Interpretação
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Interpretação
Assinale o único item em que a alteração da ordem do texto não ocasionou mudança de sentido :
a)''Cansado e aborrecido , entendi que não podia achar a felicidade em parte nenhuma''/ Cansado e aborrecido, entendi que podia não achar a felicidade em parte nenhuma.
b)''Hoje ,almocei,fumei um charuto e debrucei-me à janela''/'Hoje,fumei um charuto, almocei e debrucei-me à janela.
c)''Estes eram novos, de verniz , muito bem talhados,''/'Estes eram de verniz ,novos, muito bem talhados
d)''...talvez mesmo não levasse um vintém no bolso''/...talvez não levasse um mesmo vintém no bolso
e)''... e um certo ar de tranquilidade olímpica''/... e um ar ceto de tranquilidade olímpica.
Justifique por favor.
Desde já agradeço as amigos
a)''Cansado e aborrecido , entendi que não podia achar a felicidade em parte nenhuma''/ Cansado e aborrecido, entendi que podia não achar a felicidade em parte nenhuma.
b)''Hoje ,almocei,fumei um charuto e debrucei-me à janela''/'Hoje,fumei um charuto, almocei e debrucei-me à janela.
c)''Estes eram novos, de verniz , muito bem talhados,''/'Estes eram de verniz ,novos, muito bem talhados
d)''...talvez mesmo não levasse um vintém no bolso''/...talvez não levasse um mesmo vintém no bolso
e)''... e um certo ar de tranquilidade olímpica''/... e um ar ceto de tranquilidade olímpica.
Justifique por favor.
Desde já agradeço as amigos
Sniper Dog- Padawan
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Idade : 24
Localização : Fortaleza - Ceará
Re: Interpretação
Você tem certeza que o excerto não foi reproduzido na questão? Salvo engano, são trechos muito próximos de "Último capítulo" do Machado, por isso suspeitei que haveria de ter um texto precedendo as alternativas. Sem contexto, acredito que fica um pouco complicado analisá-las. Por uma olhada rápida, suponho, em pelo menos duas, ser possível usar indistintamente ambas as frases em determinadas situações.
Leonardo Sueiro- Fera
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Idade : 31
Localização : Santos
Re: Interpretação
Exatamente leonardo o trecho que é dado anteriormente é esse :
" Cansado e aborrecido, entendi que não podia achar a felicidade em parte nenhuma; fui além: acreditei que ela não existia na terra, e preparei-me desde ontem para o grande mergulho na eternidade. Hoje, almocei, fumei um charuto, e debrucei-me à janela. No fim de dez minutos, vi passar um homem bem trajado, fitando a miúdo os pés. Conhecia-o de vista; era uma vítima de grandes reveses, mas ia risonho, e contemplava os pés, digo mal, os sapatos. Estes eram novos, de verniz muito bem talhados, e provavelmente cosidos a primor. Ele levantava os olhos para as janelas, para as pessoas, mas tornava-os aos sapatos, como por uma lei de atração, anterior e superior à vontade. Ia alegre; via-se-lhe no rosto a expressão da bem-aventurança: Evidentemente era feliz; e, talvez, não tivesse almoçado; talvez mesmo não levasse um vintém no bolso: Mas ia feliz, e contemplava as botas.
A felicidade será um par de botas? Esse homem, tão esbofeteado pela vida, achou finalmente um riso da fortuna. Nada vale nada. Nenhuma preocupação deste século, nenhum problema social ou moral, nem as alegrias da geração que começa, nem as tristezas da que termina, miséria ou guerra de classes, crises da arte e da política, nada vale, para ele, um par de botas. Ele fita-as, ele respira-as, ele reluz com elas, ele calca com elas o chão de um globo que lhe pertence. Daí o orgulho das atitudes, a rigidez dos passos, e um certo ar de tranquilidade olímpica... Sim, a felicidade é um par de botas "
" Cansado e aborrecido, entendi que não podia achar a felicidade em parte nenhuma; fui além: acreditei que ela não existia na terra, e preparei-me desde ontem para o grande mergulho na eternidade. Hoje, almocei, fumei um charuto, e debrucei-me à janela. No fim de dez minutos, vi passar um homem bem trajado, fitando a miúdo os pés. Conhecia-o de vista; era uma vítima de grandes reveses, mas ia risonho, e contemplava os pés, digo mal, os sapatos. Estes eram novos, de verniz muito bem talhados, e provavelmente cosidos a primor. Ele levantava os olhos para as janelas, para as pessoas, mas tornava-os aos sapatos, como por uma lei de atração, anterior e superior à vontade. Ia alegre; via-se-lhe no rosto a expressão da bem-aventurança: Evidentemente era feliz; e, talvez, não tivesse almoçado; talvez mesmo não levasse um vintém no bolso: Mas ia feliz, e contemplava as botas.
A felicidade será um par de botas? Esse homem, tão esbofeteado pela vida, achou finalmente um riso da fortuna. Nada vale nada. Nenhuma preocupação deste século, nenhum problema social ou moral, nem as alegrias da geração que começa, nem as tristezas da que termina, miséria ou guerra de classes, crises da arte e da política, nada vale, para ele, um par de botas. Ele fita-as, ele respira-as, ele reluz com elas, ele calca com elas o chão de um globo que lhe pertence. Daí o orgulho das atitudes, a rigidez dos passos, e um certo ar de tranquilidade olímpica... Sim, a felicidade é um par de botas "
Sniper Dog- Padawan
- Mensagens : 73
Data de inscrição : 20/11/2012
Idade : 24
Localização : Fortaleza - Ceará
Re: Interpretação
Oi Guerreiro, acredito que a resposta seja a letra C. A ordem dos núcleos do predicativo não importa. A menos que não haja vírgulas na alternativa C e você tenha as colocado sem querer ...
Leonardo Sueiro- Fera
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Localização : Santos
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