FUVEST 2013 - Consumismo

por **Fito42** Ter 02 Dez 2014, 16:33

Saudações a todos! Ficaria grato se vocês puderem opinar e me ajudar a melhorar a minha escrita Smile

Aqui está a proposta:http://www.fuvest.br/vest2013/provas/fuv2013.2fase.dia1.pdf [Eu sei que não pode postar o link mas não estou coseguindo salvar a imagem )

A postura consumista reside na lógica do mercado

Com a derrota da União Soviética na Guerra Fria, o capitalismo se reafirmou no mundo, impondo valores, sobretudo econômicos, na vida social. Ele passou a exercer uma força nos indivíduos que, nas palavras de Focault, moldou comportamentos e atitudes para adaptá-los às essências do amalgamento social vigente. Em outros termos, a lógica do mercado coagiu o comportamento da sociedade.

A imposição de valores é feita por diferentes agentes. A mídia, por exemplo, procura adequar o consumismo à ótica utilitarista de Jeremy Bentham, o qual atribui a utilidade de cada objeto a sua capacidade de produzir felicidade e prazer. Sendo o homem um ser em constante busca pelo prazer, como afirmava Sigmund Freud, ele estará em constante busca pelo consumo caso a mídia consiga idealizar os produtos. Dessa forma, o objetivo dos setores midiáticos é nos enquadrar na lógica do mercado.

Além da mídia, os grandes agentes econômicos (industriais e comerciantes) também impõe valores e costumes. Eles reafirmaram suas hegemonias quando tornaram gerais os seus interesses particulares (Antônio Gramsci). Esse tipo de dominação pode ser feito através do shopping center, por exemplo, onde as pessoas são constantemente coagidas a adquirir produtos por estarem na moda. Surgem ali protocolos e regras, como comprar roupas para cada estação do ano e usando cartão de crédito. Todo esse ambiente regrado é construído por uma minoria que procura padronizar a massa e encaixá-la, novamente, na lógica do mercado.

Portanto, os comportamentos sociais são moldados pela mídia e pelos vendedores de produtos, a fim de manter uma taxa de consumo, que é o combustível do capitalismo. A melhor ferramenta para isso é associar a perfeição e a harmonia aos produtos, torná-los ícones para nos sujeitarmos a eles, assim como analisam os filósofos da Escola Austríaca de filosofia, Adorno e Horkheimer, na obra “Dialética do Esclarecimento”: a banalização da vida e a coisificação do homem fez com que os produtos somassem mais importância que os próprios valores humanos.

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