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Desabafo.. e um pedido de ajuda.

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Mensagem por Rafael Ribeiro Dom 18 Ago 2013, 20:17

Eu não sabia aonde postar isso, achei que aqui talvez fosse o lugar menos inconveniente... se o post for deletado eu vou entender.. enfim,


  Oi, eu me chamo Rafael, nunca participei muito do fórum de forma "ativa", postei bem pouco, mas.. achei várias  questões aqui que procurava na internet.. o que eu vou falar é um pouco da minha história e pedir um conselho..


  Hoje foi o segundo dia da prova da EFOMM, e eu tinha tirado meu ano pra tentar a prova. Logo que acordei ontem pela manhã (prova de port, inglês e redação) senti minha garganta doendo, meu corpo ruim e dor de cabeça. Tomei remédio, comi e fui. Fiz minha prova usando o gorro do casaco de "cachecol" e deu pra segurar as pontas. Fui bem no primeiro dia, acredito que muito bem, aliás.. em termos realísticos diria que fiz 80% talvez.   Logo após a prova, estava com febre, cheguei em casa, tomei alguns remédio e antibiótico. Minha mãe é médica e cerca de 19h me levou pro hospital, tomar remédio e mais antibiótico na veia. "Melhorei", me senti melhor, quando cheguei em casa fiquei revisando algumas fórmulas até ir dormir.


  Acordei hoje, me sentindo ainda pior, levantei, comi, tomei mais remédio na veia e fui fazer a prova, dessa vez, usando um cachecol de verdade. Tava chovendo MUITO aqui. Cheguei correndo, quase atrasado pelo tempo que perdi tomando o remédio. Entrei molhado na sala com o ar condicionado muitíssimo forte, perguntei se era possível aumentar, disseram que não. Na primeira hora e meia de prova estava me sentindo péssimo, não rendi quase nada.. fiz poucas questões e algumas incompletas. Com o tempo, começou a esquentar, fui me sentindo melhor e comecei a fazer as questões. Fui indo muito bem.. muito bem mesmo.. estava com facilidade para desenvolver os limites (teve umas 3 eu acho), a única de integral saia até por somatório.. (eu acho, né, rs)  física tranquilo.. avisaram que faltava 30 minutos. Eu sabia que deveria ir marcar o gabarito.. marcar as que já fiz ao menos.. mas pensei.. "vou só terminar essa conta.." quando vi, já tinha feito outras questões, perguntei a hora, me disseram "Menos de 1 minuto".. meu coração gelou. Sai marcando gabarito enlouquecidamente.. marquei até a questão 23.. bateu o sinal, me mandaram parar de escrever. Parei. Pedi pelo amor de deus para me deixarem terminar de marcar o gabarito disseram "Ok, mas termina aqui na frente", fui pra mesa à frente dos marinheiros e o responsável (não sei a patente), e quando ia voltar a marcar, ele olhou e disse "Ah, é esse gabarito? Esse não pode, achei que fosse o de levar pra casa" eu olhei pra ele quase paralisado, ele disse que eram as normas e seria injusto com os outros candidatos. Eu entrei em pânico.. eu sabia que ia passar.. das 40 eu tinha feito umas 34, 35 e tinha certeza de umas 30 pelo menos.. eu comecei a implorar, meu corpo ficou quente, lágrimas começaram a escorrer sem eu estar "chorando", eu fiquei pedindo, implorando, tive um ataque de ansiedade, pânico, sei lá. Chamaram um médico e duas outras pessoas para me acalmar. Eu pedi, implorei de joelhos, chorando, mas.. não pude marcar o gabarito. Tive um surto de raiva por um instante - sei que eles apenas seguiram as regras, entendo isso - e sai do auditório onde foi a prova independente do fato de eu ter que permanecer para assinar comprovando que as provas tinham sido lacradas (os últimos 3 vestibulandos remanescentes devem fazer isso). Mas há alguns passos do auditório consegui ter um momento de clareza e voltei, não quis agir de forma incorreta. Assinei os papéis e fui embora.


   Minha mãe foi me buscar e logo no carro ouvi um monte. A verdade é que minha mãe já está relativamente "cansada" de mim. Minha vida inteira não me dediquei aos estudos, sempre tive outras "prioridades", além de vício em computador (hoje está indo bem relação à isso). No primeiro ano de Ensino Médio, matei MUITAS aulas, simplesmente não ia para a escola. Ia para a casa de algum amigo ou para uma lan house. Fiquei de recuperação final em várias matérias, 'estudei' 2 semanas e passei nas provas de recuperação. No segundo ano a mesma história, eu pensava "Eu posso ou estudar um ano inteiro ou 2 semanas no final e da na mesma". Fiz alguns testes de Q.I durante minha vida, nada sério, apenas na internet, então nunca me importei muito apesar dos resultados altos. Minha mãe insistiu algumas vezes para que eu fizesse um sério, nunca fiz. Com o tempo, descobri que era inteligente. E isso só fazia minha mãe ficar com mais raiva ainda, era prova de que eu não me dedicava. 


   No ano passado - estava no Terceiro ano - comecei o ano  como todos os anteriores, entretanto, depois de 2 meses de aula, comecei a levar um pouco mais a sério, e a partir das férias de julho, passei a estudar - "pouco", mas muito. Eu sempre quis direito, minha vida inteira, história, filosofia e sociologia nunca me trouxeram problemas na escola. Aliás, amo, até hoje amo. Sempre gostei de ler livros, buscar entender as idéias complexas do autor e ir abstraindo, juntava com meus próprios pensamentos e assim formava minhas ideias. Gostava de escrever e meus professores de filosofia -os quais eu dava meus textos para ser lidos- provavelmente fugiriam se me vissem na rua.  


   Enfim, acabei percebendo que a carreira de advogado é  muito degastada nesse país - nunca tive atração por concursos públicos. Decidi que ia fazer medicina. Depois voltei a trás, medicina de novo, engenharia, direito, medicina, engenharia, direito, administração - ahn? que? é, pois é, fase negra, mas não tardou que eu retornasse a sanidade - engenharia, direito, não, pera, ITA, não, EFOMM! Vou ser prático ! Ahn.. esquece, deixa, medicina mesmo.  


  Com tantos vai e vem, não me decidia (e honestamente até hoje não tenho certeza), fui à uma psicologa especializada e fiz um teste vocacional e um "teste de Q.I". O teste vocacional deu que minha "área" mais fraca seria letras, e ainda assim, tinha feito 85% do teste. As principais foram de lógica, análise espacial, raciocínio, entre outras voltadas para à área de exatas. Ela me falou sobre a EFOMM e recomendou o ITA também. Ótimo, tudo perfeito, até ela me soltar a pérola "Mas você também seria um bom médico, principalmente cirurgião plástico pela sua capacidade de 'criar do nada' e só não seria um bom advogado por não ser bom em lidar com autoridade, não aceitaria algo que não achasse correto" .  Maravilha, que legal, que legal. Mas ok, decidi que queria ITA - mais pelo desafio mesmo. Só um problema: Já era inicio de Setembro e eu até então estudava meio que pra medicina meio que pra direito.  Na minha escola tinha turma ITA e IME, conversei com a diretora, mostrei os testes (ela quem indicou a psicologa) e ela disse que eu poderia entrar caso quisesse. Assisti uma semana de aula, comecei a estudar cálculo por conta própria e tava indo tranquilo. Porém, o ENEM se aproximava, e eu precisava pelo menos passar na primeira fase. Deixei a turma de lado e me dediquei mais ao ENEM, mas continuei estudando cálculo, realmente havia gostado. Lembro de ter ido até integrais - tudo meio torto e sem grande compreensão, claro.  Fui bem no ENEM e conversando com a diretora de novo, ela disse que me daria bolsa de 100% para poder fazer a turma ano que vem. Ótimo, imaturo como eu ainda era, deixei os estudos de lado, deixei pro ano que vem. Acabei passando em algumas faculdades pelo SISU e uma pontuação razoável na federal de engenharia daqui. 


    Esse ano, o curso começou tarde, na metade de março e ainda comecei meio cambaleando. No começo não me dediquei muito, mas em 2 semanas eu passei a me dedicar. Estudei, comecei a gostar, comecei a me interessar por física e matemática, comecei a querer provar tudo. Todas as conceitos - formulas principalmente - me faz aprender e entender a matéria muito melhor. Decidi que queria EFOMM pela possibilidade da carreira de pratico. E.. isso aconteceu. Não vou passar, vez que não vou fazer o minimo de 50% em física (já que marquei só 3 questões das 20, das 23, 20 era matemática e 3 física) e vou ser desclassificado.  Honestamente, eu estou BEM perdido, não sei o que fazer. Aguardar até o ano que vem para tentar de novo seria inviável, ainda quero seguir a carreira de pratico, penso em fazer Escola Naval ou talvez Engenharia Naval na USP.  Ou talvez me dedique ao ENEM de novo, vez que a UFMG, UFSCar e UFRJ são por ENEM. Não sei o que fazer, e nem sei como lidar com essa situação. Gostaria de conselhos, na verdade, queria mesmo só desabafar, mas gostaria também de conselhos...  Eu tinha planos. Queria começar a aprender como calcular as coisas por integral, vez que vi pouco pela falta de tempo. Pretendia inclusive ser mais ativo aqui no fórum, tentar responder mais questões, aprender junto, mas.. novamente, Enfim.

   Ah, e caso esteja pensando ou se perguntando "Nossa, porquê que esse garoto resolveu contar a história da vida dele pra só citar o que aconteceu na EFOMM hoje? Exagero. Sincaramente."  Bem, eu contei isso tudo pois acredito que, como peço conselhos, o contexto deve ser exposto para que possa ser bem aconselhado.

  De qualquer forma, Obrigado se você leu até aqui. Agradeço mesmo, se você parou antes e nem está vendo isso, agradeço também. Obrigado mesmo. Rafael.

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Mensagem por Matheus Bertolino Seg 19 Ago 2013, 17:50

Cara, sobre o que já aconteceu você não pode fazer nada, é aceitar as consequências sem se deixar abalar. Você deu mancada, mas não é por causa disso que tudo está perdido. Pensa no que você quer realmente fazer, conversa com seus pais pra ver em quais decisões eles te apoiam, e bola pra frente... infelizmente na vida nem tudo sai como o planejado.
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Mensagem por Giiovanna Dom 25 Ago 2013, 22:32

Poxa, que pena que não deu certo esse ano.

Essa contradição consigo mesmo é super normal em ano de vestibular pois não sabemos se o que queremos "dá dinheiro", ou se vamos gostar mesmo do curso, ou qual curso devemos fazer. Você até parece comigo ano passado Razz 
Sempre passei horas no computador durante o primeiro e segundo ano, mas sempre conseguia tirar notas altas (talvez por facilidade com as matérias do ensino médio). Só ano passado que eu decidi: Vou estudar. E hoje já gosto tanto do ue eu faço que penso em seguir carreira acadêmica, mesmo quando eu não sabia o que ia fazer, se fazia alguma engenharia (que supostamente da dinheiro), se fazia ciência da computação, física, química.

Felizmente percebi ano passado que sou apaixonada por matemática (e física) e resolvi, sem peso na consciência, prestar matemática aplicada. Nunca passou pela minha cabeça fazer matemática durante todos os meus anos de colégio. No segundo ano, eu tinha certeza absoluta que queria fazer astronomia. Absoluta...

Mas, ano passado, percebi que gostava de provar as coisas, como você, mas não tinha conhecido essa matéria maravilhosa chamada cálculo. Bom, quando eu entrei na USP esse ano percebi que tinha acertado em parar de procurar pêlo em ovo e fazer, de fato, algo que eu achava legal, maravihoso. Hoje, inclusive, já penso em cursas, até, matemática pura, gosto realmente das matérias puras da matemática, cálculo, análise real, teoria dos números...

O grnde problema é que achamos que essa decisão é algo completamente fixo. Isso é uma grande mentira, ainda mais para nós que temos SÓ 18 anos. Sim, pois fazer algo simplesmente sem gostar do que está fazendo não vale os dias perdidos. Mas tentar, só tentar, fazer algo que você acha que quer não é nenhum disperdicio de tempo. Aliás, quem tem certeza do que quer realmente fazer da vida, ainda mais com 18 anos de idade, recém saido do ensino médio?

Não vai ser uma psicóloga que vai te falar o que você tem vocação ou deve fazer, Isso é só você com você mesmo. Não vai ser um teste mediocre que vai te falar: Você vai ser um cirurgião plástico. Você vai ser o que quiser ser, é claro. Não é uma questão de inteligência, é uma questão de esforço, 99% eu diria.

Faça aquilo que você acha que você deve agora. Se não for bom, mude. Se passar uma vez no vestibular, passará quantas outras você quiser, você saberá os meios para isso. É só estudar, só isso Smile Você ainda tem sorte de gostar de matérias de humanas e de exatas, vai ter vantagem sobre seus concorrentes em qualquer curso que quiser fazer. Eu também gostava Smile

Espero que você consiga fazer o que você quer, boa sorte nos demais vestibulares. Só digo para escolher bem a universidade, foque-se em uma mais difícil e as outras virão de brinde. 

Até Smile
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Mensagem por mhcaf Qui 29 Ago 2013, 02:42

Pow, eu sempre fui uma desgraça na escola, quando eu "acordei", precisava estudar pra seguir a vida do jeito que eu gostaria, começei a estudar, o início foi complicado, mas consegui fazer média na efomm na terceira tentativa esse ano, e ano que vem estarei la.
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