Idosos - FUVEST 2014

GranTorino escreveu:Nos anos [Na década] de 1940, o Brasil era um dos países com uma das maiores taxas de natalidade do mundo. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, durante esse período o índice de fecundidade era de cerca de 6 filhos por mulher. Entretanto, em virtude da chegada das revoluções médicas à nação a partir de projetos como saneamento básico e acesso popular à vacina, além do desenvolvimento industrial, os números de nascimento não só abaixaram, mas também trouxeram um aumento vertiginoso da população idosa. [3]

Com isso, [4] a pirâmide da faixa etária alargou-se em função exponencial [2]. De modo a reivindicações e questões relacionadas aos mais idosos aparecerem com mais frequência. Pelo  fato do sistema previdenciário do país ainda ser arcaico, ocasionará, futuramente, uma grave crise econômica, já que haverá uma desproporção entre a população mais velha e mais jovem, esta última responsável por sustentar a aposentadoria e os custos, sobretudo de saúde, dos idosos. A menos que, antes disso, haja uma reforma tanto no âmbito trabalhista quanto no previdenciário.

Além disso, não há no país políticas que visem a atualização das pessoas mais velhas que participem da população economicamente ativa à tecnologia. Isto provoca a exclusão delas do trabalho, visto que a tecnologia tem obtido grande agilidade e requer domínio de seus operantes. Aliado a isso, o número de dependentes do governo cresce e se soma aos que realmente são incapazes de produzir - a exemplo dos velhos em estágio terminal ou daqueles que, embora viverão muitos anos, estão em estado vegetativo. Mas se pudessem se expressar, muitos prefeririam a morte à vida indigna, a qual é forçada a ser mantida por ideias conservadoras. [1]

Para não haver, por conseguinte, um colapso na sociedade brasileira, o aumento da classe pertencente à 3ª idade deve ser encarado como um momento necessário à implementação de reformas e não apenas associá-lo a mais investimentos. Assim, o Estado deve garantir um modelo de reserva econômica o qual será desenvolvido pelo próprio indivíduo enquanto ele ter quaisquer condições de ser produtivo. Por fim, a política, baseada nos ideais iluministas do século XVIII, deve vigorar socialmente. Isto é, garantir a autonomia das pessoas, em especial aos mais velhos em relação ao seu destino.