Fuvest - 2012
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Fuvest - 2012
Proposta:
Fazer política, para desfazer-se o "statu quo"
Tédio, desinteresse, aversão: reações comuns das pessoas quando a elas se propõe uma conversa sobre política, hoje. Diferentemente do que ocorria na Grécia Antiga, a política não tem sua pertinência reconhecida no mundo contemporâneo. A participação política, nesse contexto, decresce, e a democracia, por consequência, enfraquece-se.
Como versava o filósofo helênico Aristóteles, a finalidade da política é o bem comum. Entretanto, se a esfera política está corrompida, atingir-se esse fim não será mais possível, pois em vez do bem para todos, buscar-se-á o bem para alguns poucos. Como quanto menor for a participação política, menor será a fiscalização sobre os governantes, a ampla participação nas atividades políticas é imprescindível para que se garanta que quem governa busque atingir os objetivos a que está comprometido.
Alega-se frequentemente, contudo, que dedicar-se à política é perda de tempo, porque apesar de mudarem os políticos, a situação permanece a mesma. Essa é, entretanto, uma consequência da baixa participação popular. Diversos exemplos podem evidenciar isso: países autoritários -- como os do Norte da África e do Oriente Médio -- assistem, desde 2011, ao fenômeno da Primavera Árabe, caracterizado por um amplo descontentamento da população com a situação política atual nesses países. Já em outros países, como Noruega, Dinamarca e Suíça, em que há democracias com forte presença da população nas decisões políticas, há elevados índices de satisfação geral, e a política mostra-se muito eficiente.
Depreende-se, assim, que, como há três mil anos, a participação política é, certamente, indispensável. A política é a esfera do bem comum, bem esse que só poderá ser garantido em uma democracia que permita e incentive a participação de todos. Para transformar a política -- assim como toda a sociedade, participar dela é preciso!
Fazer política, para desfazer-se o "statu quo"
Tédio, desinteresse, aversão: reações comuns das pessoas quando a elas se propõe uma conversa sobre política, hoje. Diferentemente do que ocorria na Grécia Antiga, a política não tem sua pertinência reconhecida no mundo contemporâneo. A participação política, nesse contexto, decresce, e a democracia, por consequência, enfraquece-se.
Como versava o filósofo helênico Aristóteles, a finalidade da política é o bem comum. Entretanto, se a esfera política está corrompida, atingir-se esse fim não será mais possível, pois em vez do bem para todos, buscar-se-á o bem para alguns poucos. Como quanto menor for a participação política, menor será a fiscalização sobre os governantes, a ampla participação nas atividades políticas é imprescindível para que se garanta que quem governa busque atingir os objetivos a que está comprometido.
Alega-se frequentemente, contudo, que dedicar-se à política é perda de tempo, porque apesar de mudarem os políticos, a situação permanece a mesma. Essa é, entretanto, uma consequência da baixa participação popular. Diversos exemplos podem evidenciar isso: países autoritários -- como os do Norte da África e do Oriente Médio -- assistem, desde 2011, ao fenômeno da Primavera Árabe, caracterizado por um amplo descontentamento da população com a situação política atual nesses países. Já em outros países, como Noruega, Dinamarca e Suíça, em que há democracias com forte presença da população nas decisões políticas, há elevados índices de satisfação geral, e a política mostra-se muito eficiente.
Depreende-se, assim, que, como há três mil anos, a participação política é, certamente, indispensável. A política é a esfera do bem comum, bem esse que só poderá ser garantido em uma democracia que permita e incentive a participação de todos. Para transformar a política -- assim como toda a sociedade, participar dela é preciso!
Última edição por rrrjsj36 em Sáb 19 Dez 2015, 07:29, editado 1 vez(es)
rrrjsj36- Jedi
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Re: Fuvest - 2012
qual o estilo de redação que a fuvest propõem? a mesma do enem?
jobaalbuquerque- Mestre Jedi
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Re: Fuvest - 2012
É também uma redação dissertativa-argumentativa, mas com um viés mais reflexivo/filosófico, e sem a necessidade de se colocar uma proposta de intervenção social.
rrrjsj36- Jedi
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Re: Fuvest - 2012
eu gostei da sua redação, embora em alguns trechos careça de elementos coesivos. Uma introdução rápida e direta; com relação aos outros parágrafos, achei uma argumentação bem comum, mas a citação dos seus conhecimentos históricos (Grécia Antiga, período helenístico, conflitos no oriente médio) ajudam você a se diferenciar de muitos que propões os mesmo tópicos que você. Como disse que não há a necessidade de uma proposta de intervenção, você poderia ter desenvolvido melhor sua conclusão, algo mais coeso e fugindo do comum. Em síntese, a sua estrutura de redação é boa, 4 parágrafos, 2 períodos para cada um, dá dinamismo e evita uma leitura cansada do corretor...mas pode melhorar.
jobaalbuquerque- Mestre Jedi
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Re: Fuvest - 2012
rrrjsj36 escreveu:Proposta:
Fazer política, para desfazer-se o "statu quo"
Tédio, desinteresse, aversão: reações comuns das pessoas quando a elas se propõe uma conversa sobre política (a tirinha deixa a entender que o termo político serve não apenas para aqueles do governo, mas também para quem se preocupa com a sociedade. Cuidado com sua definição), hoje. Diferentemente do que ocorria na Grécia Antiga (poderia contextualizar a vida política da Grécia Antiga melhor), a política não tem sua pertinência reconhecida no mundo contemporâneo. A participação política, nesse contexto, decresce, e a democracia, por consequência, enfraquece-se. Tese ok!
Como versava o filósofo helênico Aristóteles, a finalidade da política é o bem comum. Entretanto, se a esfera política está corrompida, atingir-se esse fim não será mais possível, pois em vez do bem para todos, buscar-se-á o bem para alguns poucos. Como quanto menor for a participação política (cuidado novamente com sua definição de participação política), menor será a fiscalização sobre os governantes, a ampla participação nas atividades políticas é imprescindível para que se garanta que quem governa busque atingir os objetivos a que está comprometido.
Alega-se frequentemente, contudo, que dedicar-se à política é perda de tempo, porque apesar de mudarem os políticos, a situação permanece a mesma. Essa é, entretanto, uma consequência da baixa participação popular. Diversos exemplos podem evidenciar isso: países autoritários -- como os do Norte da África e do Oriente Médio -- assistem, desde 2011, ao fenômeno da Primavera Árabe, caracterizado por um amplo descontentamento da população com a situação política atual nesses países. Já em outros países, como Noruega, Dinamarca e Suíça, em que há democracias com forte presença da população nas decisões políticas, há elevados índices de satisfação geral, e a política mostra-se muito eficiente.Retomada a tese ok! Nesse último exemplo poderia ressaltar que nesses países do Oriente Médio o modelo político não é o democrático.
Depreende-se, assim, que, como há três mil anos, a participação política é, certamente, indispensável. A política é a esfera do bem comum, bem esse que só poderá ser garantido em uma democracia que permita e incentive a participação de todos. Para transformar a política -- assim como toda a sociedade, participar dela é preciso!
Sua redação foi bem sólida no sentido de ter uma tese e argumentos sustentando-a. Senti a falta de uma reflexão filosófica na conclusão e de algumas bagagens culturais para fortalecer o seu texto.
Cuidado com os textos de apoio. Mesmo que você não os use, fique esperto com a informação que eles podem oferecer. Os textos, por exemplo, ampliaram o sentido de "participação política" e você usou apenas o habitual.
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