-ENEM Interpretação
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-ENEM Interpretação
oi genteee, não entendi mt bem esse texto.... alguém poderia me explicar??? eu tendi q ele CONCORDA com os platonicos... então pq seria contra-argumentação??
QUESTÃO 23
_ 21_ENEM_POR_MB_L4_Q03
É possível amar e ser feliz?
O dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues escreveu
muito sobre essa impossibilidade de felicidade e amor
andarem juntos.
Sei que filósofos de plantão dirão que existem formas
e formas de amor e felicidade. Esse método de apontar
para a instabilidade semântica (“vários significados para
uma mesma palavra” em idioma dos mortais) é clássico na
Filosofia. De fato, muito útil para aprofundar uma reflexão,
principalmente na sua espessura histórica. Mas, às vezes,
pode simplesmente paralisar quem quer pensar, diante
de tantas possibilidades de significado para uma mesma
palavra. Já disse antes que, nos limites semânticos dessa
confissão, amor é quase sempre amor romântico, nas suas
grandezas e nas suas misérias.
Quanto à felicidade, faço minhas as palavras do
filósofo Pascal (século XVII) quando ele fala sobre o tempo:
às vezes, quando se quer definir muito algo percebido
como evidente pelo senso comum, como o tempo, mais se
confunde o entendimento do que o esclarece. Não defino o
amor ou a felicidade em momento algum nesta coleção de
ensaios. Parto sempre da experiência comum dos humanos
sobre o amor e sobre a felicidade, mesmo que precisando,
muitas vezes, situá-la no tempo e no espaço.
PONDÉ, Luiz Felipe. Amor para corajosos. São Paulo: Planeta, 2017.
No texto, em que o autor se vale de uma série de recursos
discursivos a fim de construir seu ponto de vista, o
reconhecimento de que existem “instabilidades semânticas”
atestadas pelos filósofos tem a intenção de
A contrapor-se à visão do filósofo Pascal de que a
desconstrução do senso comum nem sempre é
necessária.
B minimizar o prestígio de Nelson Rodrigues, citado,
no primeiro parágrafo, como uma fonte de autoridade
sobre o tema.
C exemplificar que nem o amor nem a felicidade são
ideias nítidas, razão pela qual não é possível analisá-
-los à luz da Filosofia.
D corroborar a tese defendida pelo autor de que o amor
romântico é a verdadeira e legítima expressão dos
afetos humanos, com grandezas e misérias.
E iniciar uma linha de contra-argumentação, com o
reconhecimento da dita “instabilidade semântica” para,
em seguida, relativizar a utilidade desse conceito para
a reflexão proposta.
Gabarito : E
QUESTÃO 23
_ 21_ENEM_POR_MB_L4_Q03
É possível amar e ser feliz?
O dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues escreveu
muito sobre essa impossibilidade de felicidade e amor
andarem juntos.
Sei que filósofos de plantão dirão que existem formas
e formas de amor e felicidade. Esse método de apontar
para a instabilidade semântica (“vários significados para
uma mesma palavra” em idioma dos mortais) é clássico na
Filosofia. De fato, muito útil para aprofundar uma reflexão,
principalmente na sua espessura histórica. Mas, às vezes,
pode simplesmente paralisar quem quer pensar, diante
de tantas possibilidades de significado para uma mesma
palavra. Já disse antes que, nos limites semânticos dessa
confissão, amor é quase sempre amor romântico, nas suas
grandezas e nas suas misérias.
Quanto à felicidade, faço minhas as palavras do
filósofo Pascal (século XVII) quando ele fala sobre o tempo:
às vezes, quando se quer definir muito algo percebido
como evidente pelo senso comum, como o tempo, mais se
confunde o entendimento do que o esclarece. Não defino o
amor ou a felicidade em momento algum nesta coleção de
ensaios. Parto sempre da experiência comum dos humanos
sobre o amor e sobre a felicidade, mesmo que precisando,
muitas vezes, situá-la no tempo e no espaço.
PONDÉ, Luiz Felipe. Amor para corajosos. São Paulo: Planeta, 2017.
No texto, em que o autor se vale de uma série de recursos
discursivos a fim de construir seu ponto de vista, o
reconhecimento de que existem “instabilidades semânticas”
atestadas pelos filósofos tem a intenção de
A contrapor-se à visão do filósofo Pascal de que a
desconstrução do senso comum nem sempre é
necessária.
B minimizar o prestígio de Nelson Rodrigues, citado,
no primeiro parágrafo, como uma fonte de autoridade
sobre o tema.
C exemplificar que nem o amor nem a felicidade são
ideias nítidas, razão pela qual não é possível analisá-
-los à luz da Filosofia.
D corroborar a tese defendida pelo autor de que o amor
romântico é a verdadeira e legítima expressão dos
afetos humanos, com grandezas e misérias.
E iniciar uma linha de contra-argumentação, com o
reconhecimento da dita “instabilidade semântica” para,
em seguida, relativizar a utilidade desse conceito para
a reflexão proposta.
Gabarito : E
Gemma Galgani- Jedi
- Mensagens : 464
Data de inscrição : 30/06/2021
Re: -ENEM Interpretação
Olá Gemma Galgani,
Repare que ele não pergunta nada sobre a opinião do Pondé a respeito do amor e da felicidade, mas sim sobre a construção do texto e a alternativa e) descreve por inteiro o que ele fez. Vamos lá analisar as partes do texto importante:
1) Primeiramente, o autor introduz "citando" Nelson Rodrigues e a impossibilidade, segundo esse escritor, da simultaneidade do amor e da felicidade;
2) Em segundo lugar, ele pondera que podem existir filósofos de plantão que irão alegar a inexistência de uma única espécie de amor, indo de contrapartida ao parágrafo anterior, e aqui o Luiz Felipe chama isso de instabilidade semântica, que, vulgarmente, diz respeito as diversas possibilidades de sentido para uma palavra;
3) Agora, perceba que ele atribui certa necessidade do significado em abordagens mais aprofundadas no que diz respeito à análises "principalmente na sua espessura histórica", mas logo em seguida diz "amor é quase sempre amor romântico, nas suas grandezas e nas suas misérias" (menosprezando tal visão microscópica) e, por fim, cita Pascal em uma análise que nos conduz na sua ideia de que não vale a pena se a ter a essas minucias na análise proposta, afinal, tal tentativa findaria no "quando se quer definir muito algo percebido como evidente pelo senso comum, como o tempo, mais se confunde o entendimento do que o esclarece".
Portanto, temos exatamente o cenário proposto na última alternativa.
Espero ter ajudado
Repare que ele não pergunta nada sobre a opinião do Pondé a respeito do amor e da felicidade, mas sim sobre a construção do texto e a alternativa e) descreve por inteiro o que ele fez. Vamos lá analisar as partes do texto importante:
1) Primeiramente, o autor introduz "citando" Nelson Rodrigues e a impossibilidade, segundo esse escritor, da simultaneidade do amor e da felicidade;
2) Em segundo lugar, ele pondera que podem existir filósofos de plantão que irão alegar a inexistência de uma única espécie de amor, indo de contrapartida ao parágrafo anterior, e aqui o Luiz Felipe chama isso de instabilidade semântica, que, vulgarmente, diz respeito as diversas possibilidades de sentido para uma palavra;
3) Agora, perceba que ele atribui certa necessidade do significado em abordagens mais aprofundadas no que diz respeito à análises "principalmente na sua espessura histórica", mas logo em seguida diz "amor é quase sempre amor romântico, nas suas grandezas e nas suas misérias" (menosprezando tal visão microscópica) e, por fim, cita Pascal em uma análise que nos conduz na sua ideia de que não vale a pena se a ter a essas minucias na análise proposta, afinal, tal tentativa findaria no "quando se quer definir muito algo percebido como evidente pelo senso comum, como o tempo, mais se confunde o entendimento do que o esclarece".
Portanto, temos exatamente o cenário proposto na última alternativa.
Espero ter ajudado
____________________________________________
"Alguns dos nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos" - Milton Hatoum
gabriel de castro- Elite Jedi
- Mensagens : 481
Data de inscrição : 01/05/2021
Idade : 21
Localização : Manaus, AM
Re: -ENEM Interpretação
olá gabis, vc tem um vocabulário bem afiado kkkk, nossa ainda to viajando legal nessa questãogabriel de castro escreveu:Olá Gemma Galgani,
Repare que ele não pergunta nada sobre a opinião do Pondé a respeito do amor e da felicidade, mas sim sobre a construção do texto e a alternativa e) descreve por inteiro o que ele fez. Vamos lá analisar as partes do texto importante:
1) Primeiramente, o autor introduz "citando" Nelson Rodrigues e a impossibilidade, segundo esse escritor, da simultaneidade do amor e da felicidade;
2) Em segundo lugar, ele pondera que podem existir filósofos de plantão que irão alegar a inexistência de uma única espécie de amor, indo de contrapartida ao parágrafo anterior, e aqui o Luiz Felipe chama isso de instabilidade semântica, que, vulgarmente, diz respeito as diversas possibilidades de sentido para uma palavra;
3) Agora, perceba que ele atribui certa necessidade do significado em abordagens mais aprofundadas no que diz respeito à análises "principalmente na sua espessura histórica", mas logo em seguida diz "amor é quase sempre amor romântico, nas suas grandezas e nas suas misérias" (menosprezando tal visão microscópica) e, por fim, cita Pascal em uma análise que nos conduz na sua ideia de que não vale a pena se a ter a essas minucias na análise proposta, afinal, tal tentativa findaria no "quando se quer definir muito algo percebido como evidente pelo senso comum, como o tempo, mais se confunde o entendimento do que o esclarece".
Portanto, temos exatamente o cenário proposto na última alternativa.
Espero ter ajudado
a contradiç seria pq o cara vai concordar q , de fato, há essa indefinição de amor e felicidade, mas no texto q ele ta escrevendo ele vai descrever esses sentimentos com base nas relações humanas?
Gemma Galgani- Jedi
- Mensagens : 464
Data de inscrição : 30/06/2021
Re: -ENEM Interpretação
Exatamente Gemma, seria o equivalente ao que fazemos na Física Clássica do E.M. (ensino médio), principalmente, quando estudamos fenômenos da Mecânica e da Termodinâmica, ao desconsiderarmos uma série de coisas como atrito ou a interação eletrostática em um gás.
Qualquer dúvida estou aí
Qualquer dúvida estou aí
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gabriel de castro- Elite Jedi
- Mensagens : 481
Data de inscrição : 01/05/2021
Idade : 21
Localização : Manaus, AM
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