Tubos de raios catódicos x raios anódicos

Pelo que entendi, na experiência de Crookes com tubos de raios catódicos que levou a descoberta do elétron por Thomson, a natureza do gás residual que tinha no tubo não influenciava diretamente o comportamento do raio. Entretanto, quando Goldstein faz a experiência com os raios anódicos, que levou posteriormente a descoberta do próton no modelo de Rutherford, a natureza do gás influenciava. Por que? Por que a natureza do gás não influencia o comportamento dos raios catódicos mas influencia o comportamento dos raios anódicos?

Isaac

Não domino a área mas vou dar a minha opinião; mas seria bom você ouvir outras opiniões:

No tubo de raios catódicos as cargas que se movimentam são elétrons, de massa muito pequena.

Já no tubo de raios anódicos, as cargas que se movimentam são íons, os quais tem uma massa muito superior à dos elétrons (considere a massa dos prótons + massa dos nêutrons + massa dos elétrons).
Assim dependendo do material o íon pode ter uma massa bem elevada (caso tenha muitos prótons e nêutrons) e isto pode afetar a experiência

Elcioschin escreveu:Isaac

Não domino a área mas vou dar a minha opinião; mas seria bom você ouvir outras opiniões:

No tubo de raios catódicos as cargas que se movimentam são elétrons, de massa muito pequena.

Já no tubo de raios anódicos, as cargas que se movimentam são íons, os quais tem uma massa muito superior à dos elétrons (considere a massa dos prótons + massa dos nêutrons + massa dos elétrons).
Assim dependendo do material o íon pode ter uma massa bem elevada (caso tenha muitos prótons e nêutrons) e isto pode afetar a experiência

Muito obrigado pela resposta, Elcio! O que me confunde é que meu professor fala que na experiência de Crookes (raios catódicos) o Thomson conseguiu calcular a relação carga/massa do elétron e independentemente do gás, ela era a mesma. Só que no tubo do Goldstein, que na verdade é o mesmo tubo, só que com furos no cátodo, a relação carga/massa varia de acordo com o gás (se for H2, O2, CO2, etc). A explicação que ele me deu é que os raios catódicos ionizam o gás do tubo, que fica positivo e "corre" pro cátodo (me desculpe o linguajar leigo). No caso do H2, a ionização gera H+ que nada mais é do que o próton, e aí a descoberta dessa partícula pelo Rutherford. Ou seja, os raios anódicos são feixe de prótons somente se o gás do tubo for o hidrogênio. Em seguida, ele me disse que se o tubo contivesse O2 ao invés de H2, a ionização geraria O+ que é um cátion e não um próton. Mas qual a diferença disso na relação carga/massa? A única diferença do O+ pro H+ não seria a quantidade de prótons? Ou seja, o raio não continuaria sendo composto por prótons?

Me desculpe se eu estiver falando alguma bobagem, é que essa parte da matéria tá me bugando muito.

No caso dos demais gases existe uma grande diferença: os nêutrons contribuem com mais massa.

Elcioschin escreveu:No caso dos demais gases existe uma grande diferença: os nêutrons contribuem com mais massa.

AAAAAAAAAAAAAH Então é por isso que os raios catódicos sempre têm uma relação entre carga e massa fixa e os raios anódicos não. Porque nos raios catódicos sempre serão apenas elétrons, independentemente do gás, enquanto nos raios anódicos os nêutrons podem interferir nessa relação. Acho que é isso! Muito obrigado Elcio! Muito bom quando a gente aprende as coisas!