Qual é o limite entre o trote e o crime?
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Qual é o limite entre o trote e o crime?
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Comodismo social nas tradições medievais
O trote não é um fenômeno recente, essa tradição de gosto duvidoso tem raízes nas primeiras universidades, custeadas pela igreja católica na idade média. As instituições superiores evoluíram, entretanto, as barbáries dos trotes continuam similares àquelas praticadas na época do feudalismo, uma forma de tortura mascarada pela tradição universitária. Não se pode atribuir a culpa à conivência da vítima, mas sim à coerção por parte dos veteranos (torturadores).
Uma das divergências entre os pensamentos de Durkheim e Marx diz respeito ao sentido da educação. O primeiro, acreditava que deveria haver uma reprodução social nas escolas, visando a continuidade dos valores e tradições; o segundo, explicita a necessidade da educação libertadora para que o indivíduo tenha a autonomia de transformar as mazelas sociais. Quando se fala do trote, fica claro que valores culturais nem sempre devem ser reproduzidos, não se deve incitar o comodismo nas tradições, principalmente quando nocivas à alguém.
Nesse sentido, não há como impor limites entre trote e crime. O trote, por si, já representa um crime. Um dos principais argumentos defendidos por quem apoia os trotes é a não obrigatoriedade da participação dos calouros. O que justificaria, então, o consentimento da vítima? Com certeza, não é um espírito masoquista. Vive-se em um contexto iminentemente social, em que todos querem ser integrados em grupos, o medo da exclusão incitado pelos veteranos coage o calouro a participar, mesmo sabendo que vai ser subjugado. Esse contexto enquadra o trote como prática de aliciamento.
Em suma, o trote, por representar um ato de cunho cultural, muitas vezes não é analisado sob a ótica criminal. Todavia, quando se expõe os métodos empregados no aliciamento e na execução dessas tradições, fica claro que há um grande problema circundando as universidades. O trote se tornou um ciclo vicioso, o antes calouro, um ano depois, reproduz o que sofreu com às novas gerações. Esse ciclo deve ser quebrado, senão pelos estudantes, então por vias legais.
Comodismo social nas tradições medievais
O trote não é um fenômeno recente, essa tradição de gosto duvidoso tem raízes nas primeiras universidades, custeadas pela igreja católica na idade média. As instituições superiores evoluíram, entretanto, as barbáries dos trotes continuam similares àquelas praticadas na época do feudalismo, uma forma de tortura mascarada pela tradição universitária. Não se pode atribuir a culpa à conivência da vítima, mas sim à coerção por parte dos veteranos (torturadores).
Uma das divergências entre os pensamentos de Durkheim e Marx diz respeito ao sentido da educação. O primeiro, acreditava que deveria haver uma reprodução social nas escolas, visando a continuidade dos valores e tradições; o segundo, explicita a necessidade da educação libertadora para que o indivíduo tenha a autonomia de transformar as mazelas sociais. Quando se fala do trote, fica claro que valores culturais nem sempre devem ser reproduzidos, não se deve incitar o comodismo nas tradições, principalmente quando nocivas à alguém.
Nesse sentido, não há como impor limites entre trote e crime. O trote, por si, já representa um crime. Um dos principais argumentos defendidos por quem apoia os trotes é a não obrigatoriedade da participação dos calouros. O que justificaria, então, o consentimento da vítima? Com certeza, não é um espírito masoquista. Vive-se em um contexto iminentemente social, em que todos querem ser integrados em grupos, o medo da exclusão incitado pelos veteranos coage o calouro a participar, mesmo sabendo que vai ser subjugado. Esse contexto enquadra o trote como prática de aliciamento.
Em suma, o trote, por representar um ato de cunho cultural, muitas vezes não é analisado sob a ótica criminal. Todavia, quando se expõe os métodos empregados no aliciamento e na execução dessas tradições, fica claro que há um grande problema circundando as universidades. O trote se tornou um ciclo vicioso, o antes calouro, um ano depois, reproduz o que sofreu com às novas gerações. Esse ciclo deve ser quebrado, senão pelos estudantes, então por vias legais.
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Re: Qual é o limite entre o trote e o crime?
ANÁLISE DA REDAÇÃO:
PARÁGRAFO 1:
PARÁGRAFO 2:
COMENTÁRIO GERAL:
O texto está bem escrito. Há alguns parágrafos que poderiam ser melhor desenvolvidos. Os erros gramaticais estão praticamente ausentes e não são tão graves.
No entanto, o texto não atende de forma completa à proposta, já que não responde de forma clara e convincente perguntas como "Quando a prática deixa de ser uma brincadeira entre colegas e se torna efeticamente criminosa? Qual é o limite entre o trote e o crime? Quais as causas de violência na recepção aos calouros?" que são solicitadas pelo comando.
Se fosse para te dar uma nota de 0 a 1000 daria algo em torno de 640.
- Em laranja: erros gramaticais.
- Em azul: erros de sintaxe (organização).
- Em verde: sugestões e/ou correções.
- Essa correção é feita com base nos meus conhecimentos sobre gramática e no meu estilo de escrita; se houver erros na minha correção, desconsidere-os e filtre o que achar melhor.
PARÁGRAFO 1:
O trote não é um fenômeno recente, essa tradição de gosto duvidoso tem raízes nas primeiras universidades, custeadas pela igreja católica na idade média. As instituições superiores evoluíram, entretanto, as barbáries dos trotes continuam similares àquelas praticadas na época do feudalismo, uma forma de tortura mascarada pela tradição universitária. Não se pode atribuir a culpa à conivência da vítima, mas sim à coerção por parte dos veteranos (torturadores).
COMENTÁRIO 1:- Igreja Católica e Idade Média.
- Instituições de ensino superior.
- Sugiro colocar um ponto final no lugar das vírgulas destacadas em laranja. Ex.: "O trote não é um fenômeno recente. Essa tradição de gosto duvidoso...".
- Sugiro não colocar "uma forma de tortura mascarada pela tradição universitária" no mesmo período, já que você fala "as barbáries dos trotes...". O parágrafo fica muito "carregado" com três palavras que tem praticamente o mesmo significado: barbárie, tortura e torturadores.
PARÁGRAFO 2:
Uma das divergências entre os pensamentos de Durkheim e Marx diz respeito ao sentido da educação. O primeiro, acreditava que deveria haver uma reprodução social nas escolas, visando a continuidade dos valores e tradições; o segundo, explicita a necessidade da educação libertadora para que o indivíduo tenha a autonomia de transformar as mazelas sociais. Quando se fala do trote, fica claro que valores culturais nem sempre devem ser reproduzidos, não se deve incitar o comodismo nas tradições, principalmente quando nocivas à alguém.
COMENTÁRIO 2:
PARÁGRAFO 3:
Nesse sentido, não há como impor limites entre trote e crime. O trote, por si, já representa um crime. Um dos principais argumentos defendidos por quem apoia os trotes é a não obrigatoriedade da participação dos calouros. O que justificaria, então, o consentimento da vítima? Com certeza, não é um espírito masoquista. Vive-se em um contexto iminentemente social, em que todos querem ser integrados em grupos, o medo da exclusão incitado pelos veteranos coage o calouro a participar, mesmo sabendo que vai ser subjugado. Esse contexto enquadra o trote como prática de aliciamento.
COMENTÁRIO 3:
PARÁGRAFO 4:- Creio que você teria sido mais feliz se tivesse citado apenas Karl Marx, que defende "a necessidade da educação libertadora para que o indivíduo tenha a autonomia de transformar as mazelas sociais", pois sua alegação vai contra a perpetuação do trote. Você afirma no fim do parágrafo algo muito mais voltado para o lado de Marx, mas não deixa claro o porquê Durkheim está errado (por isso você poderia ter colocado só Marx).
- Se Durkheim defende a continuidade dos valores e tradições, é muito provável, também, que o leitor interprete que este quer a manutenção do trote. Por que não acreditar em Durkheim? Se você quer usar dois argumentos contrários em um mesmo parágrafo você deve desconstruir aquele que julgar falso e expressar a veracidade do outro. Diga-se de passagem, esse é uma das estratégias mais extraordinárias de uma dissertação: se você é contra algo, você desconstrói um argumento de quem é a favor.
- Reconstrua o parágrafo para que a sua última afirmação seja verdade, se não, não vai ficar tão claro assim "... que os valores culturais nem sempre devem ser reproduzidos...".
PARÁGRAFO 3:
Nesse sentido, não há como impor limites entre trote e crime. O trote, por si, já representa um crime. Um dos principais argumentos defendidos por quem apoia os trotes é a não obrigatoriedade da participação dos calouros. O que justificaria, então, o consentimento da vítima? Com certeza, não é um espírito masoquista. Vive-se em um contexto iminentemente social, em que todos querem ser integrados em grupos, o medo da exclusão incitado pelos veteranos coage o calouro a participar, mesmo sabendo que vai ser subjugado. Esse contexto enquadra o trote como prática de aliciamento.
COMENTÁRIO 3:
- Troque a vírgula em laranja por um ponto final.
- Esse é o primeiro parágrafo que está de acordo com o tema, que propõe um debate sobre qual o limite entre o trote e o crime.
- A expressão "Nesse sentido" não expressa uma relação de causa e efeito. Quer dizer, para você iniciar o parágrafo com esse conectivo, você deveria ter desenvolvido melhor o parágrafo anterior, para que o leitor pudesse concluir realmente que não há como impor limites entre trote e crime.
- Procure repetir menos as palavras. Você repetiu a palavra "trote" três vezes em apenas duas linhas.
- Não ficou muito claro o porquê do trote representar um crime. Talvez essa tradição universitária não seja criminosa por representar uma prática de aliciamento, mas sim pelo que acontece nela (atentado ao pudor, violência física, etc.).
Em suma, o trote, por representar um ato de cunho cultural, muitas vezes não é analisado sob a ótica criminal. Todavia, quando se expõe os métodos empregados no aliciamento e na execução dessas tradições, fica claro que há um grande problema circundando as universidades. O trote se tornou um ciclo vicioso, o antes calouro, um ano depois, reproduz o que sofreu com às novas gerações. Esse ciclo deve ser quebrado, senão pelos estudantes, então por vias legais.
COMENTÁRIO 4:
- Cuidados com as rimas: parece que com "cultural" e "criminal" você fez um verso poético.
- A conclusão está boa, apesar de você não ter citado de forma clara "os métodos empregados no aliciamento e na execução dessas tradições".
COMENTÁRIO GERAL:
O texto está bem escrito. Há alguns parágrafos que poderiam ser melhor desenvolvidos. Os erros gramaticais estão praticamente ausentes e não são tão graves.
No entanto, o texto não atende de forma completa à proposta, já que não responde de forma clara e convincente perguntas como "Quando a prática deixa de ser uma brincadeira entre colegas e se torna efeticamente criminosa? Qual é o limite entre o trote e o crime? Quais as causas de violência na recepção aos calouros?" que são solicitadas pelo comando.
Se fosse para te dar uma nota de 0 a 1000 daria algo em torno de 640.
Convidado- Convidado
Re: Qual é o limite entre o trote e o crime?
Valeu Dezotti, ajudou bastante. Algumas vezes eu não planejo direito, só vou soltando as palavras e sai umas coisas estranhas. Vou me atentar mais a esses detalhes.
wmsj- Recebeu o sabre de luz
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