Estética e saúde

A busca de um corpo perfeito e de um corpo que se perpetue até o final da vida em boa forma física já foi objeto de retrato do renascimento, com as famosas Vênus. Os próprios gregos já retratavam a existência de uma fonte da juventude no Monte Olimpo. A preocupação em rejuvenescer, em não ter rugas e ser apresentável à sociedade não é algo atual. Entretanto, diferentemente dos tempos antigos, nós quais a saúde era garantia de sobrevivência, nos tempos modernos a beleza tornou-se importante fator para a seleção natural.

Homens e mulheres cada vez mais têm valorizado suas aparências, o que é consequência, também, das exigências do mercado de trabalho, que emprega mais facilmente pessoas consideradas bonitas, devido ao fato de considerá-las mais apresentáveis aos clientes.

Contudo, ao mesmo tempo em que a beleza pode ser importante na garantia de uma vaga, ela também pode ser, se buscada em excesso, prejudicial à saúde, é o caso das moças que usam espartilhos apertadíssimos para afinar a cintura e desenvolvem, devido a isso, problemas respiratórios.

Além disso, deve-se perceber que a indústria de cosméticos e a mídia, com suas modelos de manequins macérrimos, ao mesmo tempo que movimentam milhares de dólares anualmente na venda de seus produtos, também estabelecem um padrão que tende levar à homogeneização da sociedade e à perda de identidade. É o caso de pessoas que querem ser parecidas com uma personalidade e mudam completamente o visual.

Portanto, conclui-se que, apesar de a beleza ser importante até certo ponto para a autoaceitação, sua busca desenfreada leva a consequências negativas na saúde e na diversidade social. Deve-se buscar um equilíbrio, sem extremismos ou estereótipos quando o assunto é estética. Como dizia Ortega y Garret: " O prazer estético deve ser um prazer inteligente".