Diego, sabe corrigir gêneros textuais? Só sei dar notas pra dissertações.

Também não disponho de num esquema para dar a nota Sad

, mas em que cabe ao gênero, os principais descontos seriam pelos desvios que comentei em [3] (a contradição/fuga/desconhecimento de posicionamento), do restante, os descontos em coesão, norma e afins.