Inglaterra

Eis uma pequena dúvida que me surgiu recentemente: Seria correto dizer que a Inglaterra se tornou um país tão forte pelo fato de ter sido a nação que mais invadiu outras nações e consequentemente a que mais "sugou" as riquezas do mundo? A carga de trabalhos deles é uma das menores do mundo e lá o povo trabalha para viver (não vive para trabalhar, não concordam?). Outra coisa que tenho dúvida é a explicação a seguinte frase: O ouro do Brasil parou nos bancos Ingleses. Alguém poderia me explicar em detalhes(mais profundos economicamente) o tratado de methuem? E porque os ingleses foram tão interventores na história do Brasil? Seria correto dizer que a sua intervenção diminuiu com o fim da monarquia(II reinado) ?

Matheus Fillipe escreveu:Seria correto dizer que a Inglaterra se tornou um país tão forte pelo fato de ter sido a nação que mais invadiu outras nações e consequentemente a que mais "sugou" as riquezas do mundo?

Se desejamos estudar a História como ciência, de um ponto de vista racional, devemos evitar as simplificações eivadas de conteúdo ideológico.

A exploração de colônias foi praticada por Inglaterra, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Holanda, quase toda a Europa. Durante a fase mercantilista muitos países lançaram-se ao mar. Países habitados por seus naturais eram "descobertos" (ponto de vista europeu), conquistados e explorados como colônias.

Das colônias deveriam vir os produtos agrícolas cuja produção não se adaptava ao clima europeu (os exóticos) e os minerais preciosos. A Inglaterra geriu suas colônias com mais habilidade empreendedora.

O início do século XVIII (época do tratado de Methuen) era também o fim do período tipicamente mercantilista que havia iniciado no século XV. Cinquenta anos depois a revolução industrial tomaria força.

Nesse período de esgotamento do mercantilismo a Inglaterra já principiava a estabelecer manufaturas, principalmente a têxtil, passando a gerar receitas economicas a partir de produtos ingleses. Esses produtos seriam muito diversificados no correr dos cem anos seguintes.

Portugal, seja pelo seu pequeno território, seja por falta de visão da coroa, não empreende nesse sentido, persistindo no sistema de exploração colonial.

O tratado de Metheuen, típico tratado comercial, estabelecia privilégios mútuos para o vinho português na Inglaterra e para os tecidos ingleses em Portugal. O vinho era, praticamente, o único importante produto de exportação tipicamente português.

As colônias mostravam declínio. Após a crise do açúcar, a produção do ouro no Brasil começava a declinar. As rendas antes obtidas haviam sido gastas sem investimentos.

Os tempos mudavam. A demanda por tecidos foi maior que a renda obtida dos vinhos. O ouro e pedras preciosas compraram tecidos. Portugal foi encolhendo por não ter sabido fazer a transição entre dois períodos econômicos.

"O ouro do Brasil parou nos bancos Ingleses."

O tratado de methuen na realidade arrebentou com portugal. Portugal importava MUITO mais tecido ingles do q exportava seu vinho. além disso a enxurrada de tecidos ingleses acabou com a manufatura portuguesa. Foi um desastre pra portuguesada. Com esse acordo, os portugueses tinham q continuar achando recursos pra mante-lo né.. ai o brasil é q sofria.. tanto é q a derrama e essas paradas era pq Portugal tava desesperado, pois a quantia de ouro recolhida no brasil estava caindo


E porque os ingleses foram tão interventores na história do Brasil?


Bom, acho q eles foram tao 'interventores' pq Portugal deixou.. Na verdade, tudo começou por causa das grandes navegações. Com a descoberta do novo mundo alguém uma hora ia querer explorar aqui.. tanto é q portugal só enviou o povo pra realmente morar aqui depois q se sentiram ameaçados com invasões de outros paises, como os ingleses. (a crise das índias tb foi um fator)
Depois disso, lá pra frente já depois do ciclo do ouro, D. Joao IV sempre ficava em cima do muro na questao de apoiar Napoleão ou apoiar os Ingleses
Quando joao foi pressionado pelos 2 lados, ele ficou do lado dos ingleses e com isso a inglaterra ajudou a coroa portuguesa a vir pro brasil em troca da abertura dos portos e etc.. 

Na verdade nao foram só os ingleses né.. Portugueses foram interventores, ingleses, holandeses, franceses... mas essa influencia inglesa, por exemplo a pressao q eles fizeram p/ a abolição da escravidao, é mais por causa da influencia da inglaterra sobre portugal..


 Seria correto dizer que a sua intervenção diminuiu com o fim da monarquia(II reinado) ?

Nao sei responder muito bem pois ainda nao estudei a republica direito. Mas após a guerra do paraguai o brasil saiu muito individado com os ingleses, então eu acredito que nao diminuiu nao. Fora q o brasil só vai se tornar industrializado lá pela decada de 1930
Entao até lá creio q os ingleses aproveitaram bastante dos brasileirinhos hehe
Oq tu acha dessa ultima parte Euclides?

tkueda escreveu:Seria correto dizer que a sua intervenção diminuiu com o fim da monarquia(II reinado) ?
Oq tu acha dessa ultima parte Euclides?

A hegemonia da Inglaterra no mundo entra em declínio no século XX devido à própria perda de importância econômica e política da Inglaterra no cenário mundial, o que ocorreu gradativamente até a sua substituição pelos EUA no pós guerra.

Curioso é perguntar se haverá, depois dos EUA uma nova Roma, ou a era dos países hegemônicos terminou e blocos agora serão os novos competidores.
 

PS: escreva direito, tkueda. Abandone esse "internetês" feio.

Acredito que a ocorrência da Questão Christie, ainda no II Reinado, e a instituição das tarifas Alves Branco já mostram sim uma redução da influência da Inglaterra sobre o Brasil a partir dessa época

Curioso é perguntar se haverá, depois dos EUA uma nova Roma, ou a era dos países hegemônicos terminou e blocos agora serão os novos competidores.

 Acredito que essa pergunta se resumiria em presumir se o capitalismo vigorará ou não. Eu sinceramente acredito que nem a como pensar que haja portas para um mundo socialista e que potências hegemônicas chegaram ao fim. Há como esperar algo da China? Este tipo de coisa muitas vezes no remete à questões culturais, o que vocês acham?

Matheus Fillipe escreveu:
Eu sinceramente acredito que nem a como pensar que haja portas para um mundo socialista

Uh! eu nem passei perto disso. Minha referência é a blocos econômicos.

Ao meu ver blocos reinarão. Quem estiver isolado se lascará
Mas os paises hegemonicos continuarão a exercer influencias, tanto no mundo quanto nos seus respectivos blocos..

Matheus Fillipe escreveu:
Eu sinceramente acredito que nem a como pensar que haja portas para um mundo socialista

Uh! eu nem passei perto disso. Minha referência é a[b style="margin: 0px; padding: 0px; color: rgb(44, 60, 87); line-height: 18.200000762939453px; background-color: rgb(237, 242, 247); "] blocos econômicos[/b].

Reconheço que foi pouco preciso mesmo nesta resposta.
 Só estava querendo dizer que em um mundo socialista não existiriam blocos econômicos propriamente ditos. Partindo da inviabilidade disso e da hegemonia de um país por vez acredito que o mais possível seja a hegemonia dos blocos econômicos. Como se fosse a grande alternativa. Por outro lado esse conceito não está tão longe de ser aplicável. Ora se acontecer uma outra revolução Russa, por hipótese, chegaríamos a um período semelhante ao da guerra fria que garantiu a hegemonia dos EUA. Acontece que com países fechados não existem blocos econômicos. Outra maneira de pensar nisso é no conceito socialista aplicado a nível internacional. Este é meu palpite para o que garantirá a hegemonia de determinado bloco econômico. Esses sistemas não funcionam como países e o tardio estabelecimento de coerção dentro deles garantirá a hegemonia dos blocos dominantes.
  Mas de qualquer forma os países que hoje são de primeiro mundo serão os que deixarão grandes enranças para os seus blocos.

Você está fazendo confusão com o que eu disse. Vou repetir:

eu não falei, não fiz menção e nem pensei em socialismo, que, a meu ver, já é coisa que pertence à História.


Isso tudo é da sua cabeça.

 
Blocos econômicos no mundo moderno são: UE, Mercosul, Tigres Asiáticos, ALCA, etc.