Desafios para o combate à violência doméstica

por nahgsx Qua 06 Out 2021, 10:44

oi, gente. bom dia : )
me ajudem na correção dessa redação, por favor? obgd

Desafios para o combate à violência doméstica.

No livro "É assim que acaba", Colleen Hoover apresenta a história da personagem Lily, uma jovem que se vê diante de um relacionamento abusivo, no qual sofre com a violência e o abuso psicológico. Fora da literatura, percebe-se que a história narrada pela autora é um retrato da sociedade atual, cada vez mais maculada pela violência doméstica. Sendo assim, é necessário compreender as bases que sustentam o continuísmo dessa prática detestável: a ineficácia do Estado e a reprodução de comportamentos violentos.

É indubitável que a negligência do Estado na ação de reprimir culpados por crimes de violência doméstica dificulta o combate a essa infração, o que reforça a tese do filósofo Jeremy Bentham, a qual afirma que, quando um crime não é correspondido de forma assertiva, verifica-se a banalização do delito. Nesse sentido, devido à lentidão e ineficácia do Estado no processo de julgamento de crimes no âmbito doméstico familiar, é comum que muitos agressores fiquem impunes durante esse processo - ou até mesmo depois dele - e, assim, tais indivíduos banalizam os delitos cometidos, além de frequentemente cometê-los novamente. Desse modo, observa-se que o Estado contribui para a perpetuação de um grave problema social e falha, em última análise, no seu dever de garantir o bem-estar social.

Ademais, convém analisar o fato de que grande parte daqueles que praticam atos de violência doméstica apenas reproduzem comportamentos de terceiros, o que evidencia, segundo Rousseau, que o indivíduo é fruto do meio em que vive. Nessa perspectiva, não é raro que jovens cresçam vivenciando casos de violência doméstica em seu círculo social, o que pode fazer com que eles desenvolvam hábitos igualmente violentos, dada a influência negativa do meio em que vivem. Desse modo, percebe-se que o meio social age garantindo que a violência doméstica esteja cada vez mais enraizada na sociedade e influencia a formação de indivíduos que podem, potencialmente, tornarem-se precursores desse crime.

Portanto, cabe ao Governo Federal - enquanto garantidor dos interesses públicos - tornar mais ágil a tramitação processual dos casos que envolvem violência doméstica. Isso deverá ser alcançado por meio da concessão de maior prioridade no julgamento desses casos, além da contratação de mais funcionários da justiça. Além disso, é necessário que o mesmo órgão promova, nas escolas, rodas de conversa com psicólogos que instruirão as crianças e adolescentes a respeito desse crime.

por gusborgs Qua 06 Out 2021, 12:20

Olá, minhas opiniões quanto ao texto:
1) Faltou alguma expressão/ palavra introdutória no primeiro parágrafo (primeiramente, destaca-se ...)
2) O primeiro período dos desenvolvimentos está muito longo. Na minha opinião é mais adequado você fazer uma "mini-introdução" ao parágrafo e depois colocar a alusão.
"Nesse parágrafo vou falar disso. Alusão falou isso. Minha opinião. Conclusão do parágrafo" --> Essa é a estrutura que eu uso.
As vezes, no D1, não coloco a conclusão do parágrafo, para deixar a sensação de continuidade. No D2 é importante.
3) Repetiu "o Estado" 3 vezes no D1
4) Na conclusão faltou o objetivo da proposta de intervenção ("para que")
É interessante dar uma olhada nos 5 pontos que toda proposta deve ter e deixá-los bem explícitos! Por mais que as vezes o objetivo seja algo bem óbvio, tem que deixar explícito, pois cada um vale 40 pontos.
"Para que uma sociedade ... "
Tem o agente (estado)
a ação (tornar mais agil)
como fazer (concessão)
e tem o detalhamento.
5) Também é válido você adicionar uma mini-introdução ao parágrafo de conclusão:
"Portanto, diante o exposto, evidencia-se a urgente necessidade ..."

Bom, dei uma breve analisada e foi isso que percebi.
Abraços e bons estudos.

por _Arthur_ Qua 06 Out 2021, 14:39

No livro "É assim que acaba", Colleen Hoover apresenta a história da personagem Lily, uma jovem que se vê diante de um relacionamento abusivo, no qual sofre com a violência e com [paralelismo] o abuso psicológico [abuso psicológico também é violência. Seria necessário, então, para distinguir ambas violências, deixar claro que a primeira é violência física]. Fora da literatura, percebe-se que a história narrada pela autora é um retrato da sociedade atual, cada vez mais maculada pela violência doméstica. [período curto] Sendo assim, é necessário compreender as bases que sustentam o continuísmo dessa prática detestável: a ineficácia do Estado e a reprodução de comportamentos violentos. [esse período não está tão curto, mas como o anterior está, acho melhor uni-lo ao anterior para ficar um período inquestionavelmente complexo] Por exemplo: Fora da literatura, percebe-se que a história narrada pela autora é um retrato da sociedade atual, cada vez mais maculada pela violência doméstica, cujas bases são a ineficácia do Estado e a reprodução de comportamentos violentos.

É indubitável que a negligência do Estado na ação de reprimir culpados por crimes de violência doméstica dificulta o combate a essa infração, o que reforça a tese do filósofo Jeremy Bentham, a qual afirma que, quando um crime não é correspondido de forma assertiva, verifica-se a banalização ~~do delito~~ dele [aqui, foi usada outra palavra (delito) desnecessariamente, o que demonstra inabilidade em retomar a palavra "crime" de forma sutil]. Nesse sentido, devido à lentidão e à ineficácia do Estado no processo de julgamento de crimes no do [do jeito que estava, entendia-se que o julgamento ocorria "no" ambiente familiar (dentro da casa dos outros kk)] âmbito doméstico familiar, é comum que muitos agressores fiquem impunes durante esse processo - ou até mesmo depois dele - [a superlotação dos presídios ocorre justamente porque muitos acusados são presos provisoriamente. Daí, como o julgamento demora muito, eles continuam na prisão por muito mais tempo que de fato deveriam continuar. O problema que vc deve citar é a impunidade gerada pela demora no julgamento, de modo que o crime prescreve. Ou seja, é melhor retirar essa parte em que vc critica a impunidade "durante o processo", até porque não deu para entender claramente o que vc quis dizer com isso] e, assim, tais indivíduos banalizam os delitos cometidos, de maneira a ~~além de~~[cometê-los novamente é uma consequência da banalização dos delitos, não algo que ocorre paralelamente a eles] frequentemente cometê-los novamente. Desse modo, observa-se que o Estado contribui para a perpetuação de um grave problema social e falha, em última análise, no seu dever de garantir o bem-estar social.

Ademais, convém analisar o fato de que grande parte daqueles que praticam atos de violência doméstica apenas reproduzem comportamentos de terceiros, o que evidencia, segundo Rousseau, que o indivíduo é fruto do meio em que vive. Nessa perspectiva, não é raro que jovens cresçam vivenciando casos de violência doméstica em seu círculo social, o que pode fazer com que eles desenvolvam hábitos igualmente violentos, dada a influência negativa do ~~meio~~ ambiente [vc já usou "meio" ali em cima] em que se encontram ~~vivem~~[outra repetição]. ~~Desse modo~~ Dessa maneira [vc já usou "Desse modo" no parágrafo acima], percebe-se que o meio social age garantindo que a violência doméstica esteja cada vez mais enraizada na sociedade e influencia a formação de indivíduos que podem, potencialmente, tornarem-se ~~precursores~~ [tem que certeza que quis usar essa palavra? Segundo o dicionário, ela significa "Aquilo que precede; o que anuncia a chegada de"] desse crime.

Portanto, cabe ao Governo Federal [isso é função do Poder Judiciário, não?] - enquanto garantidor dos interesses públicos - tornar mais ágil a tramitação processual dos casos que envolvem violência doméstica. Isso deverá ser alcançado por meio da concessão de maior prioridade no julgamento desses casos, além da contratação de mais funcionários da justiça, com o escopo de [faltou a finalidade] Além disso, é necessário que o mesmo órgão [Governo Federal promovendo palestras em escolas? Isso não é papel das secretarias de educação?] promova, nas escolas, rodas de conversa com psicólogos, [faltou vírgula aqui. Perceba que vc introduzirá uma explicação sobre o que os psicólogos irão fazer, portanto, usa-se vírgula] que instruirão as crianças e os [do jeito que estava, subentendia-se "as crianças e AS adolescentes". "As adolescentes" restringiria o termo ao sexo feminino, o que não era sua intenção)] adolescentes a respeito desse crime.

por _Arthur_ Qua 06 Out 2021, 14:55

gusborgs escreveu:Olá, minhas opiniões quanto ao texto:
1) Faltou alguma expressão/ palavra introdutória no primeiro parágrafo (primeiramente, destaca-se ...)
"Primeiramente" não é um operador argumentativo, ao contrário de "É indubitável".
2) O primeiro período dos desenvolvimentos está muito longo. Na minha opinião é mais adequado você fazer uma "mini-introdução" ao parágrafo e depois colocar a alusão.
[O período tem que ser longo para ficar sintaticamente complexo. Sem isso, tira-se no máximo 980 no ENEM. Para tirar 1000, tem que escrever períodos longos mesmo. Se você vir algum professor falando para escrever período curto, fuja dele, pois ele não sabe do que está falando.]
"Nesse parágrafo vou falar disso. Alusão falou isso. Minha opinião. Conclusão do parágrafo" --> Essa é a estrutura que eu uso.
As vezes, no D1, não coloco a conclusão do parágrafo, para deixar a sensação de continuidade. No D2 é importante.
[Tem que botar a conclusão do parágrafo tanto no d1 quanto no d2 para ficar argumentativo ao máximo]
3) Repetiu "o Estado" 3 vezes no D1
Bem visto.
4) Na conclusão faltou o objetivo da proposta de intervenção ("para que")
É interessante dar uma olhada nos 5 pontos que toda proposta deve ter e deixá-los bem explícitos! Por mais que as vezes o objetivo seja algo bem óbvio, tem que deixar explícito, pois cada um vale 40 pontos.
"Para que uma sociedade ... "
Tem o agente (estado)
a ação (tornar mais agil)
como fazer (concessão)
e tem o detalhamento.
De fato.
5) Também é válido você adicionar uma mini-introdução ao parágrafo de conclusão:
"Portanto, diante o exposto, evidencia-se a urgente necessidade ..."
Isso não tem utilidade. Só seria mais um período curto que faria o candidato correr risco de perder ponto na competência 1 por falta de complexidade sintática.

por febaemanuel12 Qua 06 Out 2021, 15:25

Engraçado que a gente nunca ver -eu pelo menos nunca vi- professores ressaltando a importância da complexidade de períodos e da necessidade de inversões sintáticas para se tirar 200 na C1. Sempre falam dos desvios gramaticas, mas nada desses outros. Só vim descobrir isso através do comentário do Arthur e pelo manual do corretor.

por _Arthur_ Qua 06 Out 2021, 15:36

febaemanuel12 escreveu:Engraçado que a gente nunca ver -eu pelo menos nunca vi- professores ressaltando a importância da complexidade de períodos e da necessidade de inversões sintáticas para se tirar 200 na C1. Sempre falam dos desvios gramaticas, mas nada desses outros. Só vim descobrir isso através do comentário do Arthur e pelo manual do corretor.

Engraçado para os bem-humorados, para os demais, revoltante, haha! Além de não ensinarem a fazer um texto sintaticamente complexo, ainda ensinam o contrário (sintaticamente simplista). KKKKKKKKKKK

por gusborgs Qua 06 Out 2021, 17:23

_Arthur_ escreveu:
febaemanuel12 escreveu:Engraçado que a gente nunca ver -eu pelo menos nunca vi- professores ressaltando a importância da complexidade de períodos e da necessidade de inversões sintáticas para se tirar 200 na C1. Sempre falam dos desvios gramaticas, mas nada desses outros. Só vim descobrir isso através do comentário do Arthur e pelo manual do corretor.
Engraçado para os bem-humorados, para os demais, revoltante, haha! Além de não ensinarem a fazer um texto sintaticamente complexo, ainda ensinam o contrário (sintaticamente simplista). KKKKKKKKKKK

Consegue dar uma olhada, por favor, na redação que postei há alguns dias?
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Abraço.