Argentina

“Exatos 50 anos após sua morte, Eva Duarte de Perón, ou
simplesmente Evita a primeira-dama Argentina que se tornou
praticamente uma santa para os “descamisados” argentinos de outra
época – perdeu importância ideológica dentro do Partido Justicialista
(peronista) por ser o ícone de uma Argentina que já não existe mais.”
Folha de São Paulo, 26 de julho de 2002, p. A14.
O trecho acima, ao falar de uma “Argentina que já não existe mais”, faz
referência aos anos 40 e 50 do século XX quando o peronismo assumiu
o poder no país.
Assinale a alternativa que estabelece corretamente a contraposição
entre a “Argentina que já não existe mais” e a atual.
A) Durante o governo de Perón, o assistencialismo desenvolvido por
Evita, ao distribuir roupas, alimentos e remédios aos pobres e
trabalhadores, foi um dos mecanismos utilizados para cooptar e
controlar o operariado. Nos últimos anos, com a adoção de uma
política neoliberal, o Estado afastou-se das intervenções nas
relações de trabalho.
B) Para desenvolver sua política de industrialização da Argentina,
Perón rompeu com o nacionalismo até então vigente, atraindo
capitais internacionais que foram investidos na exploração e
minerais, petróleo e serviços públicos. Atualmente, a política
neoliberal adotada optou pela internacionalização do sistema
financeiro, preservando o nacionalismo em setores básicos da
economia.
C) A “Argentina que já não existe mais” faz referência ao período da
história do país em que a democracia, a liberdade sindical e a
igualdade na distribuição de renda foram implantadas,
beneficiando desse modo os trabalhadores em detrimento aos
empresários. A partir dos anos 90, houve a concentração de renda
e o autoritarismo nas relações políticas.
D) Ao se apresentar como protetor dos “descamisados” e dos
trabalhadores, o governo de Perón passou a sofrer a oposição das
classes médias, do empresariado e da Igreja, receosos de que fosse
instalado, no país, o socialismo. Atualmente, os trabalhadores
lutam pela geração de empregos, destruídos pela política
econômica adotada.

letra B

A Argentina é um típico país em desenvolvimento.
Não há estímulo à criação de empresas nacionais,não há qualificação profissional para empregá-las,nem construir tecnologia,nem criar produtos de alto valor agregado. Nem fixação ou criação de capital nacional para tal. Então,o governo argentino privatizou (vender para donos por aí) algumas empresas e alguns setores.
Isso significa que isso deixou de ser argentino e passou a ser da nacionalidade do comprador.