Preciso de ajuda para estudar para o ITA em casa

Salv! Sou novo aqui no site e estou ainda me arrumando para começar a estudar para a prova do ITA de 2023 (ano atual). Acabei de sair do ensino médio e não tenho ainda a base das provas do ITA, então sei que preciso pegar um pouco da base das matérias para entender os assuntos futuros. Fiz um cronograma de estudos baseado nesse vídeo aqui (já que não posso postar link vai o título do vídeo): 

- Como montar o seu horário de estudos para passar no ITA - Kuadro Oficial

Estou pensando em pegar um curso, mas o mais acessível que achei foi esse do Fábrica D (tá lá no site deles):

- IME-ITA 2023 - FÁBRICA DE ENGENHEIROS MILITARES PLANO ANUAL - AFA, EFOMM, ESCOLA NAVAL E IME-ITA ( ACESSO POR 12 MESES))

Então, eis aqui todas as minhas dúvidas (levem em conta também que hoje é 28.02.2022 e a data prevista da prova é para 16.10.2022): Uma pessoa consegue estudar para o ITA sem cursinho, ou seja, só estudando pelas provas anteriores e pelos assuntos que constam no edital? Esse curso é interessante ou devo procurar realmente um mais caro como o Farias Brito? Preciso adiantar muito os conteúdos já que não tenho base?

Ficarei muito feliz também se vocês poderem compartilhar alguma dica para que possa me preparar melhor...  

Olá, bem-vindo ao fórum!

Vou dar minha opinião pessoal, ok?

Primeiramente, acredito que é sim possível passar no ITA estudando sozinho, porém saiba que é extremamente necessário ser autodidata. Estudar pelas provas antigas é um recurso de grande valia, mas, ao meu ver, não adianta muito pegar as provas pra fazer sem ter base nos conteúdos. A ideia do cursinho é legal, mas é importante entender que muitos cursinhos consideram que os alunos já possuem uma certa base nos conteúdos.

No início do meu terceiro ano, coloquei na cabeça que prestaria ITA. Meus focos seriam FUVEST e ITA. Cheguei a assinar o curso do Farias Brito Online. Passei a acompanhar algumas aulas e é notável que esperam uma certa base de você. Para ser mais concreto, nunca havia estudado complexos e, sendo bem sincero, as aulas de complexos do curso não me ajudaram em nada quando as vi pela primeira vez. Tive de pegar o FME (Fundamentos de Matemática Elementar) e devorar a parte de complexos. Depois, ficou mais fácil de acompanhar, mas, ainda assim, são abordagens bem diferentes do que se é apresentado nos livros, então a necessidade de estudar é constante. 

A parte de física me decepcionou um pouco. Me incomodou profundamente que a grande maioria das coisas apresentadas utilizavam cálculo. Definir conceitos em elétrica utilizando integrais de linha definitivamente não me motivou nem um pouco a continuar vendo as aulas. Tive a impressão de que, muitas vezes, apresentavam conceitos e ideais difíceis que raramente cairiam no ITA.  

Outra coisa que acho importante de ressaltar é que a parte de química, pelo menos pra mim, pareceu um novo mundo. A forma com que são abordados os assuntos em físico-química (principalmente termoquímica e eletroquímica) é bem diferente do que eu estava habituado no ensino médio.

Fora isso, o curso me ajudou bastante. Acaba que, como não queria fazer cursinho depois do ensino médio, em torno de 3 meses, percebi que realmente não teria como conciliar FUVEST e ITA e teria que me decidir. Pela experiência anterior, decidi pela FUVEST, mas os 3 meses estudando focado para ITA me ajudaram muito a ter uma visão mais ampla dos assuntos que estudei. 

O que dá pra aprender disso? Primeiro: o cursinho te ajuda, mas é preciso saber filtrar. Segundo: não tente pular etapas ou acelerar o processo, é fundamental construir uma base sólida, e construir uma boa base demora um pouco. Em relação ao tempo, realmente não tenho ideia se é suficiente ou não. Tudo depende de como é o seu "não ter base". 

Com relação ao curso da Fábrica D, pra ser franco, nunca tinha ouvido falar. Cheguei a dar uma olhadinha e parece bem interessante, mas acho que ainda é necessário colher avaliações melhores antes de tomar uma decisão quanto a isso.

Voltando na questão das provas antigas, percebi, enquanto estudava, que as provas de 1995 até 2005 possuem exercícios mais tranquilos para quem ainda está formando a base. Lembrando que o estilo das questões mudou bastante de lá pra cá. Há muitas questões que fazem abordagens dificilmente cobradas depois de 2010. De qualquer forma, ajuda a formar uma experiência de questões e consolidar a base.

Uma última coisa que queria te dizer e que é muito muito muito importante: não existe rotina "genérica". A sua rotina tem que se adequar ao seu jeito de estudar. E isso varia muito de pessoa pra pessoa. O vídeo que você mandou é interessante, porque dá um panorama geral de como estruturar isso tudo, mas eu realmente acredito que, talvez, ele não se encaixe perfeitamente com você e, por isso, é fundamental que você se autoavalie e faça mudanças no cronograma se sentir necessidade. 


Acredito que é isso que consigo acrescentar no momento. Lembrando que tudo o que disse é opinião minha, se alguém quiser questionar, ou tiver uma opinião contrária, seria muito bom que pudéssemos variar os pontos de vista aqui. A rotina de estudos pro ITA é pesada, mas é extremamente satisfatória e rica em conhecimento. Definitivamente, se tivesse a oportunidade, teria estudo com foco militar desde o início do ensino médio.

gabriel_balbao escreveu:Olá, bem-vindo ao fórum!

Vou dar minha opinião pessoal, ok?

Primeiramente, acredito que é sim possível passar no ITA estudando sozinho, porém saiba que é extremamente necessário ser autodidata. Estudar pelas provas antigas é um recurso de grande valia, mas, ao meu ver, não adianta muito pegar as provas pra fazer sem ter base nos conteúdos. A ideia do cursinho é legal, mas é importante entender que muitos cursinhos consideram que os alunos já possuem uma certa base nos conteúdos.

No início do meu terceiro ano, coloquei na cabeça que prestaria ITA. Meus focos seriam FUVEST e ITA. Cheguei a assinar o curso do Farias Brito Online. Passei a acompanhar algumas aulas e é notável que esperam uma certa base de você. Para ser mais concreto, nunca havia estudado complexos e, sendo bem sincero, as aulas de complexos do curso não me ajudaram em nada quando as vi pela primeira vez. Tive de pegar o FME (Fundamentos de Matemática Elementar) e devorar a parte de complexos. Depois, ficou mais fácil de acompanhar, mas, ainda assim, são abordagens bem diferentes do que se é apresentado nos livros, então a necessidade de estudar é constante. 

A parte de física me decepcionou um pouco. Me incomodou profundamente que a grande maioria das coisas apresentadas utilizavam cálculo. Definir conceitos em elétrica utilizando integrais de linha definitivamente não me motivou nem um pouco a continuar vendo as aulas. Tive a impressão de que, muitas vezes, apresentavam conceitos e ideais difíceis que raramente cairiam no ITA.  

Outra coisa que acho importante de ressaltar é que a parte de química, pelo menos pra mim, pareceu um novo mundo. A forma com que são abordados os assuntos em físico-química (principalmente termoquímica e eletroquímica) é bem diferente do que eu estava habituado no ensino médio.

Fora isso, o curso me ajudou bastante. Acaba que, como não queria fazer cursinho depois do ensino médio, em torno de 3 meses, percebi que realmente não teria como conciliar FUVEST e ITA e teria que me decidir. Pela experiência anterior, decidi pela FUVEST, mas os 3 meses estudando focado para ITA me ajudaram muito a ter uma visão mais ampla dos assuntos que estudei. 

O que dá pra aprender disso? Primeiro: o cursinho te ajuda, mas é preciso saber filtrar. Segundo: não tente pular etapas ou acelerar o processo, é fundamental construir uma base sólida, e construir uma boa base demora um pouco. Em relação ao tempo, realmente não tenho ideia se é suficiente ou não. Tudo depende de como é o seu "não ter base". 

Com relação ao curso da Fábrica D, pra ser franco, nunca tinha ouvido falar. Cheguei a dar uma olhadinha e parece bem interessante, mas acho que ainda é necessário colher avaliações melhores antes de tomar uma decisão quanto a isso.

Voltando na questão das provas antigas, percebi, enquanto estudava, que as provas de 1995 até 2005 possuem exercícios mais tranquilos para quem ainda está formando a base. Lembrando que o estilo das questões mudou bastante de lá pra cá. Há muitas questões que fazem abordagens dificilmente cobradas depois de 2010. De qualquer forma, ajuda a formar uma experiência de questões e consolidar a base.

Uma última coisa que queria te dizer e que é muito muito muito importante: não existe rotina "genérica". A sua rotina tem que se adequar ao seu jeito de estudar. E isso varia muito de pessoa pra pessoa. O vídeo que você mandou é interessante, porque dá um panorama geral de como estruturar isso tudo, mas eu realmente acredito que, talvez, ele não se encaixe perfeitamente com você e, por isso, é fundamental que você se autoavalie e faça mudanças no cronograma se sentir necessidade. 


Acredito que é isso que consigo acrescentar no momento. Lembrando que tudo o que disse é opinião minha, se alguém quiser questionar, ou tiver uma opinião contrária, seria muito bom que pudéssemos variar os pontos de vista aqui. A rotina de estudos pro ITA é pesada, mas é extremamente satisfatória e rica em conhecimento. Definitivamente, se tivesse a oportunidade, teria estudo com foco militar desde o início do ensino médio.

Entendi, muito obrigado! Vou então começar a estudar a base logo e testar esse cronograma e, caso necessário, vou mudar para que fique mais coerente com minha rotina. E quanto ao curso, vou dar um tempo para pensar e , enquanto isso, vou estudar por livros que tenho do ensino médio aqui em casa (justamente para pegar a base). Abraços, estamos juntos

Não se obrigue a passar no vestibular do ITA como se fosse a última prova da sua vida. Esse tipo de pressão não ajuda.

O ITA faz uma prova que eles já sabem que ninguém vai acertar tudo ou ter tempo de resolver tudo. É proposital.