Envelhecimento da população brasileira

Nas últimas décadas o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) brasileiro vem crescendo progressivamente, evidenciando as melhorias na saúde, nos serviços básicos e, principalmente, na expectativa de vida da população. Com este considerável aumento na longevidade dos cidadãos, espera-se que haja uma expansão do número de indivíduos idosos presentes na sociedade, o que gerará sérias consequências para a estrutura socioeconômica nacional.

Este aumento da população de idosos será proporcional à redução da população economicamente ativa, visto que as limitações físicas provenientes da idade avançada acabam prejudicando a execução de serviços produtivos [1], o que afeta a integração desses indivíduos no mercado, levando-os a se aposentarem. Isto reverberará profundamente na conjuntura econômica do país, pois a diminuição quantitativa da parcela produtiva da população causará uma queda acentuada nos rendimentos Estatais que advém da cobrança de impostos sobre serviços. O mercado também será prejudicado, devido à redução da disponibilidade de profissionais. [2]

Além disso, o Estado será sobrecarregado em áreas prioritárias, como os sistemas de previdência social e de saúde pública. A instituição de seguridade social será impactada diretamente pelo aumento exponencial do número de beneficiados, com a consequente redução da quantidade de contribuintes, o que levará à um saldo negativo nas finanças anuais deste importante serviço. O sistema de saúde pública também será afetado, devido a maior necessidade de assistência médica presente em indivíduos idosos, que requerem cuidados constantes.

Percebe-se, portanto, que o progressivo envelhecimento da população causará impactos problemáticos na estrutura socioeconômica da sociedade brasileira, afetando várias áreas de importância governamental [3]. Dessa forma, cabe ao Estado investir em programas profissionalizantes direcionados à população idosa, com cursos práticos que permitam a integração destes indivíduos no mercado de trabalho, levando em consideração limitações físicas individuais. Além disso, é imprescindível que sejam realizadas reformas nos sistemas de previdência social e de saúde pública, objetivando a conservação destes serviços para futuras gerações. [4]