Opinião sobre redação

Relembrando a primeira mensagem :

Oi. Gostaria que alguém, com muita paciência, desse uma opinião sobre a minha dissertação. O tema é da FUVEST: Um mundo por imagens
Eis a coletânea:

A imaginação simbólica é sempre um fator de equilíbrio. O símbolo é concebido como uma síntese equilibradora, por meio da qual a alma dos indivíduos oferece soluções apaziguadoras aos problemas.
Gilbert Durand.

Ao invés de nos relacionarmos diretamente com a realidade, dependemos cada vez mais de uma vasta gama de informações, que nos alcançam com mais poder, facilidade e rapidez. É como se ficássemos suspensos entre a realidade da vida diária e sua representação.
Tânia Pellegrini. Adaptado.

Na civilização em que se vive hoje, constroem-se imagens, as mais diversas, sobre os mais variados aspectos; constroem-se imagens, por exemplo, sobre pessoas, fatos, livros, instituições e situações.
No cotidiano, é comum substituir-se o real imediato por essas imagens.
Dentre as possibilidades de construção de imagens enumeradas acima, em negrito, escolha apenas uma, como tema de seu texto, e redija uma dissertação em prosa, lançando mão de argumentos e informações que deem consistência a seu ponto de vista.


E o meu texto:


Propaganda enganosa

A constituição e criação de imagens é uma importantes ferramenta com a qual os indivíduos podem moldar a realidade. Ao decorrer da história, ficou claro que grandes líderes como Adolf Hitler, Benito Mussolini e Napoleão Bonaparte foram fruto dessas imagens, que geraram tanto sentimento de simpatia quanto antipatia - dois extremos. Independente de quais julgamentos são feitos por cada um, pode-se dizer que as visões criadas acerca de pessoas são frutos de concepções e pensamentos pessoais, bem como são influenciadas por propaganda e informações ludibriosas.

A propaganda nazista criada à favor de Adolf Hitler foi a responsável pela ascenção desse líder durante o período entreguerras na Alemanha. Mesmo sendo responsável pela morte de milhares de judeus, a imagem do líder salvador despertou simpatia de grande parte da população alemã, independente da chacina por ele causada. Assim ocorreu e ainda ocorre com outros líderes. No Brasil, em escala regional, tem-se a figura de Lampião, que foi visto como herói por alguns - como o expresso pelo fanatismo da personagem Volta Seca em "Capitães da Areia"- ou como um bandido assassino, por outros.

A constituição de imagens sobre pessoas pode ser responsável pela criação de falsas personalidades que, servindo apenas para persuadir, não correspondem, propriamente, à realidade. Assim, fica difícil distinguir o real do representativo, uma vez que "rótulos" são criados - pelo próprio indivíduo que nele acredita ou por influência externa- e mascaram a real face das pessoas com as quais se convive em sociedade.

Logo, a formação de imagens ludibriantes e que ocultam o caráter e personalidade reais das pessoas faz com que a sociedade fique suspensa entre a realidade e sua representação, bem como foi dito por Tânia Pellegrini. Assim, fica difícil distinguir o que é real do que é fruto dessas imagens, tão presentes no cotidiano.Não se sabe o que é falso ou o que é verdadeiro. Os "rótulos" que são dados à muitos indivivíduos mascaram os reais "produtos" que neles estão anunciados.

Tenho sérios problemas com esses temas abstratos que a fuvest geralmente coloca em duas redações e acabo fazendo um texto que eu considero fraco.
Gostaria de sugestões, por favor.

O primeiro parágrafo é como uma manchete de jornal: sintetiza o que virá. Portanto é a última coisa que vai ser escrita. Antes dela, sua redação deve ter-se formado na sua cabeça.

Uma sugestão sobre um tema que me preocupa na geração de vocês, que parecem não ter se libertado de uma velha idéia nacional.
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Nelson Rodrigues: exertos de artigo publicado na revista "Manchete Esportiva" em maio de 1958.

"Por "complexo de vira-latas" entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo."

"Eu vos digo: - o problema do escrete não é mais de futebol, nem de técnica, nem de tática. Absolutamente. É um problema de fé em si mesmo.O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-latas e que tem futebol para dar e vender, lá na Suécia. Uma vez que se convença disso, ponham-no para correr em campo e ele precisará de dez para segurar, como o chinês da anedota. Insisto: - para o escrete, ser ou não ser vira-latas, eis a questão."



Tema: Os brasileiros temos sobre nós mesmos uma opinião que Nelson Rodrigues chamou de "complexo de vira-latas". Como isso se manifesta na nossa visão das nossas reais possibilidades como nação? Somos inferiores de fato, ou nos tornamos inferiores porque achamos que somos? O "brasileiro" será uma terceira pessoa que nunca está presente e que sempre é a culpada? Um alter-ego?

Nunca tinha pensado desse jeito, Euclides. Geralmente perco tempo na introdução, então começo a escrever o texto. Então surgem novas ideias no decorrer da escrita, fazendo com que eu retorne à introdução e perca mais tempo.

Vou escrever amanhã de manhã sobre esse tema, que é bastante interessante e complexo. Tentarei seguir as dicas que você me disse sobre a criação do rascunho e da introdução.

Amanhã crio um novo tópico.

Mais uma vez, obrigada