A questão do índio no Brasil contemporâneo
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A questão do índio no Brasil contemporâneo
. Se nas poesias indianistas, como as de Gonçalves Dias, contemplava-se a figura deslumbrante e heroica do indígena brasileiro, contrasta-se hoje a posição de tais etnias com o seu passado. Problemas como a demarcação de terras, descasos ambientais, além das chacinas e extermínios no interior do país, são apenas alguns dos empecilhos que colocam em xeque a manutenção da sobrevivência destes povos, rarefazendo-se cada vez mais a sua presença na sociedade brasileira.
Sendo o pivô de disputas violentas, a demarcação de territórios indígenas ainda esbarra nos interesses econômicos dos grandes latifundiários. Sabe-se que, para a preservação dos costumes nativos, é imprescindível o acesso à terra, uma vez que é nela que ocorre a sua sobrevivência, através da caça, agricultura e extrativismo, ou ainda, a prática das tradições, como festas e cultos. Segundo o Conselho Nacional Indigenista Missionário (CIMI), contabilizou-se em 2014 um aumento de 130% no assassinato de índios, em sua maioria por fazendeiros e madeireiros que adentram terras já demarcadas.
Para Gilberto Freyre, a característica fundamental da formação brasileira é a miscigenação. Entretanto, parece não ser de importância nacional a preservação de tal sincretismo cultural. A exploração desenfreada de recursos naturais indispensáveis às sociedades nativas, como a construção de hidrelétricas, alterando curso de rios, ou a expansão da monocultura de soja, dispersando a fauna e flora local, têm contribuído cada vez mais para a diminuição da autossuficiência destes povos, que se veem obrigados a migrarem para as cidades.
Fica claro, portanto, a necessidade urgente de medidas públicas na promoção dos direitos às comunidades indígenas. É preciso que os órgãos responsáveis como a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) assegurem políticas protecionistas a estes povos, conjuntamente com o Ministério do Meio Ambiente e as ONGS ambientais no âmbito da preservação dos recursos naturais. Não menos importante, há de se considerar o resgaste cultura destes povos, como por exemplo, o papel escolar na disseminação da cultura indígena, através de grandes obras literárias, como Iracema, Guarani e Macunaíma, visando preservar a essência daqueles que um dia ocuparam todo o Brasil.
Sendo o pivô de disputas violentas, a demarcação de territórios indígenas ainda esbarra nos interesses econômicos dos grandes latifundiários. Sabe-se que, para a preservação dos costumes nativos, é imprescindível o acesso à terra, uma vez que é nela que ocorre a sua sobrevivência, através da caça, agricultura e extrativismo, ou ainda, a prática das tradições, como festas e cultos. Segundo o Conselho Nacional Indigenista Missionário (CIMI), contabilizou-se em 2014 um aumento de 130% no assassinato de índios, em sua maioria por fazendeiros e madeireiros que adentram terras já demarcadas.
Para Gilberto Freyre, a característica fundamental da formação brasileira é a miscigenação. Entretanto, parece não ser de importância nacional a preservação de tal sincretismo cultural. A exploração desenfreada de recursos naturais indispensáveis às sociedades nativas, como a construção de hidrelétricas, alterando curso de rios, ou a expansão da monocultura de soja, dispersando a fauna e flora local, têm contribuído cada vez mais para a diminuição da autossuficiência destes povos, que se veem obrigados a migrarem para as cidades.
Fica claro, portanto, a necessidade urgente de medidas públicas na promoção dos direitos às comunidades indígenas. É preciso que os órgãos responsáveis como a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) assegurem políticas protecionistas a estes povos, conjuntamente com o Ministério do Meio Ambiente e as ONGS ambientais no âmbito da preservação dos recursos naturais. Não menos importante, há de se considerar o resgaste cultura destes povos, como por exemplo, o papel escolar na disseminação da cultura indígena, através de grandes obras literárias, como Iracema, Guarani e Macunaíma, visando preservar a essência daqueles que um dia ocuparam todo o Brasil.
AlessandroMDO- Jedi
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Re: A questão do índio no Brasil contemporâneo
Mais tarde eu faço algumas considerações.
Royals- Jedi
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Re: A questão do índio no Brasil contemporâneo
[[Se nas poesias indianistas, como as de Gonçalves Dias, contemplava-se a figura deslumbrante e heroica do indígena brasileiro, contrasta-se hoje a posição de tais etnias com o seu passado. Problemas como a demarcação de terras, descasos ambientais, além das chacinas e extermínios no interior do país, são apenas alguns dos empecilhos que colocam em xeque a manutenção da sobrevivência destes / desses povos, rarefazendo-se cada vez mais a sua presença na sociedade brasileira.]]
[size=30][[[/size]Olha, eu gostei muito da sua introdução! Mas antes de mais nada, eu preciso dizer que, para futuras considerações, eu não sei qual modelo você usou, mas o que eu levo em consideração na hora de fazer uma ''análise'', é aquela que tem como sequência, esta seguinte: Contextualização > Problematização > Tese. Perceba que a sua introdução respeita apenas a Contextualização e a Problematização, eu não percebo, nessa sequência, você tratar da tese. A tese tem uma finalidade muito simples: ambientar o leitor em torno das ideias que você vai defender. Então, fica um pouco complicado lhe entender, mesmo você colocando tão em foco a problemática.]]
Sendo o pivô de disputas violentas, a demarcação de territórios indígenas ainda esbarra nos interesses econômicos dos grandes latifundiários. Sabe-se que, para a preservação dos costumes nativos, é imprescindível o acesso à terra, uma vez que é nela que ocorre a sua sobrevivência, através da caça, agricultura e extrativismo, ou ainda, a prática das tradições, como festas e cultos. Segundo o Conselho Nacional Indigenista Missionário (CIMI), contabilizou-se em 2014 um aumento de 130% no assassinato de índios, em sua maioria por fazendeiros e madeireiros que adentram terras já demarcadas.
OBS: Eu recomendaria que você invertesse a ordem dos parágrafos da argumentação, isto é, que o segundo viesse como primeiro. Veja bem, o primeiro é de forte argumentação, e quando você for concluir, essas ''ideias fortes'' vão estar ''frescas'' na cabeça do leitor. Outra, uma citação ou alguma ideia, dependendo do autor, requer um pouco de reflexão. O leitor mal acabou de lê-la e já vai concluí-la? É claro que essa sua alusão sobre Gilberto Freyre não requer grande reflexão (na verdade, quase nenhuma), mas para futuras redações, eu recomendo que você leve isso em consideração.
[[Para Gilberto Freyre, a característica fundamental da formação brasileira é a miscigenação. Entretanto, parece não ser de importância nacional a preservação de tal sincretismo cultural.]] A exploração desenfreada de recursos naturais indispensáveis às sociedades nativas, como a construção de hidrelétricas, alterando curso de rios, ou a expansão da monocultura de soja, dispersando a fauna e flora local, têm contribuído cada vez mais para a diminuição da autossuficiênciadestes / desses povos, que se veem obrigados a migrarem para as cidades.
[[Olha, eu acho que aqui você puxou um belo ''gancho'', ou seja, você deixou uma ''deixa'' muito boa para a argumentação, porém, em seguida, você insistiu em tratar do índio como uma minhoca que vive apenas atrás de terras. Você poderia tratar da questão cultural de uma forma mais profunda, por exemplo: Existe um discurso que diz que ''índio de verdade'' não usa roupas nem tecnologias ou coisas semelhantes. Esse discurso é muito comum, já que legitima a retirada de direitos desses indígenas. Quando por exemplo um fazendeiro quer desqualificar reivindicações dos indígenas sobre terras que ocupa, afirma que eles não são mais indígenas porque usam roupas, ferramentas, etc. Essa afirmação é puramente ideológica: as sociedades capitalistas criam imagens dos indígenas como primitivos, se apressam em tentar civilizá-los e, assim que eles adotam práticas ocidentais, argumentam que eles não são mais indígenas e portanto não têm direito à terra.]]
Fica claro, portanto, a necessidade urgente de medidas públicas na promoção dos direitos às comunidades indígenas. É preciso que os órgãos responsáveis como a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) assegurem políticas protecionistas aestes / esses povos, conjuntamente com o Ministério do Meio Ambiente e as ONGS ambientais no âmbito da preservação dos recursos naturais. Não menos importante, [[há de se considerar o resgaste culturaL destes / desses povos]], como por exemplo, o papel escolar na disseminação da cultura indígena, através de grandes obras literárias, como Iracema, Guarani e Macunaíma, visando preservar a essência daqueles que um dia ocuparam todo o Brasil.
[[Mas como haverá resgate cultural se não sabemos como se processa o desgaste cultural dos índios? Pois veja bem, você nem se quer aprofundou nesse tema. Para corrigirmos algo, precisamos saber como esse algo é prejudicado. A cultura do índio seria prejudicada por que ninguém se importa? Ora, você pode não se importar com as minhas considerações sobre a sua redação, mas nem por isso elas deixarão de existir.]]
Você escreve bem e faz como a maioria na hora da escrita: usa a intuição em vez de conhecimento em gramática. Tudo bem, a preguiça faz parte da nossa natureza (eu também uso a intuição, sendo apenas 5% de conhecimento em gramática, eu acho). Mas perceba que você errou algo que é fundamental saber, por exemplo: este/esse; esse é usado para retomar alguma ideia que já foi enunciada no decorrer da escrita, e quando você não o usa corretamente, faz com que o leitor não entenda o que você quer ''retomar'', já que usar ''este'' no lugar de ''esse'' para retomar alguma ideia, não quer dizer nada, apenas que você está se adiantando. rsrs. Eu gostei muito da sua introdução .. Eu procurei alguns poemas do Gonçalves Dias só para garantir que você sabia do que estava falando, e era isso mesmo. Realmente ficou muito bom! Mas, novamente a querida tese. Se atente à isso, ok? Na argumentação, você usou argumentos fortes no primeiro parágrafo, mas no segundo falou da mesma coisa. Você trouxe à tona a questão cultural, mas não tratou de se aprofundar mais sobre esse tema, o que possivelmente prejudicaria a sua nota. A conclusão segue as expectativas, porém, ao intervir à favor da cultura do índio, é preciso se aprofundar mais sobre essa questão, não acha? Bom, acho que é isso. Lembrando que não sou nenhum especialista, mas posso perceber algumas coisas, e assim tratei de exprimi-las neste tópico, ok?
Recomendações:
vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=jLoH04Jhv6A
artigo:http://redacaomania.com/como-fazer-uma-redacao-dissertativa-argumentativa/ (não que você não saiba, mas nesse artigo tem tudo o que você precisa, o qual eu também uso). Bom estudos!!!
[size=30][[[/size]Olha, eu gostei muito da sua introdução! Mas antes de mais nada, eu preciso dizer que, para futuras considerações, eu não sei qual modelo você usou, mas o que eu levo em consideração na hora de fazer uma ''análise'', é aquela que tem como sequência, esta seguinte: Contextualização > Problematização > Tese. Perceba que a sua introdução respeita apenas a Contextualização e a Problematização, eu não percebo, nessa sequência, você tratar da tese. A tese tem uma finalidade muito simples: ambientar o leitor em torno das ideias que você vai defender. Então, fica um pouco complicado lhe entender, mesmo você colocando tão em foco a problemática.]]
Sendo o pivô de disputas violentas, a demarcação de territórios indígenas ainda esbarra nos interesses econômicos dos grandes latifundiários. Sabe-se que, para a preservação dos costumes nativos, é imprescindível o acesso à terra, uma vez que é nela que ocorre a sua sobrevivência, através da caça, agricultura e extrativismo, ou ainda, a prática das tradições, como festas e cultos. Segundo o Conselho Nacional Indigenista Missionário (CIMI), contabilizou-se em 2014 um aumento de 130% no assassinato de índios, em sua maioria por fazendeiros e madeireiros que adentram terras já demarcadas.
OBS: Eu recomendaria que você invertesse a ordem dos parágrafos da argumentação, isto é, que o segundo viesse como primeiro. Veja bem, o primeiro é de forte argumentação, e quando você for concluir, essas ''ideias fortes'' vão estar ''frescas'' na cabeça do leitor. Outra, uma citação ou alguma ideia, dependendo do autor, requer um pouco de reflexão. O leitor mal acabou de lê-la e já vai concluí-la? É claro que essa sua alusão sobre Gilberto Freyre não requer grande reflexão (na verdade, quase nenhuma), mas para futuras redações, eu recomendo que você leve isso em consideração.
[[Para Gilberto Freyre, a característica fundamental da formação brasileira é a miscigenação. Entretanto, parece não ser de importância nacional a preservação de tal sincretismo cultural.]] A exploração desenfreada de recursos naturais indispensáveis às sociedades nativas, como a construção de hidrelétricas, alterando curso de rios, ou a expansão da monocultura de soja, dispersando a fauna e flora local, têm contribuído cada vez mais para a diminuição da autossuficiência
[[Olha, eu acho que aqui você puxou um belo ''gancho'', ou seja, você deixou uma ''deixa'' muito boa para a argumentação, porém, em seguida, você insistiu em tratar do índio como uma minhoca que vive apenas atrás de terras. Você poderia tratar da questão cultural de uma forma mais profunda, por exemplo: Existe um discurso que diz que ''índio de verdade'' não usa roupas nem tecnologias ou coisas semelhantes. Esse discurso é muito comum, já que legitima a retirada de direitos desses indígenas. Quando por exemplo um fazendeiro quer desqualificar reivindicações dos indígenas sobre terras que ocupa, afirma que eles não são mais indígenas porque usam roupas, ferramentas, etc. Essa afirmação é puramente ideológica: as sociedades capitalistas criam imagens dos indígenas como primitivos, se apressam em tentar civilizá-los e, assim que eles adotam práticas ocidentais, argumentam que eles não são mais indígenas e portanto não têm direito à terra.]]
Fica claro, portanto, a necessidade urgente de medidas públicas na promoção dos direitos às comunidades indígenas. É preciso que os órgãos responsáveis como a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) assegurem políticas protecionistas a
[[Mas como haverá resgate cultural se não sabemos como se processa o desgaste cultural dos índios? Pois veja bem, você nem se quer aprofundou nesse tema. Para corrigirmos algo, precisamos saber como esse algo é prejudicado. A cultura do índio seria prejudicada por que ninguém se importa? Ora, você pode não se importar com as minhas considerações sobre a sua redação, mas nem por isso elas deixarão de existir.]]
Você escreve bem e faz como a maioria na hora da escrita: usa a intuição em vez de conhecimento em gramática. Tudo bem, a preguiça faz parte da nossa natureza (eu também uso a intuição, sendo apenas 5% de conhecimento em gramática, eu acho). Mas perceba que você errou algo que é fundamental saber, por exemplo: este/esse; esse é usado para retomar alguma ideia que já foi enunciada no decorrer da escrita, e quando você não o usa corretamente, faz com que o leitor não entenda o que você quer ''retomar'', já que usar ''este'' no lugar de ''esse'' para retomar alguma ideia, não quer dizer nada, apenas que você está se adiantando. rsrs. Eu gostei muito da sua introdução .. Eu procurei alguns poemas do Gonçalves Dias só para garantir que você sabia do que estava falando, e era isso mesmo. Realmente ficou muito bom! Mas, novamente a querida tese. Se atente à isso, ok? Na argumentação, você usou argumentos fortes no primeiro parágrafo, mas no segundo falou da mesma coisa. Você trouxe à tona a questão cultural, mas não tratou de se aprofundar mais sobre esse tema, o que possivelmente prejudicaria a sua nota. A conclusão segue as expectativas, porém, ao intervir à favor da cultura do índio, é preciso se aprofundar mais sobre essa questão, não acha? Bom, acho que é isso. Lembrando que não sou nenhum especialista, mas posso perceber algumas coisas, e assim tratei de exprimi-las neste tópico, ok?
Recomendações:
vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=jLoH04Jhv6A
artigo:http://redacaomania.com/como-fazer-uma-redacao-dissertativa-argumentativa/ (não que você não saiba, mas nesse artigo tem tudo o que você precisa, o qual eu também uso). Bom estudos!!!
Royals- Jedi
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Re: A questão do índio no Brasil contemporâneo
Royals escreveu:Realmente, parando para pensar agora, teria dado um bom parágrafo a sua ideia de juntar a frase do Freyre com esse assunto que você abordou. Vou ver se arrumo um tempo para reescrevê-la invertendo os parágrafos e concertando a gramática.
- Spoiler:
[[Se nas poesias indianistas, como as de Gonçalves Dias, contemplava-se a figura deslumbrante e heroica do indígena brasileiro, contrasta-se hoje a posição de tais etnias com o seu passado. Problemas como a demarcação de terras, descasos ambientais, além das chacinas e extermínios no interior do país, são apenas alguns dos empecilhos que colocam em xeque a manutenção da sobrevivênciadestes/ desses povos, rarefazendo-se cada vez mais a sua presença na sociedade brasileira.]]
[size=30][[[/size]Olha, eu gostei muito da sua introdução! Mas antes de mais nada, eu preciso dizer que, para futuras considerações, eu não sei qual modelo você usou, mas o que eu levo em consideração na hora de fazer uma ''análise'', é aquela que tem como sequência, esta seguinte: Contextualização > Problematização > Tese. Perceba que a sua introdução respeita apenas a Contextualização e a Problematização, eu não percebo, nessa sequência, você tratar da tese. A tese tem uma finalidade muito simples: ambientar o leitor em torno das ideias que você vai defender. Então, fica um pouco complicado lhe entender, mesmo você colocando tão em foco a problemática.]]
Sendo o pivô de disputas violentas, a demarcação de territórios indígenas ainda esbarra nos interesses econômicos dos grandes latifundiários. Sabe-se que, para a preservação dos costumes nativos, é imprescindível o acesso à terra, uma vez que é nela que ocorre a sua sobrevivência, através da caça, agricultura e extrativismo, ou ainda, a prática das tradições, como festas e cultos. Segundo o Conselho Nacional Indigenista Missionário (CIMI), contabilizou-se em 2014 um aumento de 130% no assassinato de índios, em sua maioria por fazendeiros e madeireiros que adentram terras já demarcadas.
OBS: Eu recomendaria que você invertesse a ordem dos parágrafos da argumentação, isto é, que o segundo viesse como primeiro. Veja bem, o primeiro é de forte argumentação, e quando você for concluir, essas ''ideias fortes'' vão estar ''frescas'' na cabeça do leitor. Outra, uma citação ou alguma ideia, dependendo do autor, requer um pouco de reflexão. O leitor mal acabou de lê-la e já vai concluí-la? É claro que essa sua alusão sobre Gilberto Freyre não requer grande reflexão (na verdade, quase nenhuma), mas para futuras redações, eu recomendo que você leve isso em consideração.
[[Para Gilberto Freyre, a característica fundamental da formação brasileira é a miscigenação. Entretanto, parece não ser de importância nacional a preservação de tal sincretismo cultural.]] A exploração desenfreada de recursos naturais indispensáveis às sociedades nativas, como a construção de hidrelétricas, alterando curso de rios, ou a expansão da monocultura de soja, dispersando a fauna e flora local, têm contribuído cada vez mais para a diminuição da autossuficiênciadestes/ desses povos, que se veem obrigados a migrarem para as cidades.
[[Olha, eu acho que aqui você puxou um belo ''gancho'', ou seja, você deixou uma ''deixa'' muito boa para a argumentação, porém, em seguida, você insistiu em tratar do índio como uma minhoca que vive apenas atrás de terras. Você poderia tratar da questão cultural de uma forma mais profunda, por exemplo: Existe um discurso que diz que ''índio de verdade'' não usa roupas nem tecnologias ou coisas semelhantes. Esse discurso é muito comum, já que legitima a retirada de direitos desses indígenas. Quando por exemplo um fazendeiro quer desqualificar reivindicações dos indígenas sobre terras que ocupa, afirma que eles não são mais indígenas porque usam roupas, ferramentas, etc. Essa afirmação é puramente ideológica: as sociedades capitalistas criam imagens dos indígenas como primitivos, se apressam em tentar civilizá-los e, assim que eles adotam práticas ocidentais, argumentam que eles não são mais indígenas e portanto não têm direito à terra.]]
Fica claro, portanto, a necessidade urgente de medidas públicas na promoção dos direitos às comunidades indígenas. É preciso que os órgãos responsáveis como a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) assegurem políticas protecionistas aestes/ esses povos, conjuntamente com o Ministério do Meio Ambiente e as ONGS ambientais no âmbito da preservação dos recursos naturais. Não menos importante, [[há de se considerar o resgaste culturaLdestes/ desses povos]], como por exemplo, o papel escolar na disseminação da cultura indígena, através de grandes obras literárias, como Iracema, Guarani e Macunaíma, visando preservar a essência daqueles que um dia ocuparam todo o Brasil.
[[Mas como haverá resgate cultural se não sabemos como se processa o desgaste cultural dos índios? Pois veja bem, você nem se quer aprofundou nesse tema. Para corrigirmos algo, precisamos saber como esse algo é prejudicado. A cultura do índio seria prejudicada por que ninguém se importa? Ora, você pode não se importar com as minhas considerações sobre a sua redação, mas nem por isso elas deixarão de existir.]]
Você escreve bem e faz como a maioria na hora da escrita: usa a intuição em vez de conhecimento em gramática. Tudo bem, a preguiça faz parte da nossa natureza (eu também uso a intuição, sendo apenas 5% de conhecimento em gramática, eu acho). Mas perceba que você errou algo que é fundamental saber, por exemplo: este/esse; esse é usado para retomar alguma ideia que já foi enunciada no decorrer da escrita, e quando você não o usa corretamente, faz com que o leitor não entenda o que você quer ''retomar'', já que usar ''este'' no lugar de ''esse'' para retomar alguma ideia, não quer dizer nada, apenas que você está se adiantando. rsrs. Eu gostei muito da sua introdução .. Eu procurei alguns poemas do Gonçalves Dias só para garantir que você sabia do que estava falando, e era isso mesmo. Realmente ficou muito bom! Mas, novamente a querida tese. Se atente à isso, ok? Na argumentação, você usou argumentos fortes no primeiro parágrafo, mas no segundo falou da mesma coisa. Você trouxe à tona a questão cultural, mas não tratou de se aprofundar mais sobre esse tema, o que possivelmente prejudicaria a sua nota. A conclusão segue as expectativas, porém, ao intervir à favor da cultura do índio, é preciso se aprofundar mais sobre essa questão, não acha? Bom, acho que é isso. Lembrando que não sou nenhum especialista, mas posso perceber algumas coisas, e assim tratei de exprimi-las neste tópico, ok?
Recomendações:
vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=jLoH04Jhv6A
artigo:http://redacaomania.com/como-fazer-uma-redacao-dissertativa-argumentativa/ (não que você não saiba, mas nesse artigo tem tudo o que você precisa, o qual eu também uso). Bom estudos!!!
Obrigado pela correção!
AlessandroMDO- Jedi
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Re: A questão do índio no Brasil contemporâneo
Oi, só uma pequena correção: nesse contexto, se escreve consertando e não concertando, ok? É fácil de errar já que as duas têm uma escrita bem parecida, mas o sentido é bem diferente, entende? Continue praticando e eu terei certeza de que você irá longe! Bons estudos!
//É nós.
//É nós.
Royals- Jedi
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Re: A questão do índio no Brasil contemporâneo
Corrigi rapidamente alguns erros mais visíveis de linguagem. Sua redação está muito boa. Imagino que tiraria acima de 900 se fosse escrita para o ENEM.AlessandroMDO escreveu:. Se nas poesias indianistas, comoasnas[erro de paralelismo] de Gonçalves Dias, contemplava-se a figura deslumbrante e heroica do indígena brasileiro, contrasta-se hoje a posição de tais etnias com o seu passado. Problemas como a demarcação de terras, descasos ambientais, além das chacinas e extermínios no interior do país, são apenas alguns dos empecilhos que colocam em xeque a manutenção da sobrevivênciadestesdesses povos, rarefazendo-se cada vez mais a sua presença na sociedade brasileira.
Sendo o pivô de disputas violentas, a demarcação de territórios indígenas ainda esbarra nos interesses econômicos dos grandes latifundiários. Sabe-se que, para a preservação dos costumes nativos, é imprescindível o acesso à terra, uma vez que é nela que ocorre a sua sobrevivência, através da caça, da agricultura e do extrativismo, ou ainda,ada[erros de paralelismo] prática das tradições, como festas e cultos. Segundo o Conselho Nacional Indigenista Missionário (CIMI), contabilizou-se em 2014 um aumento de 130% no assassinato de índios, em sua maioria por fazendeiros e madeireiros que adentram terras já demarcadas.[crie um período de conclusão desse parágrafo, tal qual uma mini-redação, usando conectivos com sentido conclusivo adequado, senão parece que o parágrafo não termina; fica pela metade]
Para Gilberto Freyre, a característica fundamental da formação brasileira é a miscigenação. Entretanto, parece não ser de importância nacional a preservação de tal sincretismo cultural. A exploração desenfreada de recursos naturais indispensáveis às sociedades nativas, como a construção de hidrelétricas, alterando curso de rios, ou a expansão da monocultura de soja, dispersando a fauna e flora local,têmtem[no singular, para concordar com "exploração"] contribuído cada vez mais para a diminuição da autossuficiênciadestesdesses povos, que se veem obrigados a migrarem para as cidades. [feche claramente o parágrafo argumentativo, assim como eu disse anteriormente; o corretor certamente percebe isso]
Ficaclaroclara[erro de concordância nominal; o correto é "a necessidade fica clara"], portanto, a necessidade urgente de medidas públicas na promoção dos direitos às comunidades indígenas. É preciso que os órgãos responsáveis como a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) assegurem políticas protecionistas aestesesses povos, conjuntamente com o Ministério do Meio Ambiente e as ONGS ambientais no âmbito da preservação dos recursos naturais. Não menos importante, há de se considerar o resgaste culturadestesdesses povos, comopor exemplo,[redundância] o papel escolar na disseminação da cultura indígena, através de grandes obras literárias, como Iracema, Guarani e Macunaíma, visando preservar a essência daqueles que um dia ocuparam todo o Brasil.
Hayzel Sh- Estrela Dourada
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