Redação modelo ENEM - Automedicação no Brasil

   O filme “Coringa”, estrelado por Joaquin Phoenix, apresenta cenas de uso de medicamentos pelo personagem principal após prescrição psiquiátrica, evidenciando a importância de acompanhamento médico no consumo das drogas. Contudo, a sociedade brasileira destoa-se da obra cinematográfica, tendo em vista a existência do empecilho relacionado com a automedicação. Com isso, julga-se o predomínio do maciço consumo de informações e a majoritária fuga do ambiente médico como fatores propulsores do imbróglio. Dessa forma, faz-se fundamental a realização de mudanças com o objetivo de garantir o bem-estar.

   A princípio, a enorme contingência de notícias facilita a propagação de assuntos falsos e desqualificados, colaborando com o negacionismo científico. Sob esse prisma, destacam-se os meios de comunicação como ferramentas para o desenvolvimento do saber humano – consoante à obra “Tempos Hipermodernos” do filósofo Gilles Lipovetsky. Entretanto, percebe-se que o mau uso da tecnologia pode retardar o intelectualismo do ser, em virtude da crença em informações descreditadas de estudos e pesquisas, compactuando com a ocorrência de quadros maléficos à saúde – como alergias, intoxicações e a morte em situações extremas. Portanto, selecionar e pesquisar a origem do conteúdo paliativo tornam-se aliados na manutenção da saúde coletiva.

   Em sequência, a preocupação com a alta demanda do atendimento hospitalar e sua demora, em sua maioria de administração púbica, influencia na diminuição da presença do cidadão nesse local, gerando a preferência por ajuda na “web” e saberes populares. Diante disso, encontra-se paralelo à perspectiva do tempo como objeto de valor, sendo cada minuto importante – afirmativa endossada pelo filósofo Friedrich Engels no livro “Dialética da Natureza”. Nesse contexto, a péssima situação dos hospitais, infelizmente, propõe uma fuga desses espaços e colabora com o uso de fármacos sem orientação médica. Logo, tendo como fruto a dificuldade na atenuação das enfermidades clínicas, além de ferir a Constituição Federal no sentido da inexistência de um programa de saúde fluido e ágil para a nação.

   Em suma, é imprescindível a tomada de ações reguladoras da problemática abordada. Posto isso, cabe ao Ministério da Saúde e o Ministério das Comunicações atuarem em conjunto para elaborar projetos exequíveis no teor nacional. Destarte, convém otimizar a quantidade de profissionais no Sistema Único de Saúde por meio da integração de recém-formados com o intuito de agilizar as consultas, além de promover campanhas midiáticas por intermédio das redes sociais do Estado com o propósito de alertar o indivíduo sobre os problemas da automedicação, resultando na reflexão da temática. Por fim, a execução dos planos garantirá um país harmônico e próximo do profissional como no filme “Coringa”.