Constante de Equilíbrio

Olá,
Alguém poderia me explicar o porquê que a constante de equilíbrio (Kc) do Equilíbrio Químico é adimensional?

QUEM disso isso ? :evil: ?

rihan escreveu:QUEM disso isso ? :evil: ?

Estava em um livro de ensino superior. Não entendi muito bem.

"Alguns livros dão unidades a Kc e Kp. Nós não o faremos, porque se a expressão da lei da ação das massas Q e, portanto, a constante de equilíbrio, K, vêm expressas em atmosferas ou concentrações molares, elas efetivamente não têm dimensões." Esse é um trecho do livro Química Geral de John B. Russel.

Também já li isso em vários lugares, mas parece não fazer sentido.

Pegue uma reação genérica:

C_(g) + D_(g) ---> E_(g)

Kc = [E]/([C].[D])   (L.mol^-1)

  ! :evil:

Podem jogar fora os "livros" ou pedir o dinheiro de volta aos "autores" ! :twisted: !

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Esse assunto deveria ser retirado ou bem simplificado no ensino médio.

As teorias da Cinética Química são bem complexas no mundo real.

É necessário, para se ir fundo, conhecimentos de Cálculo Avançado, Estatística, Física Clássica,  Mecânica Quântica, Análise Tensorial, Métodos Numéricos e Computacionais, Termodinâmica Avançada, Combinatória, ufa !

Chega !

Mas usem os seus próprios separadores de orelhas e reflitam:

Bem idealmente, pensem na reação gasosa:

A  B + C

A substância A se decompõe em B e C , a uma certa pressão  P (ou volume V) e temperatura T.

Vamos intuir que as reações dependem dos choques entre as moléculas dos gases.

Pensem num recipiente com um montão de moléculas de A, B e C.

Quanto mais choques acontecerem, mais A se decompõe.

Mas, óbvio, B e C se recompõe em A de novo...

Como isso é meio confuso para a mente humana, vamos dividir a reação em duas partes:

1) A → B + C

2) B + C → A

A velocidade (rapidez) da reação (1) é a taxa de variação da concentração de A — [A] — em mols por dm³ por unidade de tempo (s, min, h...).

Obviamente, ela deve ser proporcional à CONCENTRAÇÃO de A ( [A] ) :

v₁ ∝ [A]

v₁ = k₁ . [A]

O mesmo vale para a reação (2), só que, temos duas substâncias agora.

Se a velocidade for proporcional à  [B] e à [C], ela é proporcional ao produto

v₂ ∝ [B]

v₂ ∝ [C]

v₂ = k₂ . [B] . [C]

Atingir o equilíbrio químico nada mais é o momento quando as rapidezes se igualam:

Equilíbrio --> v₁ = v₂

Então podemos escrever:

k₁ . [A] = k₂ . [B] . [C]

k₁ / k₂ =  [B] . [C] / [A]

Chamando:

k₁ / k₂ = K_c

O índice C se refere à CONCENTRAÇÃO:

K_c = [B] . [C] / [A]

Agora, vocês vão me responder se essa reação tem uma K_c com dimensão ou sem.

Lembrem-se:

[X] : Concentração de X em mol / dm³

v : rapidez em mol / (dm³.s)

Depois pensem sobre a reação:

3 O2 2 O3

Discordo. Procurei pesquisar mais profundamente sobre o assunto e descobri que a constante de equilíbrio na verdade não usa a concentração molar e sim a concentração relativa, que é basicamente a razão da concentração molar e concentração padrão definida por convenção (1 mol/L).

O Kc é calculado a partir do conceito de atividade, relacionando também o coeficiente de atividade (y).

Cada um usa o seu separador de orelhas como quiser.

Que se há de fazer...

Leo_Pacheco, creio que essa sua "descoberta" tenha sido através da Wikipédia...

Também já havia lido esse texto lá.

Nunca tome as informações de lá como verdade absoluta, pois veja o que esse site nos proporciona: