Livro de língua portuguesa ensina a falar errado.

Livro didático de língua portuguesa adotado pelo MEC (Ministério da Educação) ensina aluno do ensino fundamental a usar a “norma popular da língua portuguesa”.

O volume Por uma vida melhor, da coleção Viver, aprender, mostra ao aluno que não há necessidade de se seguir a norma culta para a regra da concordância. Os autores usam a frase “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado” para exemplificar que, na variedade popular, só “o fato de haver a palavra os (plural) já indica que se trata de mais de um livro”. Em um outro exemplo, os autores mostram que não há nenhum problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”.

Ao defender o uso da língua popular, os autores afirmam que as regras da norma culta não levam em consideração a chamada língua viva. E destacam em um dos trechos do livro: “Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para norma culta como padrão de correção de todas as formas lingüísticas”.

E mais: segundo os autores, o estudante pode correr o risco “de ser vítima de preconceito linguístico” caso não use a norma culta. O livro da editora Global foi aprovado pelo MEC por meio do Programa Nacional do Livro Didático.

Atualizado às 16h20: Em entrevista ao iG, uma das autoras do livro, a professora Heloisa Ramos, declarou que a intenção era deixar aluno à vontade por conhecer apenas a linguagem popular e não ensinar errado.

(Fonte:http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2011/05/12/livro-usado-pelo-mec-ensina-aluno-a-falar-errado/?allcomments)



“Nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”. Para os autores do livro de língua portuguesa Por uma vida melhor, da coleção “Viver, Aprender”, adotado pelo Ministério da Educação (MEC), o uso da linguagem popular , ainda que com seus erros gramaticais, é válido. A obra também lembra que, caso deixem a norma culta, os alunos podem sofrer “preconceito linguístico”.

Diz um trecho do livro, publicado pela Editora Global: “Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro’? Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas”.

A edição foi distribuída pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) a 484.195 alunos de 4.236 escolas, informou o MEC. Em nota enviada pelo ministério, a autora Heloísa Ramos diz que “o importante é chamar a atenção para o fato de que a ideia de correto e incorreto no uso da língua deve ser substituída pela ideia de uso da língua adequado e inadequado, dependendo da situação comunicativa”.

“Como se aprende isso? Observando, analisando, refletindo e praticando a língua em diferentes situações de comunicação”, continua a nota. Heloisa afirma que o livro tem como fundamento os “documentos do MEC para o ensino fundamental regular e EJA” e leva em consideração as matrizes que estruturam o Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos. (Encceja).

A doutora em linguística e professora da Universidade de Brasília (UnB), Viviane Ramalho, vai além da opinião da autora do livro e defende que a linguagem popular seja ensinada abertamente nas escolas. “O ideal seria aprender todas as possibilidades diferentes até mesmo para respeitar o interlocutor que usa outra variedade linguística”, diz. Para ela, essa seria uma forma da escola se aproximar da realidade dos estudantes. (das agências de notícias).

(Fonte:http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2011/05/13/noticiabrasiljornal,2242575/livro-ensina-alunos-a-falar-errado.shtml)

Antigamente, muito antigamente, aprendia-se a falar errado longe da escola e a escola servia para ensinar a falar corretamente. Naquele tempo a escola era considerada uma oportunidade na vida. Essas coisas me deixam apavorado. O Brasil está num momento de sua História em que precisa alcançar os padrões de qualidade das escolas coreanas, americanas ou alemãs face aos desafios decisivos das próximas duas ou tres décadas.

Por outro lado, será que esse livro não tem um propósito objetivo de justificar um (ex-) presidente que, apesar dos inúmeros amigos intelectuais que cultivou, de todo o acesso que teve a fontes de cultura, insiste em falar errado e fazer o elogio da ignorância?

Euclides escreveu:
Por outro lado, será que esse livro não tem um propósito objetivo de justificar um (ex-) presidente que, apesar dos inúmeros amigos intelectuais que cultivou, de todo o acesso que teve a fontes de cultura, insiste em falar errado e fazer o elogio da ignorância?

Nunca antes na história deste país a educação desceu a esse nível.

Acho que não é bom tirar conclusões precipitadas. Quem sabe essa passagem do livro foi mal-interpretada?! Uma coisa sobre a linguagem eu concordo: o jeito como se fala não importa e, sim, como se escreve (e depende pra quem se escreve também). Por mais que as pessoas pensem que falam da forma mais correta, falam errado toda hora, principalmente em relação à colocação dos pronomes. Quem é que fala "entregar-lhe-ei os livros amanhã", por exemplo? Todo mundo fala: "entregarei pra você" ou "pra ti". Acho que a gente deve usar o bom senso. E isso vale até numa prova, desde que ela não seja relacionada à língua portuguesa ou literatura.

“Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro’? Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas”
Essa mulher é muito clara, não tem como interpretar ela de outra forma.

As pessoas não 'pensam que falam da forma mais correta'.Elas SABEM que a linguagem coloquial é uma coisa e a língua real é outra.Isso não é desculpa pra não aprender nem usar a língua correta quando é a hora, até porque certos erros, como esse que essa mulher fala, são tão grosseiros, tão absurdos que não cabem nem na linguagem coloquial.
Acho um absurdo ter que falar uma coisa óbvia dessas... o que os petralhas fazem com a educação, pelo amor de Deus...

Sinceramente, eu acho que no fundo o Lula não tem orgulho da própria ignorância, mas a gente fica com essa impressão porque esse é o marketing dele