Dúvida a respeito da crase

Para saber, tanto a crase, quanto as questões sobre objeto direito e indireto, convém fazer a pergunta ao verbo 'o que' ou 'quem'. Porém as perguntas são variadas nos vídeos, tipo: alguma coisa, alguém, etc... Sem vergonha de dizer isso, muitas vezes a resposta para a pergunta trás confusão, por exemplo:

Ameaça alguma coisa ou Ameaça a alguma coisa. Peguei um verbo aleatório, mas o fato é que alguns verbos de fato eu nem sei que pergunta fazer.

Minha dúvida, então, é: que pergunta seria mais adequada para achar a bendita preposição OBRIGATÓRIA do verbo? Busco uma ferramenta semântica ou sintática, sem ter que estudar 'preposições'. O que me impede de dizer: "Cheguei em casa"? Faço a pergunta: quem chega, chega A alguma lugar? Qual a diferença de A e EM? To meio perdido nesse lance do EM, NA, PARA ou PARA A, PRA, DE, DO, Tipo: Você diz algo A alguem, mas você diz algo PARA alguém, tem tbm: você diz algo engraçado e por aí vai...

Eu pego uma dica ali, ou aqui, mas não sei exatamente qual o tópico exato para achar essas benditas preposições. "Pisei no chão" ou "Pisei o chão"? Etc...

No geral estas teorias não são tão cobradas, porém, saber onde estão essas preposições ajuda numa inifidade de assuntos como voz passiva e ativa, objeto direito e indireto, complementos e toda sorte de coisas que mudam em acordo com a bendita preposição. Os vídeos que vejo dão foco em certas classes gramaticais, mas assume um conhecimento semântico, sintático e gramatical da preposição .

Acho que você tem que decorar essas preposições mesmo. Tipo o verbo "implicar", que, no sentido de "acarretar", não rege preposição, exemplo: "...implica algo..." (correto), e não "...implica em algo...". Essa lógica, por exemplo, é totalmente arbitrária e, pra acertar isso, é preciso ter decorado, ou lido antes. Lembrando que um mesmo verbo pode reger duas ou mais preposições diferentes, de acordo com o sentido que se quer dar à frase.

Ah tá, agora entendo porque não costumam dar muito foco na preposição em si mesma dentro do ponto de vista sintático.
O jeito é ler com muita atenção e deduzir o que deveria ser. As perguntas são bem úteis, mas algumas vezes rola confusão.

Onde a crase está correta?

RESPOSTA A preposição é regida pelo substantivo (ameaça) e o artigo pelo substantivo feminino (integridade). Alternativa A.

Sabe o que isso mostra? Estudar a teoria é muito improdutivo. Não que a teoria não seja legal, mas porque nenhum professor vai conseguir te dar todos os macetes, os exemplos, falar de todas as pegadinhas, etc.. E na prova o examinador fará TUDO, menos a de entregar pra você um exemplo tão simples quanto a que você viu nos vídeos! Nesse caso específico o professor nos vídeos deveria comentar sobre preposição regida pelo substantivo, o que já **eu sou um idiota grosseiro e desbocado** todo o processo de ficar buscando a preposição do verbo kkkkk.
Os professores dos vídeos não são honestos, posto que não te avisam que os macetes possuem exceções. Uma vez que um 'bizu' ou macete tem exceções, ele simplesmente não funciona. Pra piorar, as bancas sobram exatamente aquilo que não dá pra usar macete.

Notamos aqui uma disputa entre professores e examinadores, inclusive você vê até professores esbravejando porque os examinadores 'fazem diferente'. O examinador tem uma única função: te ludibriar, fazer seu estudo falhar, lutar contra as regras memorizadas, etc. etc..

Na matemática ou física fizeram o mesmo. É como fazer uma maratona do tipo 'corrida maluca', onde os examinadores iniciam o cronômetro e vão jogando pedras, água, pedaços de madeira, e todo tipo de obstáculos. Meio injusto, mas fazer o que, eles precisam eliminar pessoas e não aprovar pessoas...

Estudar teoria de gramática normativa da língua portuguesa, na minha concepção, é inútil, já que o ENEM não cobra praticamente nada disso, tampouco a maioria dos outros vestibulares. Faz vários anos que eu não estudo isso e, mesmo assim, sei de algumas regras de gramática, como regência e concordância verbais, crase, uso da vírgula, verbos, etc. Isso se aprende fazendo redações e lendo, basicamente, e não decorando obstinadamente. 

Em relação aos examinadores, eu penso que eles não pensam em eliminar pessoas, mas discriminá-las, selecioná-las. O que importa não é fazer questões difíceis ou de notas de rodapé, mas, sim, fazer questões as quais são eficientes em medir o grau de conhecimento do aluno sobre os conteúdos e, com isso, diferenciar os que sabem mais dos que sabem menos. Questões muito difíceis possuem grau de discriminação baixo, ou seja, praticamente todos erram, e isso não seleciona ninguém; as questões muito fáceis seguem a mesma lógica. Os examinadores tentam fazer com que o seu estudo dê certo, e não com que ele falhe, já que o objetivo das questões é selecionar quem estudou.

Esse texto abaixo distancia um pouco do tópico da minha questão, não é uma pergunta nem nada, só  expressando uma 'sensação'.

De certa forma, concordo com você. Estou lendo um livro de português com 1600 páginas e a lógica é muito simples: coloque este livro na cabeceira da cama durante um ano; resolvendo as questões,  respirando a matéria, brincando com familiares sobre maneiras erradas, aprendendo e internalizando, etc.., e você no final do ano estará afiado para qualquer prova.

Você não vai gabaritar a prova, mas o seu estudo fará a diferença porque, a não ser que tu tenha sérias dificuldades mentais (em termos de memória), o conteúdo será sempre um velho amigo.

Esta proximidade com a matéria não serve apenas para acertar questões, mas para eliminar alternativas incorretas. O chute aleatório de 5 alternativas te dá 20% de chances de acertar. Se você sabe eliminar 3 alternativas (o mais comum quando se estuda), você garante 50%. Neste sentido, saber 50% da prova e colocar o resto na probabilidade de 50% de acertar já te dá 75%.
Convenhamos, só 50% da matéria? Fala sério!

Enquanto escrevia este texto, diferente de 4 dias atrás, antes de começar estudar Português, não me importava com nada, hoje já me importo. Ficava  toda hora pensando não apenas no que eu queria expressar, mas em COMO. Sei que erro, mas o importante é a inevitável preocupação.

Receio que a frustração é basicamente pela ansiedade. Eu (e provavelmente a maioria) estudo pra obter uma boa nota, o que coloca o cérebro em estado de ansiedade tentando encontrar soluções rápidas e definitivas. Neste caso o que ocorre é que a própria frustração me faz querer aprender de verdade, e quando você tenta estudar da maneira correta isso se torna prazeroso. Um dos efeitos de uma matéria passar a ser prazerosa é quando você tenta praticá-la sozinho: no Português, quando você tenta escrever; na matemática, quando tenta resolver problemas/desafios; na física, quando esboça experimentos (aqueles de 'feira de ciências'); etc..