Unicamp- Etiqueta na França.

À medida que as maneiras se refinam, tornam-se distintivas de uma superioridade: não é por
acaso que o exemplo parece vir de cima e, logo, é retomado pelas camadas médias da
sociedade, desejosas de ascender socialmente. É exibindo os gestos prestigiosos que os
burgueses adquirem estatuto nobre. O ser de um homem se confunde com a sua aparência.
Quem age como nobre é nobre.
(Adaptado de Renato Janine Ribeiro, A Etiqueta no Antigo Regime. São Paulo: Editora Moderna, 1998, p. 12.)
O texto faz referência à prática da etiqueta na França do século XVIII. Sobre o tema, é correto
afirmar que:
a) A etiqueta era um elemento de distinção social na sociedade de corte e definia os lugares
ocupados pelos grupos próximos ao rei.
b) O jogo das aparências era uma forma de disfarçar os conluios políticos da aristocracia,
composta por burgueses e nobres, e negar benefícios ao Terceiro Estado.
c) Os sans-culottes imitavam as maneiras da nobreza, pois isso era uma forma de adquirir
refinamento e tornar-se parte do poder econômico no estado absolutista.
d) Durante o século XIX, a etiqueta deixou de ser um elemento distintivo de grupos sociais,
pois houve a abolição da sociedade de privilégios.

Gabarito:

Dúvida.:

Opa, creio que o pensamento aqui seria:
Parafraseando a B) Burgueses e Nobres, juntos, formavam a Aristocracia.
Esses grupos agiam refinadamente para negar benefícios ao terceiro Estado.
Esses grupos agiam refinadamente para disfarçar seus objetivos maliciosos.
Porém no texto ele não diz isso. 
Ele diz que a Burguesia e a classe média tentavam agir como a Nobreza para ascender socialmente (distinção social)
Ele não afirma que a Burguesia e a Nobreza agiam refinadamente para excluir os camponeses/ prejudicá-los.
Abraços

Verdade, a última parte da letra B é um pouco destoante do texto. 

Obrigado, compadre.

Vale lembrar que, à época(Séc. XVIII), a burguesia compunha o terceiro estado, que sustentava o clero e a nobreza. Importante também que esse foi um dos vários motivos da revolução francesa: o anseio pela igualdade política da burguesia, que apesar de deter poder monetário, não possuiam representatividade política. 

Portanto, não negaria benefícios a si mesma.