Estrutura atomica e tabela periodica
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Estrutura atomica e tabela periodica
Pessoal, gostaria de tirar duas duvidas com voces.
1) Por que o raio atomico, nos periodos, diminui da esquerda para direita? Se, num dado periodo, a medida que nos deslocamos para direita, aumentamos o numero de eletrons nas camadas internas; a blindagem nao deveria ser maior, implicando na camada externa ser menos atraida pelo nucleo, e portanto, aumentando o raio atomico? Além disso, como se calcula a Carga Nuclear Efetiva de um atomo?
2) Por que a afinidade eletronica aumenta no sentido ↑→ da tabela periodica? O meu material apresentou uma explicação mas gostaria de saber se eu poderia pensar da seguinte forma: Como o raio atomico diminui no sentido ↑→, as camadas eletronicas estarão mais proximas do nucleo, portanto, serao menos energetica, e, portanto, os eletrons precisariam liberar mais energia para "estacionar" nelas. Eu posso pensar dessa forma?
3) O meu material de estudo diz que " n " representa o numero quantico principal e que o aumento dos valores de "n" corresponde ao aumento da energia para o eletron. Por outro lado, sabemos pela distribuição energética, seguindo o diagrama de pauling, que 3d10 é mais energetico que 4s². Neste caso, então, o aumento de "n" nao correspondeu ao aumento da energia do eletron, correto? Além disso, por mais que 3d10 seja mais energetico que 4s², o eletron 4s² está mais distante do nucleo que o eletron 3d10 e, portanto, o fato de um eletron está mais distante do nucleo nao necessariamente implica que esse eletron é mais energetico, correto? Fiquei na duvida quanto a isso.
1) Por que o raio atomico, nos periodos, diminui da esquerda para direita? Se, num dado periodo, a medida que nos deslocamos para direita, aumentamos o numero de eletrons nas camadas internas; a blindagem nao deveria ser maior, implicando na camada externa ser menos atraida pelo nucleo, e portanto, aumentando o raio atomico? Além disso, como se calcula a Carga Nuclear Efetiva de um atomo?
2) Por que a afinidade eletronica aumenta no sentido ↑→ da tabela periodica? O meu material apresentou uma explicação mas gostaria de saber se eu poderia pensar da seguinte forma: Como o raio atomico diminui no sentido ↑→, as camadas eletronicas estarão mais proximas do nucleo, portanto, serao menos energetica, e, portanto, os eletrons precisariam liberar mais energia para "estacionar" nelas. Eu posso pensar dessa forma?
3) O meu material de estudo diz que " n " representa o numero quantico principal e que o aumento dos valores de "n" corresponde ao aumento da energia para o eletron. Por outro lado, sabemos pela distribuição energética, seguindo o diagrama de pauling, que 3d10 é mais energetico que 4s². Neste caso, então, o aumento de "n" nao correspondeu ao aumento da energia do eletron, correto? Além disso, por mais que 3d10 seja mais energetico que 4s², o eletron 4s² está mais distante do nucleo que o eletron 3d10 e, portanto, o fato de um eletron está mais distante do nucleo nao necessariamente implica que esse eletron é mais energetico, correto? Fiquei na duvida quanto a isso.
Última edição por EstudanteCiencias em Sáb 13 Ago 2016, 19:57, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Adicionar uma terceira duvida)
EstudanteCiencias- Jedi
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Re: Estrutura atomica e tabela periodica
Raio Atômico (RA) e Eletronegatividade
Ao caminhar pela tabela periódica em ordem crescente de nº atômico ( Z = nº de prótons) o "bom senso" leva erroneamente a crer, baseado no modelo atômico primitivo e tosco (Sol - o núcleo - e seus planetas - os elétrons- em órbitas circulares), que quanto maior Z maior o RA.
Só que se esquece do principal: as forças elétricas de atração e repulsão e as forças nucleares, fracas e fortes.
Ignorando as forças nucleares, que tentam manter os prótons no núcleo, considerando-se as partículas em repouso, a Lei de Coulomb nos diz que a força (atrativa ou repulsiva) entre cargas elétricas é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente ao quadrado da distância entre elas.
É suficiente para se compreender o porquê de, num período, em ordem crescente de Z, via de regra os raios atômicos diminuírem.
Basta se fazer um exercício com 2 elementos quaisquer:
Átomo de Lítio (Li) com o átomo de Berílio (Be), ambos neutros (n° prótons = nº elétrons).
Z(Li) = 3
Z(Be) = 4
F(Li) = k 3² / R²(Li) = 9k/R²(Li)
F(Be) = k4² / R²(Be) = 16k/R²(Be)
Se os raios fossem os mesmos, a força eletrostática entre prótons e elétrons do Berílio seria 16/9 vezes maior do que a do Lítio.
Ou seja, pensando agora na repulsão entre os elétrons e que eles estão em "movimento circular", eles tem energia cinética e potencial como qualquer partícula em movimento sujeita a campos de forças.
A força resultante da "carga efetiva" é sempre menor do que a eletrostática de Coulomb, mas não interessa para as conclusões quantitativas feitas aqui.
Mesmo assim, para satisfazer sua curiosidade, segue o link:
https://en.wikipedia.org/wiki/Slater%27s_rules
As consequências disso são:
Raio do Berílio Menor
Eletronegatividade maior, por ser mais difícil, por ser necessário mais energia para arrancar um elétron do Berílio que do Lítio.
Ao caminhar pela tabela periódica em ordem crescente de nº atômico ( Z = nº de prótons) o "bom senso" leva erroneamente a crer, baseado no modelo atômico primitivo e tosco (Sol - o núcleo - e seus planetas - os elétrons- em órbitas circulares), que quanto maior Z maior o RA.
Só que se esquece do principal: as forças elétricas de atração e repulsão e as forças nucleares, fracas e fortes.
Ignorando as forças nucleares, que tentam manter os prótons no núcleo, considerando-se as partículas em repouso, a Lei de Coulomb nos diz que a força (atrativa ou repulsiva) entre cargas elétricas é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente ao quadrado da distância entre elas.
É suficiente para se compreender o porquê de, num período, em ordem crescente de Z, via de regra os raios atômicos diminuírem.
Basta se fazer um exercício com 2 elementos quaisquer:
Átomo de Lítio (Li) com o átomo de Berílio (Be), ambos neutros (n° prótons = nº elétrons).
Z(Li) = 3
Z(Be) = 4
F(Li) = k 3² / R²(Li) = 9k/R²(Li)
F(Be) = k4² / R²(Be) = 16k/R²(Be)
Se os raios fossem os mesmos, a força eletrostática entre prótons e elétrons do Berílio seria 16/9 vezes maior do que a do Lítio.
Ou seja, pensando agora na repulsão entre os elétrons e que eles estão em "movimento circular", eles tem energia cinética e potencial como qualquer partícula em movimento sujeita a campos de forças.
A força resultante da "carga efetiva" é sempre menor do que a eletrostática de Coulomb, mas não interessa para as conclusões quantitativas feitas aqui.
Mesmo assim, para satisfazer sua curiosidade, segue o link:
https://en.wikipedia.org/wiki/Slater%27s_rules
As consequências disso são:
Raio do Berílio Menor
Eletronegatividade maior, por ser mais difícil, por ser necessário mais energia para arrancar um elétron do Berílio que do Lítio.
rihan- Estrela Dourada
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