Culex Quinquefacitus

Olá pessoal, não encontrei área apropriada, portanto estarei postando por aqui, tentarei ser breve.

Nunca tive qualquer problema com pernilongos, tudo começou há uns três anos atrás, quando a cidade infestou-se com esta praga, da noite para o dia, meu lar que nunca se quer havia presenciado algum, passou a ser uma colônia, inicialmente chegando a matar centenas em menos de dois dias. Acredito que está invasão seja causa de alguma devastação no meio ambiente ordenada pelo prefeito.

Passou-se um ano e meio aproximadamente, situação facilmente controlada, pois bastava que me cobrisse que não seria picado, embora no verão fosse problemático, a taxa de natalidade decresceu abruptamente até então. Porém a maresia começou a virar quando estes pequenos algozes "aprenderam" a picar-me em minha cabeça, desde então venho presenciando uma súbita melhora na adaptação cognitiva, modo de agir e área predileta ao ataque, que sempre dão enfoque justamente em minha cabeça na região cerebral, atualmente mais no lóbulo direito, mas dependerá da disponibilidade.

Algumas características que posso citar são:

Elas não atravessam meu campo de visão, tentam ao máximo atacar-me por detrás, onde não posso ver, apenas escutar.
Aumento significativo na velocidade de voo quando não em repouso.
Aperfeiçoamento na escolha do esconderijo. (as gerações anteriores começaram dando preferência a áreas escuras, como meu guarda roupa preto, televisão, mas embora muito bem camuflados, ainda assim eram perceptíveis, estes novos simplesmente estão em uma área que não posso encontrar.)
Dá preferência a minha cabeça, ao invés de qualquer outra área do corpo.
Este ultimo item não tenho muita certeza, ou elas estão me caçando pois quando me dirijo a outros lugares de minha residência, com poucos minutos depois começo a escuta-las, ou minha casa está infestada, o que é difícil de compreender pois não as vejo com demasiada frequência.

Métodos utilizados de prevenção já testados.
Raquete elétrica.
Tela de proteção nas janelas. (Porém existe uma pequena infiltração de água em uma das paredes do quarto de hospedes, e em um corredor existe uma ligação entre as telhas, talvez seja possível que depositem os ovos por dentro da casa, e então utilizem esta rota para me atormentar, não sei.)
Repelentes. (De fato utilizei mais diretamente contra os pernilongos, por ser venenoso do que em minha pele propriamente dito, pois é tóxico e não compreendo das possíveis reações celulares que possam ser causadas com um uso prolongado.)
Veneno. (Apenas uma vez, era umas 2:00 e estava muito frustrado querendo dormir, acabou que passei a madrugada no quintal, esperando o cheiro passar, e não resolveu, óbvio.)
Ventilador. (Embora funcione caso deixe-o praticamente colado a mim, não consigo dormir, esfria o ambiente consideravelmente, e caso esteja razoavelmente afastado, simplesmente não funciona por conta da divergência de ângulo.)
Ar condicionado. (Dois problemas, o técnico instalou errado e está vazando, não chega a temperaturas baixas o suficiente para ser hostil e forçar uma hibernação.)
Camisas sobre a cabeça. (embora tenha funcionado inicialmente, adaptaram-se rapidamente, atualmente só serve para remover a sensibilidade do pouso do pernilongo, e apenas sentir sua picada, além disto é severamente quente e bastante desconfortável.)
Incenso. (mito.)

Agora encomendei óleo de citronela, posteriormente poderei adquirir a planta em si, também penso em adquirir um mosquiteiro embora seja difícil de encontrar algum.
Embora não tenha tentado algum predador natural como sapo, lagartixa ou qualquer similar, acredito que sejam eficientes caso tenham acesso direto onde é feito o deposito dos ovos, mas caso eu tivesse acesso a tais informações, já teria ateado fogo à tempos, portanto acredito que seriam soluções inúteis.

Atualmente só consegui avistar um espécime vivo, um pouco menor que o tamanho padrão e cor acinzentada, sempre voando em alta velocidade, ao invés daqueles pernilongos que parecem "despreocupados", entes não duram 2 segundos próximos a mim...
Embora eu realmente tente encontra-lo, só consegui avista-lo umas cinco vezes, que sempre sumiram em menos de um segundo, mais algumas poucas ao reflexo da sombra na parede. Embora apenas tenha avistado um espécime, é possível que haja mais, porque a velocidade em que "sinto" os toques seja nas minhas pernas, joelhos, panturrilhas, tornozelos, antebraços, nuca, cabeça, são relativamente rápidos demais para que haja apenas um, outro fator é que consigo escutar pelo menos dois zunidos, um forte e frequente e outro mais distante e calmo... 

Só repetindo, que este inseto atual é bastante diferente do que podemos classificar como "comum,"  pois eles não eles não passam pelo meu campo de visão, não voa despreocupado, mira precisamente em minha cabeça 80% das vezes, não esconde-se em lugares óbvios, aliais a capacidade adaptativa é absurdamente rápida.

Hoje é o segundo dia consecutivo que não consigo dormir por conta dele, não tenho palavras para descrever o tamanho de minha frustração, apenas quero um pouco de paz. Não posso estudar direito, ler um bom livro, jogar meus jogos, dormir ou qualquer coisa, pois sempre terá um maldito pernilongo infernal atrás de mim. Sou muito caseiro, não preciso dizer como é relaxante ler algo tendo de estar atento ao som do ambiente, ou como é jogar na dificuldade máxima com um inseto querendo picar minha cabeça aleatoriamente, nem dormir se quer posso...

Minha maior preocupação está relacionado a reação química da saliva do pernilongo, os reagentes químicos de defesa, e noites mal dormidas a longo prazo a minha capacidade cognitiva, é frustrante...

Alguém poderia de alguma forma me ajudar neste meu martírio? Grato.

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Não cheguei a testar repelentes eletrônicos, li relatos que não funcionam, você chegou a testar?

É estranho...
Esses insetos são relativamente fáceis de matar, não deveriam "saber" onde fica meu campo de visão...
Isso não faz sentido...

A não ser que não sejam pernilongos, e sim algum inseto em escala microscópica.
Ontem estava insuportável, peguei a raquete elétrica e golpeei na direção onde estava sentido-os tocarem minhas pernas, houveram os estalos, mas simplesmente não havia nada para ser encontrado...

Minha vizinha possui um galinheiro, que por sua vez está a uns 5 metros de distância da suíte de meu quarto, talvez seja piolho aviário?
Descartei essa hipótese pois outra vizinha que já morou na mesma casa, criará galinhas e nunca tive problemas, porém esta morreu de idade avançada, talvez a nova proprietária não faça uma higiene adequada? 

Se eu pelo menos soubesse o que é. Difícil de agir contra algo que não pode-se ver...