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Apropriação Cultural- Artigo de Opinião

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Mensagem por Liliana Rodrigues Ter 21 Nov 2017, 13:16

Relembrando a primeira mensagem :

Dias atrás me acusaram de racismo por estar usando tranças em todo meu cabelo e, dessa forma, estaria me apropriando da cultura negra, já que sou branca. Hesitei por uns instantes, e tentei encontrar a relação entre minhas tranças e  o racismo de que fui acusada. Não encontrei, por uma razão bem simples: a apropriação cultural é incoerente com um mundo que, desde seus primórdios, fora miscigenado. E se, de certa forma, fosse coerente, o que será que diriam a Alexandre Magno, que fundiu a cultura Grega com a Oriental, originando a conhecida Cultura Helenística?
Em primeira análise, vale ressaltar que a militância negra contra o racismo é totalmente louvável e necessária na atual sociedade perpetuada pelo preconceito. Entretanto, a pauta que discute a apropriação cultural é calcada em uma falsa militância, marcada pela ignorância de defender o exclusivo em um mundo totalmente retalhado e misturado. Dessa forma, como acusar alguém de um crime enquanto faz uso do turbante, originalmente usado pelos persas, agradecendo a Buda em um templo hindu, e tirando selfies com pinturas no rosto, originalmente usadas pelos índios?
Nesse ínterim, essa falsa militância de querer o exclusivo à uma cultura, além de carecer de bases argumentativas- afinal, o que deveria ser feito? Tornar crime o uso de tranças por brancos?- compactua para a regressão do grande mosaico cultural, contribuindo para o fortalecimento de uma segregação da qual tanto se luta para mitigar, ao invés de se misturar às marés raciais e integrar o mundo cada vez mais como uma só alma. Até porque, nenhuma raça é totalmente pura. Vale lembrar da grande miscigenação em ordem mundial, ocorrida desde a Idade Antiga, passando pela Expansão Marítima, colonização e imigração, até formar essas espelhadas civilizações.
Por fim, quero ressaltar que concordo com Zé Potiguar, e realmente "somos da miscigenação; somos uma grande legião; somos o futuro de uma nação", e sendo o futuro da história, que a façamos de mãos dadas, fundindo nossos costumes e hábitos e, dessa forma, caminhando para o tão querido Progresso escrito em nossa Bandeira Nacional.


Alguém, por gentileza??

Liliana Rodrigues
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Apropriação Cultural- Artigo de Opinião - Página 3 Empty Re: Apropriação Cultural- Artigo de Opinião

Mensagem por Diego A Ter 21 Nov 2017, 22:18

Liliana escreveu:Como disse antes, estou treinando pra UFGD, e eles não trazem os critérios a serem avaliados, igual o Enem e a Unesp trazem, então é meio que um tiro no escuro. Antigamente, eles sempre cobravam Artigo de Opinião, aí ano passado eles cobraram uma Crônica Argumentativa. No edital, eles só trazem os possíveis gêneros, que são váaarios, diga-se de passagem. Mas só isso. Dá pra ler as propostas dos anos anteriores, mas eu ainda assim fico meio perdida...

Estamos te deixando louca né kkk

Esquece essa parte do critério, vou ser mais direto. Eu e você estávamos errados nas primeiras mensagens, no artigo não relate seu cotidiano "Dias atrás me acusaram de racismo" ou "Fui criticada por meus dreads". Não!

Siga a linha da minha última ideia:
Diego escreveu:b) no caso da banca ter fornecido uma opinião para compactuarmos ou contrariarmos (peguei o texto da net):

[texto na mensagem original]

Já se foi o tempo do "porrta", "imexível", agora o novo termo para se chamar de feio é "empoderamento". A disputa por manter o significado similar ao americano só faz sentido em pleno mundo globalizado mesmo. Mas já aviso, a palavra empoderamento pode muito bem ser difusa do seu patrôno, "empowerment", dentro de cada cultura ela tem autonomia suficiente para ascender a um novo significado.

Preconceito línguistico - Artigo de opinião


Perceba que elucidei a crítica do texto motivador para continuar meu texto, depois, mesmo usando a primeira pessoa, tentei montar uma tese. Em momento algum se tratou do meu cotidiano.

É claro, nem tudo está perdido, vamos continuar discutindo...

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Apropriação Cultural- Artigo de Opinião - Página 3 Empty Re: Apropriação Cultural- Artigo de Opinião

Mensagem por Thanos Ter 21 Nov 2017, 22:31

Artigo antigo e conhecido, mas: 


Educação reprovada


Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente. Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.

Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram francês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?


De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos de universidades têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o sabe assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetizados é incrivelmente baixa.


Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo alunos analfabetos.

Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre o seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente a criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.


Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidenta, é essencial para nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é uma outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública gasta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limites, nada lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se constroem em parte de erro e acerto, e esforço. Mas, se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobre nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?


Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir a escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora isso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada. 
                                                             Lya Luft

Looongo, mas com algumas adaptações e cortes... Serve de referência.


Última edição por Thanos em Qua 22 Nov 2017, 15:01, editado 5 vez(es) (Motivo da edição : Escrever ... E consertar certas incoerências.)
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Mensagem por Diego A Qua 22 Nov 2017, 12:12

I) ela não trouxe um discurso sobre algo que aconteceu com ela no seu dia-a-dia, ou seja, ela veio discutir algo que acontece em sociedade. Certo, não caracteriza um relato
II) algumas partes do texto aparentam mais ser uma acusação do que argumentos, ou argumentos no senso comum. Isso, promove uma quebra de credibilidade
III) ela trouxe muito para o tom do "eu fiquei sabendo" "algo parecido ocorreu comigo", mesmo esse texto não sendo um relato, pra uma prova de vestibular esse tom é simplório, pessoal demais.

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