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Automedicação em debate no século XXI

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Mensagem por fernandesrc Dom 15 Out 2017, 13:14

O ENEM está chegando e eu estou precisando de um feedback em relação à essa redação. Escolhi esse tema pois foi o que eu achei mais difícil e demorado de desenvolver. Então, se alguém puder dar uma olhada pra mim. Fiz no PC, no caderno passou um pouco do número de linhas, mas eu já resolvi esse problema reduzindo alguns períodos sem fazê-los perder o sentido. Só não quis digitar de novo mesmo... rs Obrigado desde já.



   Dados da fundação Oswaldo Cruz revelam que, em 2017, o número de intoxicações por medicamentos aumentou quase 30% no país. Nesse contexto, evidente que a automedicação configura-se como um problema de saúde pública e merece ser debatido. Seja devido a um sistema público conhecidamente precário, seja por causa da ampla oferta de medicamentos,  o uso irresponsável de medicamentos pode causar efeitos perversos no organismo, caminhando no sentido oposto da função primordial da farmacologia que, por meio da realização de estudos mais profundos visa desenvolver drogas que deveriam melhorar a saúde humana. 


    Primordialmente, a automedicação é um reflexo da precariedade do sistema público de saúde. Só para ilustrar, no Brasil, segundo a OMS, existem cerca de 17 médicos para cada 10 000 habitantes. Logo, é evidente que diante desse quadro caótico, no qual o paciente encontra barreiras em relação à universalização do acesso á saúde devido a dificuldades como demora em marcação de consultas, falta de médicos, ou encarecimento dos planos de saúde, é natural que muitas pessoas acabem encontrando na automedicação a única alternativa possível de cura ou melhora, ignorando que, por exemplo, tomar um analgésico para uma simples dor de cabeça pode mascarar sintomas de patologias mais sérias como um tumor cerebral.

      Ademais, tal problemática está intrinsecamente relacionada à grande oferta de medicamentos. Em muitos locais, é comum que, suplementos alimentares, antibióticos, analgésicos ou antiácidos, por exemplo, sejam facilmente obtidos em drogarias sem a necessidade de uma prescrição médica. Muitas vezes, os medicamentos são vendidos até mesmo em supermercados e sem a bula, sendo encontrados ao lado de guloseimas como doces e, paradoxalmente, próximos a cigarros e bebidas alcoólicas. A única ressalva encontrada é uma breve frase como: “ao persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado”, caracterizando uma inversão de valores, na qual o médico é uma figura secundária, sendo procurado em último caso.

    Por outro lado, o uso irracional de fármacos é uma construção social que se converteu em  prática cultural. Ao longo dos anos, o aumento da demanda por qualidade de vida deu origem a um discurso produzido pelo mercado farmacêutico, marcado pelo bombardeamento constante de propagandas que constroem a imagem do medicamento como solução imediata dos problemas de saúde. Destarte, disseminou-se a “cultura do remédio”, resultando, conforme afirma o influente filósofo Michel Foucault, em uma medicalização excessiva da vida.

   Por fim, é inexorável que o Governo Federal amplie o acesso à saúde pública. Isso pode ser feito através da abertura de mais vagas nos cursos de medicina, a fim de formar mais médicos ou, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento, do desenvolvimento de uma infraestrutura de saúde mais democrática, construindo mais unidades básicas de saúde. Além disso, o poder legislativo deve agilizar a tramitação da proposta de lei que proíbe a propaganda de medicamentos ao público em geral, incluindo nesta a proibição da oferta de medicamentos em supermercados e padarias, a fim de desestimular a procura exagerada de fármacos.

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Mensagem por fernandesrc Dom 22 Out 2017, 17:11

up!

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Mensagem por EricFerro Dom 22 Out 2017, 23:17

WoW! A melhor redação que eu já tive o prazer de ler neste forum, parabéns!

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Mensagem por Hayzel Sh Seg 23 Out 2017, 00:42

fernandesrc escreveu:
  Dados da fundação Oswaldo Cruz revelam que, em 2017, o número de intoxicações por medicamentos aumentou quase 30% no país. Nesse contexto, fica evidente que a automedicação configura-se como um problema de saúde pública e merece ser debatido debatida. Seja devido a um sistema público conhecidamente precário, seja por causa da ampla oferta de medicamentos,  o uso irresponsável de medicamentos pode causar efeitos perversos no organismo, caminhando no sentido oposto da função primordial da farmacologia que, por meio da realização de estudos mais profundos [faltou uma vírgula aqui] visa desenvolver drogas que deveriam melhorar a saúde humana. 


    Primordialmente, a automedicação é um reflexo da precariedade do sistema público de saúde. Só para ilustrar, no Brasil, segundo a OMS, existem cerca de 17 médicos para cada 10 000 habitantes. Logo, é evidente que diante desse quadro caótico, no qual o paciente encontra barreiras em relação à universalização do acesso á saúde devido a dificuldades como demora em marcação de consultas, falta de médicos, ou encarecimento dos planos de saúde, é natural que muitas pessoas acabem encontrando na automedicação a única alternativa possível de cura ou melhora, ignorando que, por exemplo, tomar um analgésico para uma simples dor de cabeça pode mascarar sintomas de patologias mais sérias como um tumor cerebral. [faça a conclusão do parágrafo argumentativo com o conectivo conclusivo adequado]

      Ademais, tal problemática está intrinsecamente relacionada à grande oferta de medicamentos. Em muitos locais, é comum que, suplementos alimentares, antibióticos, analgésicos ou antiácidos, por exemplo, sejam facilmente obtidos em drogarias sem a necessidade de uma prescrição médica. Muitas vezes, os medicamentos são vendidos até mesmo em supermercados e sem a bula, sendo encontrados ao lado de guloseimas como doces e, paradoxalmente, próximos a cigarros e bebidas alcoólicas. Dessa forma, a única ressalva encontrada é uma breve frase como: “ao persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado”, caracterizando uma inversão de valores, na qual o médico é uma figura secundária, sendo procurado em último caso.

    Por outro lado, o uso irracional de fármacos é uma construção social que se converteu em  prática cultural. Ao longo dos anos, o aumento da demanda por qualidade de vida deu origem a um discurso produzido pelo mercado farmacêutico, marcado pelo bombardeamento constante de propagandas que constroem a imagem do medicamento como solução imediata dos problemas de saúde. Destarte, disseminou-se a “cultura do remédio”, resultando, conforme afirma o influente filósofo Michel Foucault, em uma medicalização excessiva da vida.

   Por fim, é inexorável imprescindível [usar inexorável fica pouco preciso, na minha opinião] que o Governo Federal amplie o acesso à saúde pública. Isso pode ser feito através da abertura de mais vagas nos cursos de medicina, a fim de formar mais médicos ou, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento, do desenvolvimento de uma infraestrutura de saúde mais democrática, construindo mais unidades básicas de saúde. Além disso, o poder legislativo deve agilizar a tramitação da proposta de lei que proíbe a propaganda de medicamentos ao público em geral, incluindo nesta a proibição da oferta de medicamentos em supermercados e padarias, a fim de com o fito de [para não ficar repetitivo] de desestimular a procura exagerada de fármacos.

Ótima redação. Não consigo tirar nota de você em nenhuma competência. Dou 1000. Razz
Só cuidado pra deixar a estrutura um pouco mais certinha, ou seja, colocando conectivos conclusivos nos últimos períodos dos parágrafos argumentativos; fiquei com a impressão de que você não "concluiu" o segundo parágrafo da sua redação, de forma que algum corretor poderia pensar em tirar nota na Competência 2.
Em rosa, algumas alterações as quais julgo pertinentes.
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Mensagem por fernandesrc Seg 23 Out 2017, 10:55

Obrigado!!!
Vc acha que se eu colocasse dessa forma a conclusão do segundo parágrafo teria ficado mais clara?

"Contudo, ao fazê-lo, o paciente acaba ignorando que, por exemplo, tomar um analgésico para uma simples dor de cabeça pode mascarar sintomas de patologias mais sérias como um tumor cerebral."

Nessa parte eu estava meio sem ideia. Sempre achei os temas ligados ao meio ambiente ou saúde muito clichês, batidos, sei lá.

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Mensagem por Diego A Seg 23 Out 2017, 12:19

Sem desmerecer seu texto, mas fazendo o papel do diabo.

Dados da fundação Oswaldo Cruz revelam que, em 2017, o número de intoxicações por medicamentos aumentou quase 30% no país. Nesse contexto, evidente que a automedicação configura-se como um problema de saúde pública e merece ser debatido[,] seja devido a um sistema público conhecidamente precário, seja por causa da ampla oferta de medicamentos[.] O uso irresponsável de medicamentos pode causar efeitos perversos no organismo, caminhando no sentido oposto da função primordial da farmacologia que, por meio da realização de estudos mais profundos visa desenvolver drogas que deveriam melhorar a saúde humana. [1]

    Primordialmente, a automedicação é um reflexo da precariedade do sistema público de saúde. Só para ilustrar, no Brasil, segundo a OMS, existem cerca de 17 médicos para cada 10 000 habitantes. Logo, é evidente que diante desse quadro caótico, no qual o paciente encontra barreiras em relação à universalização do acesso á[à] saúde devido a dificuldades como demora em marcação de consultas, falta de médicos, ou encarecimento dos planos de saúde, é natural que muitas pessoas acabem encontrando na automedicação a única alternativa possível de cura ou melhora, ignorando[3] que, por exemplo, tomar um analgésico para uma simples dor de cabeça pode mascarar sintomas de patologias mais sérias como um tumor cerebral. [2]

      Ademais, tal problemática está intrinsecamente relacionada à grande oferta de medicamentos. Em muitos locais, é comum que, suplementos alimentares, antibióticos, analgésicos ou antiácidos, por exemplo, sejam facilmente obtidos em drogarias sem a necessidade de uma prescrição médica. Muitas vezes, os medicamentos são vendidos até mesmo em supermercados e sem a bula, sendo encontrados ao lado de guloseimas como doces e, paradoxalmente, próximos a cigarros e bebidas alcoólicas. A única ressalva encontrada é uma breve frase como: “ao persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado”, caracterizando[ou seja,] [3] uma inversão de valores, na qual o médico é uma figura secundária, sendo procurado em último caso.

Por outro lado, o uso irracional de fármacos é uma construção social que se converteu em prática cultural. Ao longo dos anos, o aumento da demanda por qualidade de vida deu origem a um discurso produzido pelo mercado farmacêutico, marcado pelo bombardeamento constante de propagandas que constroem a imagem do medicamento como solução imediata dos problemas de saúde. Destarte, disseminou-se a “cultura do remédio”, resultando, conforme afirma o influente filósofo Michel Foucault, em uma medicalização excessiva da vida.

Por fim, é inexorável que o Governo Federal amplie o acesso à saúde pública. Isso pode ser feito através da abertura de mais vagas nos cursos de medicina, a fim de formar mais médicos ou, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento, do desenvolvimento de uma infraestrutura de saúde mais democrática, construindo mais unidades básicas de saúde. Além disso, o poder legislativo deve agilizar a tramitação da proposta de lei que proíbe [4] a propaganda de medicamentos ao público em geral, incluindo nesta a proibição da oferta de medicamentos em supermercados e padarias, a fim de desestimular a procura exagerada de fármacos. [5]

[1] Ainda acho que inverter 2º e 3º período seria o ideal
[2] Período muito longo, você se perdeu na coesão. Uma possível reestruturação:

Primordialmente, a automedicação é um reflexo da precariedade do sistema público de saúde. Só para ilustrar, no Brasil, segundo a OMS, existem cerca de 17 médicos para cada 10 000 habitantes. Diante desse quadro caótico, no qual o paciente encontra barreiras em relação à universalização do acesso á[à] saúde[,] devido a dificuldades como demora em marcação de consultas, falta de médicos, ou encarecimento dos planos de saúde, é natural que muitas pessoas acabem encontrando na automedicação a única alternativa possível de cura ou melhora. Ignora-se, portanto, que tomar um analgésico para uma simples dor de cabeça possa [subjuntivo] mascarar sintomas de patologias mais sérias como um tumor cerebral.

[3] Vício de linguagem: gerundismo. Não se deve usar o gerúndio para causa e consequência, visto que aquela forma caracteriza um processo.
[4] Sem querer ser chato nesta parte, mas se existe um projeto em tramitação, acredito que o melhor seria citar qual é.
[5] Tudo bem que você argumentou no 2º parágrafo sobre o baixa oferta de médicos a população, mas, em todo caso, somente nos últimos 6 anos foram abertos cerca de 93 novos cursos de medicina no Brasil, ainda, segundo dados do Cremesp de 2015, há cerca de 21% dos médicos na rede pública, 26% na rede privada e 51% atuando nas duas esferas. Acredito que o incentivo dado pelo governo na abertura dos cursos e a disparidade entre a escolha do local de atuação dos profissionais mostram que o problema prevalece quem sabe por uma baixa remuneração ou qualidade da infraestrutura.

Dificilmente você teria desconto por essa divergência de ponto de vista, logo estou expondo para ficar de reflexão mesmo.

*Como se pressupõe uma banca especial para redações nota 1000, possivelmente teríamos uma redução de 40 pontos em coesão e mais 40 em linguagem.
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Mensagem por fernandesrc Seg 23 Out 2017, 13:15

Realmente. Gostei da reestruturação do 2° parágrafo, ajudou muito.
Sobre o gerúndio, eu confesso que ainda não domino as restrições ao seu uso. Tomara que seja possível corrigir esse vício antes da prova.
No caso da observação 4, você fala o número e o ano da lei? Em caso de uma eventual redação desse tema, acho que minha capacidade de lembrar disso seria restrito se eles citassem isso na proposta.

Na verdade, tenho outra dúvida ainda que nem o manual da redação desse ano colaborou muito. 

A competência 2 da redação, quando ela fala essa frase: "Compreender a proposta de redação...", o que exatamente caracterizaria essa compreensão da proposta? É se limitar ao recorte que o texto motivador fez?

Exemplo, ano passado, segundo o manual, o ENEM citou uma coletânea de textos falando sobre a legislação sobre a intolerância, a laicidade do Estado e os índices de violência. Eu abordei o tema mencionando tanto a origem histórica da problemática e o papel da Escola em desconstruir preconceitos e também sobre como a representatividade cultural de certas religiões contribui para perpetuar preconceitos. Não deixei de direcionar minha redação para a questão "caminhos para combater", estava atento a isso. Mas mesmo assim, tirei 160 nessa competência 2. O que poderia ter me tirado 40 pontos? Será que foi justamente por ignorar a abordagem sugerida pelos textos motivadores? Se necessário, posso postar minha redação aqui.

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Mensagem por Hayzel Sh Seg 23 Out 2017, 14:00

fernandesrc escreveu:Obrigado!!!
Vc acha que se eu colocasse dessa forma a conclusão do segundo parágrafo teria ficado mais clara?

"Contudo, ao fazê-lo, o paciente acaba ignorando que, por exemplo, tomar um analgésico para uma simples dor de cabeça pode mascarar sintomas de patologias mais sérias como um tumor cerebral."

Nessa parte eu estava meio sem ideia. Sempre achei os temas ligados ao meio ambiente ou saúde muito clichês, batidos, sei lá.
Fica clara, sim, basta explicitar o conectivo de conclusão nos últimos períodos dos parágrafos argumentativos. Assim, o corretor não terá dúvidas de que você está seguindo a estrutura do texto bem certinho, de acordo com os critérios da Competência 2.


Só tome cuidado que contudo é um conectivo de sentido adversativo, e não conclusivo. Contudo é sinônimo de no entanto, entretanto, mas ou porém.
O corretor tiraria 40 pontos caso você usasse-o de forma contrária ao que ele de fato quer dizer, como você fez nessa frase. Use assim, logo, dessa forma, destarte, dessarte, portanto, etc.
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Mensagem por Hayzel Sh Seg 23 Out 2017, 14:02

Se quiser postar sua redação do ano passado, eu posso tentar te falar o que você errou na competência 2 pra perder 40 pontos.
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Mensagem por fernandesrc Seg 23 Out 2017, 15:26

Segue o texto abaixo.

Só não sei se devo posta-la aqui mesmo ou abrir outro tópico pra isso, já que caracteriza outra dúvida. Qualquer coisa, me desculpem.

Essa redação ficou extremamente pobre em conectivos, mas creio que devo ter melhorado bastante desde então.

Nota final: 800 pontos. 160 em todas as competências.

As práticas religiosas são um elemento importante na construção da cultura de um país. Apesar de o direito de manifestação religiosa ser garantido pela constituição, a intolerância ainda impede o seu livre exercício. De modo a encontrar caminhos para combater esse tipo de crime, a compreensão de alguns fatores tais como o caráter histórico do preconceito no Brasil, a influência dos meios de comunicação e a importância da educação como veículo de promoção de uma convivência mais harmoniosa são de suma importância.



A intolerância religiosa no Brasil possui raízes culturais profundas. Já no início da história do país, o processo colonizador, extremamente etnocêntrico, buscou cristianizar as populações indígenas, o que configura-se de fato como um tipo de violência simbólica. Ao longo dos séculos (Essa palavra ficou meio estranha, eu achei), a prática da inquisição também ocorreu no Brasil e buscou desencorajar o credo a outras religiões que não fossem a católica. A adoção do estado laico com a primeira constituição republicana avançou no sentido de proteger a liberdade religiosa, embora manifestações culturais ligadas a religiões afro-brasileira, como o samba, fossem marginalizadas. Tais fatos demonstram que o Brasil demorou muito a reconhecer sua diversidade religiosa e isso abriu espaço para a intolerância e o preconceito que persistem até os dias atuais.



Exemplo disso é o posicionamento da mídia em relação a temas religiosos. Em muitos filmes e novelas, acaba-se construindo uma imagem estereotipada de algumas religiões. Evangélicos são retratados como fanáticos ou avessos à modernidade, enquanto ubandistas (sim, essa palavra eu escrevi errado, só me dei conta depois que revisei a redação final) são descritos como exóticos ou mal-intencionados. Seria interessante que os produtores abandonassem esse tipo de construção. Segundo dados da Secretaria de direitos humanos da Presidência da República, os praticantes das religiões citadas acima são os que mais sofrem algum tipo de violência, evidenciando a necessidade de rever essa prática.



A realização de palestras e eventos seria um interessante meio de reverter esse quadro, através de exposições sobre a história das religiões praticadas no Brasil e a contribuição de cada uma para a cultura do país. O endurecimento das penas para crimes motivados por preconceito religioso seria outra medida muito importante. Por fim, a aceitação mútua e o respeito são as medidas mais importantes para atenuar e quem sabe erradicar esse problema.

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