(FGV-SP) Os escravos são as mãos e os pés...

“Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda.”
André João Antonil, Cultura e Opulência do Brasil Belo Horizonte; Itatiaia, 1982, pág.89.

Assinale a alternativa correta:
a) A escravidão dos negros africanos permitiu que os índios deixassem de ser escravizados durante o período colonial.
b) O trabalho manual era visto como degradante pelos senhores brancos, e a escravidão, uma forma de lhes garantir uma vida honrada no continente americano.
c) Apesar dos vultosos lucros obtidos com o tráfico, a adoção da escravidão de africanos explica-se pela melhor adequação dos negros à rotina do trabalho colonial.
d) Extremamente difundida na Região Nordeste, a escravidão teve um papel secundário e marginal na exploração das minas de metais e pedras preciosas no interior do Brasil.
e) Diante das condições de vida aos escravos os jesuítas criticavam duramente a escravidão dos negros africanos, o que provocou diversos conflitos no período colonial.

Minha resposta:

Não penso ser a alternativa E. Pois, os jesuítas não criticavam a presença do negro no trabalho escravo. Leia sobre a Revolta dos Beckman ocorrida no Maranhão.

Penso ser letra B, pois socialmente o trabalho braçal era visto com características mal-vistas pela sociedade colonial.

Hum... muito obrigado, Jefferson!

Cara eu marcaria a C, porque frente aos índigenas que não se adaptavam bem ao trabalho forçado, os negros africanos eram mais passivos e acostumados, visto que a escravidão também era uma prática comum no continente africano.

Quanto a isso, mf58, já vi uma enorme discussão, acerca do homem negro ser mais domesticado em relação aos índios, que tinham aversão ao trabalho.
Penso isso se tratar de um conceito que não é trabalhado entre o meio acadêmico.
Ora, se o negro era adaptado ao trabalho, por que então tantas revoltas, fugas, mortes, fundações de refúgios como os quilombos?

Defendendo minha resposta, O conceito de trabalho ao longo dos séculos veio visto como algo degradante como na grécia antiga, onde quem trabalhava não vida espaço em sua vida para a vida política. Então, não era diferente no nosso perído colonial haver esse raciocínio presente naquela sociedade.
Msa lembro de ver essa discussao em algum livro de história, dentre os meus. Prometo procurar e transcrever essa passagem.

B

Jefferson, sim, haviam revoltas, devido a exploração, maus tratos, etc. Mas, frente aos indígenas que tinham uma concepção de trabalho, uma relação produtiva totalmente diferente do sistema europeu, os escravos africanos eram mais rentáveis e adptativos. Bem, é nisso que eu acredito.

Aproveitando discussão, qual seria o erro da letra D ?

''Extremamente difundida na Região Nordeste, a escravidão teve um papel secundário e marginal na exploração das minas de metais e pedras preciosas no interior do Brasil.''

Eu marcaria a Letra C 
a letra E está errada pelo fato de que os jesuítas condenavam a escravidão indígena e não a negra fora que os índios tinham a fama difundida entre os portugueses de serem "preguiçosos" para trabalhos braçais.

" a escravidão teve um papel secundário e marginal na exploração das minas de metais e pedras preciosas no interior do Brasil."




Em meio à produção de ouro no século XVIII, grandes proprietários de escravos recebiam lotes de terra propícia para a garimpagem.
A maior parte daqueles que trabalhavam na garimpagem era negros e escravos. Decerto que também haviam homens livres que corriam atrás de um sonho de mobilidade social, assim mesmo como soldados. Mas esse número era menor que o de escravos, a ponto de deixar a escravidão como secundária.