Lentes-

Relembrando a primeira mensagem :

Para ver melhor uma bailarina, um espectador sentado
distante do picadeiro utiliza um pequeno binóculo com
uma lente objetiva de 3,6 cm e uma lente ocular de – 1,5
cm de distância focal. A distância entre o binóculo e os
olhos do espectador é desprezível. Sabendo que a imagem
da artista se forma a 24 cm desse espectador, calcule a
distância entre as lentes objetivas e ocular do binóculo.

Spoiler:

Considere a bailarina em pé sobre o eixo das duas lentes

Foc e F'oc são os focos objeto e imagem da ocular
Fob e F'ob são os focos objeto e imagem da objetiva
Iob = imagem da objetiva
Ioc = imagem da ocular

A imagem formada pela objetiva (lente divergente) é virtual, menor e direita em relação ao objeto bailarina: esta imagem Iob da bailarina está, portanto, com a cabeça para cima.

A imagem Iob serve de objeto para a ocular.
A imagem Ioc da ocular será virtual, direita e maior em relação ao objeto Iob. Isto acontece porque Iob está entre Foc e a lente  ocular

Obrigada! Desse jeito que você fez, eu entendi perfeitamente o funcionamento do binóculo, Élcio, mas o enunciado fala que a lente objetiva que é a convergente, e não a divergente, como você fez no seu esquema. Não entendo como nas configurações do enunciado a imagem final da bailarina pode ser direita.

Haizel

O desenho da ocular (vermelha) está correto (lente convergente)
Eu desenhei errado o símbolo da lente divergente (verde). A seta superior correta é para baixo (∨) e a inferior correta é para cima (∧).

Mas Élcio, mesmo assim, a lente ocular não é divergente, como diz o enunciado? Você está considerando a lente ocular como convergente e a lente objetiva como divergente, quando, na verdade, o enunciado diz o contrário. Mas mesmo assim o seu esquema conseguiu formar uma imagem direita e aproximada da bailarina, que é o que deveria fazer mesmo esse sistema óptico.

Você tem razão: eu inverti as lentes no desenho.  Basta então refazer o desenho:

a) A objetiva, convergente, à direita e a ocular à esquerda, como no desenho original
b) O foco objeto da objetiva fica à direita dela e o foco imagem à esquerda da ocular.
c) O foco objeto da ocular fica à esquerda dela, entre ela o foco imagem da objetiva e o foco imagem dela fica entre as duas lentes.

1) Trace o raio incidente da ponta do objeto, paralelo ao eixo principal das lentes.
2) O raio refratado na objetiva passa pelo foco imagem da objetiva, situado à esquerda da ocular
3) Trace raio incidente da ponta do objeto, passando pelo centro da objetiva. O raio refratado não sofre desvio.
4) Os dois raios refratados formarão uma imagem real I1, invertida, à esquerda do foco imagem da objetiva

5) Esta imagem I1 servirá de objeto para a ocular
6) Trace, pela ponta de I1 um raio incidente paralelo ao eixo das lentes.
7) O prolongamento do raio refratado passa pelo foco imagem da ocular
Trace outro raio incidente passando pelo centro da ocular: o prolongamento do raio refratado não sofre desvio.
9) O ponto de encontro dos dois raios refratados forma a imagem final I2: virtual, direita e ampliada, à direita da objetiva

Elcioschin escreveu:Você tem razão: eu inverti as lentes no desenho.  Basta então refazer o desenho:

a) A objetiva, convergente, à direita e a ocular à esquerda, como no desenho original
b) O foco objeto da objetiva fica à direita dela e o foco imagem à esquerda da ocular.
c) O foco objeto da ocular fica à esquerda dela, entre ela o foco imagem da objetiva e o foco imagem dela fica entre as duas lentes.

1) Trace o raio incidente da ponta do objeto, paralelo ao eixo principal das lentes.
2) O raio refratado na objetiva passa pelo foco imagem da objetiva, situado à esquerda da ocular
3) Trace raio incidente da ponta do objeto, passando pelo centro da objetiva. O raio refratado não sofre desvio.
4) Os dois raios refratados formarão uma imagem real I1, invertida, à esquerda do foco imagem da objetiva

5) Esta imagem I1 servirá de objeto para a ocular
6) Trace, pela ponta de I1 um raio incidente paralelo ao eixo das lentes.
7) O prolongamento do raio refratado passa pelo foco imagem da ocular
Trace outro raio incidente passando pelo centro da ocular: o prolongamento do raio refratado não sofre desvio.
9) O ponto de encontro dos dois raios refratados forma a imagem final I2: virtual, direita e ampliada, à direita da objetiva

Fiquei com uma dúvida na parte grifada:

O objeto I1 (imagem real, invertida e menor criada pela objetiva), está à esquerda da ocular. Se um raio sair da ponta de I1 paralelo ao eixo das lentes, e chegar na ocular, seu prolongamento deverá passar pelo foco imagem da ocular, mas o foco imagem da ocular está à sua direita, então esse prolongamento estaria ''convergindo"? E eu teria que desenhar pra onde o raio refratado? Essa parte ficou confusa pra mim.

Na verdade, eu acho que em 6), na sua explicação, eu deveria desenhar o raio incidente em questão pontilhado, já que o objeto formado pela objetiva está do lado do foco objeto da ocular, e, para lentes divergentes, normalmente, o objeto está do lado do foco imagem. Se eu não o desenhasse pontilhado, daria a impressão de que o raio refratado, mencionado por você em 7) está sofrendo reflexão, e não refração, como acontece nas lentes.

Agora consegui entender o mecanismo. Bem complicadinho mesmo. Obrigada, Élcio!

É isto mesmo; note que, no item 7 eu escrevi:

7) O prolongamento do raio refratado passa pelo foco imagem da ocular

Isto significa que o raio diverge na ocular que é divergente: o prolongamento deste raio (pontilhado) passa pelo foco da ocular.

Sim, é uma questão bem complicada.

Perdão, eu que interpretei mal o português. O desenho fez bastante sentido agora. Obrigada.