Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico
4 participantes
PiR2 :: Linguagens :: Redação
Página 2 de 2
Página 2 de 2 • 1, 2
Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico
Relembrando a primeira mensagem :
Esse é o primeiro artigo de opinião que eu fiz na vida. Quem for corrigir, pode pegar BEM pesado, por que eu tenho pouco tempo pra aprender a fazer certinho, e preciso muito tirar no mínimo 90% da nota.
Imagine que a Língua Portuguesa seja singular e impassível de neologismos culturais e regionais, assim como o grego. É preciso forçar a imaginação para se adequar a esse cenário. É sabido que a pluralidade oral faz parte da nossa identidade nacional, entretanto, o preconceito linguístico está presente na sociedade de forma intolerante e debochada, ferindo esse grande mosaico cultural e nacional, principalmente as classes desfavorecidas.
Devido nosso grande território geográfico, a Língua Portuguesa, principalmente a oral, sofreu variações regionais, culturais e temporais. Entretanto, o preconceito linguístico é visto predominantemente sobre classes desfavorecidas, que têm sua fala oral considerada errônea frente ao Português.
Não é difícil ouvir comparações como "caipira, nordestino e caboclo" aludindo à oralidade errada. Nesse contexto, Monteiro Lobato, em seu livro Urupês, traz o personagem Jeca Tatu, ícone da fala brasileira da zona rural,como ignorante e inferior, reflexo da visão da sociedade que considera errado a riqueza da fala brasileira na zona rural, dentre a de outras localidades.
Mas como é possível considerar uma fala como errada? Quem tem esse arbítrio?
Dessa forma, é preciso desmistificar essa polarização entre norma culta como correta e o pluralismo oral como errado. É claro que a forma escrita padrão tem seus méritos, mas estereotipar nossa riqueza oral é como apagar parte da identidade nacional, criada através de gerações, culturas e modos.
Por fim, vale salientar que todas as regiões do Brasil possui suas variações linguísticas, sotaques e neologismos. Entretanto, o preconceito é visto apenas sobre as classes consideradas desfavorecidas. Mas o que seria da Língua Portuguesa e da Literatura se não fosse a oportunidade de se conhecer a heterogeneidade cultural? Seria letra morta, assim como o grego, e eu não me refiro apenas à denominação usual.
Esse é o primeiro artigo de opinião que eu fiz na vida. Quem for corrigir, pode pegar BEM pesado, por que eu tenho pouco tempo pra aprender a fazer certinho, e preciso muito tirar no mínimo 90% da nota.
Imagine que a Língua Portuguesa seja singular e impassível de neologismos culturais e regionais, assim como o grego. É preciso forçar a imaginação para se adequar a esse cenário. É sabido que a pluralidade oral faz parte da nossa identidade nacional, entretanto, o preconceito linguístico está presente na sociedade de forma intolerante e debochada, ferindo esse grande mosaico cultural e nacional, principalmente as classes desfavorecidas.
Devido nosso grande território geográfico, a Língua Portuguesa, principalmente a oral, sofreu variações regionais, culturais e temporais. Entretanto, o preconceito linguístico é visto predominantemente sobre classes desfavorecidas, que têm sua fala oral considerada errônea frente ao Português.
Não é difícil ouvir comparações como "caipira, nordestino e caboclo" aludindo à oralidade errada. Nesse contexto, Monteiro Lobato, em seu livro Urupês, traz o personagem Jeca Tatu, ícone da fala brasileira da zona rural,como ignorante e inferior, reflexo da visão da sociedade que considera errado a riqueza da fala brasileira na zona rural, dentre a de outras localidades.
Mas como é possível considerar uma fala como errada? Quem tem esse arbítrio?
Dessa forma, é preciso desmistificar essa polarização entre norma culta como correta e o pluralismo oral como errado. É claro que a forma escrita padrão tem seus méritos, mas estereotipar nossa riqueza oral é como apagar parte da identidade nacional, criada através de gerações, culturas e modos.
Por fim, vale salientar que todas as regiões do Brasil possui suas variações linguísticas, sotaques e neologismos. Entretanto, o preconceito é visto apenas sobre as classes consideradas desfavorecidas. Mas o que seria da Língua Portuguesa e da Literatura se não fosse a oportunidade de se conhecer a heterogeneidade cultural? Seria letra morta, assim como o grego, e eu não me refiro apenas à denominação usual.
Liliana Rodrigues- Estrela Dourada
- Mensagens : 2082
Data de inscrição : 16/03/2016
Idade : 27
Localização : Ribeirão Preto - SP
Re: Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico
Liliana, aquele possui que o Diego grifou de vermelho é um erro de concordância verbal. Você teria que flexionar o verbo no plural, para concordar com regiões, que está também no plural. Tome cuidado que esse erro tira bastante nota; no ENEM eu sei que ele sozinho tira 40 pontos da Competência I.
Está escrevendo para a Unicamp?
Está escrevendo para a Unicamp?
Hayzel Sh- Estrela Dourada
- Mensagens : 1110
Data de inscrição : 02/04/2016
Idade : 26
Localização : Curitiba, PR
Re: Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico
Diego, muito obrigada pela correção!! Vou me atentar mais aos erros!!
E relendo a redação, eu quis dizer latim no lugar de grego, por que o latim é considerado letra morta, o grego não, mas na hora eu confundi mesmo. Só não entendi por que "da nossa identidade nacional" está em vermelho no primeiro parágrafo. Qual o erro??
E relendo a redação, eu quis dizer latim no lugar de grego, por que o latim é considerado letra morta, o grego não, mas na hora eu confundi mesmo. Só não entendi por que "da nossa identidade nacional" está em vermelho no primeiro parágrafo. Qual o erro??
Liliana Rodrigues- Estrela Dourada
- Mensagens : 2082
Data de inscrição : 16/03/2016
Idade : 27
Localização : Ribeirão Preto - SP
Re: Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico
Hayzel Sh escreveu:Liliana, aquele possui que o Diego grifou de vermelho é um erro de concordância verbal. Você teria que flexionar o verbo no plural, para concordar com regiões, que está também no plural. Tome cuidado que esse erro tira bastante nota; no ENEM eu sei que ele sozinho tira 40 pontos da Competência I.
Está escrevendo para a Unicamp?
Eu percebi o erro assim que reli, mas na hora passou despercebido. Aí eu acabo perdendo ponto por bobeira... Mas é bom pra eu prestar mais atenção.
A princípio eu estou escrevendo pra UFGD, que é uma fase só e já é em novembro, mas vale pra Unicamp também. Mas to focando mais na UFGD por estar mais perto
Liliana Rodrigues- Estrela Dourada
- Mensagens : 2082
Data de inscrição : 16/03/2016
Idade : 27
Localização : Ribeirão Preto - SP
Re: Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico
Euclides escreveu:Impassível é aquele que não se comove ou não se afeta com as circunstâncias.
Mas foi o que eu quis dizer...
Liliana Rodrigues- Estrela Dourada
- Mensagens : 2082
Data de inscrição : 16/03/2016
Idade : 27
Localização : Ribeirão Preto - SP
Re: Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico
Liliana Rodrigues escreveu:Diego, muito obrigada pela correção!! Vou me atentar mais aos erros!!
E relendo a redação, eu quis dizer latim no lugar de grego, por que o latim é considerado letra morta, o grego não, mas na hora eu confundi mesmo. Só não entendi por que "da nossa identidade nacional" está em vermelho no primeiro parágrafo. Qual o erro??
Acho que foi por uma certa redundância, não lembro bem. Mesmo assim, sugeriria para você mudar para "da nossa identidade linguística"
Diego A- Monitor
- Mensagens : 1398
Data de inscrição : 20/04/2016
Idade : 28
Localização : Cascavel - PR
Re: Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico
Imagine que a Língua Portuguesa seja singular e impassível de neologismos culturais e regionais, assim como o grego. É preciso forçar a imaginação para se adequar a esse cenário. É sabido que a pluralidade oral faz parte da nossa identidade nacional, entretanto, o preconceito linguístico está presente na sociedade de forma intolerante e debochada, ferindo esse grande mosaico cultural e nacional, principalmente as classes desfavorecidas.
Sabe, tem umas coisas legais que podemos fazer nessa intro.
a) se o comando da banca é simples "argumente sobre o preconceito linguístico":
Certa vez me falaram que o nordestino era lesado, se referindo a uma fala lenta, que o caipira não sabia falar, pois falava "porrrta", "não fale assim, parece coisa de marginal", em referência a variante dos desfavorecidos no ambiente urbano. O que será que teriam para nós dizer sobre esse preconceito os mais célebres escritores da língua portuguesa, Rubem Alves, Gianfrancesco Guarnieri, Euclides da Cunha, Graciliano, Leminski? Todos usaram e abusaram dessas variantes para expor e desmitificar a verdadeira causa dessa repulsa, a desigualdade social.
b) no caso da banca ter fornecido uma opinião para compactuarmos ou contrariarmos (peguei o texto da net):
- Spoiler:
- Além de feia, a palavra “empoderamento” é confusa
Eu não gosto desta palavra. Em primeiro lugar porque é feia — tem um som horrível e o verbo empoderar é de matar –; em segundo lugar por ter um significado difuso e estar sendo aplicada nos mais diversos campos militantes, políticos e até psicológicos, de forma sempre a aceitar uma nova ilação. É um gênero diferente da famosa palavra-valise de Carroll (junção de duas palavras em uma). É uma palavra que serve a muitas funções e distorções. Veio de empowerment e sua definição fica próxima de “autonomia” ou da possibilidade das pessoas ou grupos poderem decidir sobre seus próprios destinos. Não surpreende que seja uma das palavras preferidas do feminismo e dos movimentos afro. É claro que eu apoio ambos os movimentos, apesar da palavrinha.
[...]
Fonte: http://miltonribeiro.sul21.com.br/2014/01/23/alem-de-feia-a-palavra-empoderamento-e-confusa/
Já se foi o tempo do "porrta", "imexível", agora o novo termo para se chamar de feio é "empoderamento". A disputa por manter o significado similar ao americano só faz sentido em pleno mundo globalizado mesmo. Mas já aviso, a palavra empoderamento pode muito bem ser difusa do seu patrôno, "empowerment", dentro de cada cultura ela tem autonomia suficiente para ascender a um novo significado.
____________________________________________
*Se sua dúvida foi solucionada, marque o tópico como resolvido e agradeça quem ajudou.
*Não crie novo tópico para questão existente, comente junto dessa. (V)
*O enunciado da questão deve ser digitado. Também não são permitidos links externos para o enunciado e/ou para a resolução. (IX e X)
"A liberdade, se é que significa alguma coisa, significa o nosso direito de dizer às pessoas o que não querem ouvir."
Discussões no PiR2: Sexualidade - Foucault // Vias filosóficas
Diego A- Monitor
- Mensagens : 1398
Data de inscrição : 20/04/2016
Idade : 28
Localização : Cascavel - PR
Re: Artigo de Opinião- Preconceito Linguístico
Diego A escreveu:
Certa vez me falaram que o nordestino era lesado, se referindo a uma fala lenta, que o caipira não sabia falar, pois falava "porrrta", "não fale assim, parece coisa de marginal", em referência a variante dos desfavorecidos no ambiente urbano. O que será que teriam para nós dizer sobre esse preconceito os mais célebres escritores da língua portuguesa, Rubem Alves, Gianfrancesco Guarnieri, Euclides da Cunha, Graciliano, Leminski? Todos usaram e abusaram dessas variantes para expor e desmitificar a verdadeira causa dessa repulsa, a desigualdade social.
Gostei DEMAISSSS dessa introdução. Muito obrigada!!!!
Liliana Rodrigues- Estrela Dourada
- Mensagens : 2082
Data de inscrição : 16/03/2016
Idade : 27
Localização : Ribeirão Preto - SP
Página 2 de 2 • 1, 2
Tópicos semelhantes
» Artigo de opinião
» Artigo de Opinião
» Apropriação Cultural- Artigo de Opinião
» ENEM: O preconceito linguístico em discussão no Brasil
» Opinião
» Artigo de Opinião
» Apropriação Cultural- Artigo de Opinião
» ENEM: O preconceito linguístico em discussão no Brasil
» Opinião
PiR2 :: Linguagens :: Redação
Página 2 de 2
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos