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Mensagem por Fito42 Seg 08 Dez 2014, 15:11

Saudações, ficarei muito grato por comentários e sugestões sobre minha redação. Sinta-se livre para criticar e corrigir

TEMA: Participação política: indispensável ou superada?

http://www.fuvest.br/vest2012/provas/fuv2012.2fase.dia1.pdf


Os abusos da elite reside em uma sociedade idiota
          A retirada dos plebeus para o Monte Sagrado, a Revolução Francesa e a Primavera dos Povos em 1848 foram revoltas sociais em busca de igualdade e justiça em sociedades conservadoras. Essa tendência revolucionária desde a Antiguidade, entretanto, está se minguando, pondo em xeque antigas conquistas populares nessa Era de Idiotas (individualistas). Assim como propõe Zygmunt Bauman, as funções políticas das comunidades pós-modernas estão sendo transferidas ao mercado financeiro, ou seja, o domínio da política pela elite econômica é consequência da falta de manifestação da massa.
          Esse grupo financeiro, que detém o poder, desconhece a necessidade dos “plebeus”. Por esse motivo, as medidas tomadas pelos governos tendem a, sobretudo, auxiliar as camadas altas da sociedade. Durante o “Crash” da bolsa de Nova Iorque, por exemplo, Roosevelt financiou os bancos e deixou de investir na população desempregada. Dessa forma, quando as pessoas se omitem, suas necessidades não são consideradas e apenas os “patrícios contemporâneos” se beneficiam do governo.
          Além da ausência da classe popular, a burguesia também acentua a desigualdade na participação política. Esse setor socioeconômico utiliza de ferramentas (como a mídia) para tornar geral os seus interesses particulares, concretizando a sua hegemonia, conforme os estudos de Antônio Gramsci. Nesse sentido, as pessoas são iludidas e levadas a aceitarem o desejo da elite sem se revoltarem, seja com protestos ou com o voto.
          Portanto, na medida que o 3º Estado da sociedade abandona os seus direitos políticos, a camada hegemônica – detentora do poder financeiro – se fortalece e investe, cada vez mais, na coerção das classes populares, manipulando-as. Logo, um indivíduo político é aquele que projeta sua vontade na sociedade e busca, a cima de tudo, alcançar sua igualdade e seus direitos inalienáveis garantidos pela democracia. Negar a política é aceitar as imposições de terceiros e sua consequente alienação. 
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Mensagem por BieelsZaitsev Seg 08 Dez 2014, 18:54

Minha analise:

 Interessante, parece bem aquelas redações da Carta Capital, isto não é ruim não, ao menos para a FUVEST. O risco é sobre o pensamento do redator, as vezes ele pode não ser de esquerda.

 É difícil fugir dos clichês, como evidenciado nos trechos "as pessoas são iludidas e levadas a aceitarem o desejo da elite sem se revoltarem" e "a burguesia também acentua a desigualdade na participação política" Ficou bem Zeitgeist ou então como no livro Os Protocolos dos Sabios de Siao, resumindo  sem hesitar  que uma classe social é responsável pelos problemas sociais.

 A parcialidade do texto é bem espinhosa, ao atacar o individualismo, conservadorismo e ao liberalismo com os discursos comuns da esquerda política. Ponderar o texto com uma visão externa, como também acusando estatistas, populistas e socialistas, atrairia uma visão cética e menos arriscada. 

Resumindo

- Escrita clara e objetiva. (bom)
- Permanência no tema. (bom)
- "Conspiracionismo"  (ruim)
Egocentrismo ideológico (ruim)
- Citação de fatos e pensadores. (bom)
- Ad hominem (ruim)
- Diagramação. (bom)
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Mensagem por Fabinho snow Seg 08 Dez 2014, 19:11

Vamos lá,
Contras
1° Apesar do texto motivador apresentar termos como idiota, não o utilize na redação, preserve os eufemismos

2° Não existe, gramaticalmente falando, na medida que e na medida em que, use à medida que.

3° A divisão dos parágrafos deveria ser feita, no ruim, com o desenvolvimento apresentando mesmo número de linhas que a introdução, faça os parágrafos de desenvolvimento maiores (preferência) ou igual a dos parágrafos de conclusão e introdução.

4° Faltou você sair um pouco do óbvio, apesar deste tema ser bem atrativo ao supérfluo, devemos ser sinceros, um ponto que eu notei foi: Se a população pobre tem um acesso cada vez mais restrito à política, seria lógico que estivéssemos  numa política de direita.

Prós
1° Conjunções usadas corretamente
2° Norma culta boa, apenas aquele declive que já denunciei
3° Percebi que você faz uso de mini-conclusões nos parágrafos com o intuito de retomá-los, e/ou acrescentar detalhes ou explicações a mais. Isto é excelente.
4° Muito importante também, que do início ao fim você foi favorável apenas a um ideal, não houve contraste de ideias na redação.

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Mensagem por Fito42 Seg 08 Dez 2014, 20:07

BieelsZaitsev muito obrigado pela sua análise. Irônico ou não, fiquei tão bitolado com as aulas de sociologia que acabo criticando a ordem vigente, bem como a classe dominante. E isso em quase todos os meus textos, mesmo eu sendo da direita xD Tentarei ser menos parcial na próxima. Você poderia expor algum argumento sobre o assunto? Só para eu ter um parâmetro.

Fabinho snow também agradeço os seus comentários. Sobre o 3º comentário, você poderia exemplificar essas "mini-conclusões"? E sobre as expressões agressivas, devo evitá-las mesmo estando no texto de apoio? Resolvi usar o "idiota" mais como referência, provando que, de alguma forma, entendi os testículos propostos.
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Mensagem por BieelsZaitsev Ter 09 Dez 2014, 00:12

haha, Eu sou um pouco mais voltado ao liberal, mas meu discurso é quase sempre keynesiano para a FUVEST, a esquerda é geralmente vista com melhores olhos.

Enfim, em relação ao tema poderíamos dissertar um pouco sobre a democracia grega: 

...a participação política dos cidadãos leva a prosperidade do estado, tão verdade esta, que ao olhar para história e se atentar a Grécia Antiga podemos notar a sua exuberante astúcia, na época, na política, justiça e no militarismo. Ainda que a democracia não fosse dada a alguns que por justiça deveriam, este juvenil modo de governo levou a uma diferença enorme entre seus aliados e inimigos, em geral, por causa de uma maior participação política...

Um pouco sobre a não participação política pelos estatistas:

...Na época da Alemanha nazista o estado se fortaleceu, com as pernas do socialismo e o olhar do conservadorismo, os demais alemães que não aderissem ao Estado não teriam uma outra participação política...

Um pouco sobre a não participação política pelos socialistas:


...na URSS nem sequer pensava-se em outro partido, se sim, o pensamento-crime seria descoberto, pois o pensamento é pior que uma praga, ainda mais aquele sobre a liberdade e a respeito da maior participação política....


Um pouco sobre a não participação política pelos populistas:


...aos populistas, a participação política restringia ao ouvir O Guarani todos os dias no mesmo horário. Escutar a voz chuviscada do rádio, que pelos belos discursos ludibriava a todos em meio aos aplausos interruptos, pois não haveria de ter participação política se um líder dava conta disto. A voz do Getúlio era a voz do Brasil....



Sobre a crise de 29, para um equilíbrio ideológico:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=371

Sobre a crise 2008, uma visão centrista:
O documentário Inside Job, tem no youtube. 


Enfim, espero ter ajudado.
abraços
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Mensagem por Fabinho snow Ter 09 Dez 2014, 10:52

Fito42 escreveu:BieelsZaitsev muito obrigado pela sua análise. Irônico ou não, fiquei tão bitolado com as aulas de sociologia que acabo criticando a ordem vigente, bem como a classe dominante. E isso em quase todos os meus textos, mesmo eu sendo da direita xD Tentarei ser menos parcial na próxima. Você poderia expor algum argumento sobre o assunto? Só para eu ter um parâmetro.

Fabinho snow também agradeço os seus comentários. Sobre o 3º comentário, você poderia exemplificar essas "mini-conclusões"? E sobre as expressões agressivas, devo evitá-las mesmo estando no texto de apoio? Resolvi usar o "idiota" mais como referência, provando que, de alguma forma, entendi os testículos propostos.

Em relação às mini-conclusões, são umas frases postas no final de cada parágrafo com o intuito de fazer uma breve conclusão, que pode ser uma explicação, detalhe à parte, etc deste parágrafo.

Cara, talvez esta banca aceite essas palavras, caso não aceite poderia ser fadado a recurso, pois o tratamento linguístico deve ser recíproco. No entanto, é sempre bom usar, pois, os eufemismos; esta banca poderia aceitar, mas, por exemplo, uma banca cujos critérios eu conheço é a da marinha, e esses termos são inaceitáveis, portanto, não siga a ideia de que "é melhor tentar do que não saber como seria".

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Mensagem por Fito42 Ter 09 Dez 2014, 14:23

Agradeço novamente, fico lhes devendo essa. 
Sobre o "na medida que" meu professor disse que o correto seria "na medida em que" apenas para expressar uma relação causal. No caso do meu texto, eu queria indicar simultaneidade ou consequência, por isso o correto seria, como o Fabinho Snow apontou, "a medida que"
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