Equilíbrio Químico

Relembrando a primeira mensagem :

A produção do trióxido de enxofre a partir do SO2(g) pode ser representada pela equação química

2SO2(g) + O2(g) <--> 2SO3(g)

a) A adição de gás inerte aumenta a pressão total no sistema e a concentração do SO3(g)

O gabarito está dando dando como certa a letra a, porém, a meu entender, a adição de gás inerte não provoca modificações no sistema, em termos de equilíbrio químico.

Eu, de certa forma, pensei bem e agora discordo do trecho acima, pois houve uma enorme confusão entre os termos pressão parcial e pressão total. Percebeu?

A questão diz isso?

Quando o gás é inserido, o equilíbrio já está acontecendo. Se ele é inerte, o equilíbrio continua igual, a menos que as condições mudem.

Tudo dependerá do êmbolo e das pressões parciais? Ou seja, se o êmbolo for móvel, havendo possibilidade de modificação da pressão total, e se as pressões parciais entre reagentes e produtos forem distintas, poderá haverá um deslocamento através da adição de gás inerte?

As questões, em sua grande parte, simplesmente não especificam essas condições.

Aproveito para corrigir mais uma vez, neste comentário, o que a Vanessa afirmou em relação ao êmbolo. Não sei se interpretei corretamente, mas acredito que a Vanessa, ao analisar o trecho do site Colégio Web, pensou nas pressões parciais, enquanto o Colégio Web fazia referência à pressão total.

Se o embôlo for móvel, o gás inerte contribuirá com seus choques sobre o embôlo, movimentando-o e alterando o volume do recipiente.

É... realmente, pela minha interpretação, tudo dependerá do êmbolo e das pressões parciais. A depender desses dois aspectos, poderá haver deslocamento de equilíbrio a partir da adição de gás inerte.

Tenho repetido isso pois tal análise é essencial para que todos compreendam a situação. Não podemos simplesmente generalizar os conceitos, como já havíamos discutido em um outro tópico.

Pense assim:
Se o gás inerte é inserido e o volume é alterado, as condições são alteradas. O gás inerte empurrará o embôlo, aumentando o volume do reccipiente. Se aumenta o volume, diminui a pressão sobre o gás, ocorre deslocamento(para descobrir para onde se desloca, faça a análise normal por Le Chatellier).

Léo,

Relendo os comentários inicias deste tópico, você verá que estavam interpretando "adição de gás inerte em sistema com êmbolo móvel" como "aumento da pressão total" e não como "redução da pressão total".

Percebeu isso?

"Se adicionarmos um gás inerte, ou seja, um gás que não reage a um sistema em equilíbrio, ocorre um aumento da pressão total do sistema. No entanto, como não há variação da concentração nem das pressões parciais de cada gás componente do equilíbrio, a adição de gás inerte não afeta o equilíbrio." (USBERCO E SALVADOR, 2006)

Quando o êmbolo se eleva, ocorre uma redução da pressão total, o que, segundo o trecho acima, não viria a causar uma alteração no equilíbrio. O único modo de se deslocar o equilíbrio através das pressões é alterar as pressões parciais, concorda?

A pressão total não importa muito. Pense nos gases que fazem parte do equílibrio.

Imagine dois gases, H2 e O2, confinados em uma bexiga +/- murcha. Eles têm uma certa pressão, certo? Agora encha a bexiga com um gás que não reaja com os dois: sei lá eu, talvez Neônio?. Esse gás vai empurrar as paredes da bexiga. Concorda que a pressão de cada gás vai mudar? Então as condições mudam(esse é o ponto)

pV = nRT

Temperatura constante: aumento do volume, diminui a pressão.

"Se adicionarmos um gás inerte, ou seja, um gás que não reage a um sistema em equilíbrio, ocorre um aumento da pressão total do sistema. No entanto, como não há variação da concentração nem das pressões parciais de cada gás componente do equilíbrio, a adição de gás inerte não afeta o equilíbrio." (USBERCO E SALVADOR, 2006)


Está certo. Ele não levou em consideração a variação do volume. A pressão total aumenta porque o gás inerte também pressiona o recipiente