Banalização do uso de medicamentos--Enem

  É evidente o aumento no consumo de medicamentos,por grande parte da população,sem a prescrição e o acompanhamento médico.Nessa perspectiva,a banalização do uso de fármacos no país diverge do seu uso primário - tratamento de patologias- e provoca prejuízos biológicos e psíquicos.Todo esse contexto assevera a importância da articulação governamental e dos núcleos escolares frente aos problemas concernentes a essa conjuntura.

  Em primeiro plano,é válido ressaltar a grande difusão da automedicação como impulsionadora desse processo.Nesse enquadre,o filósofo Kant ganha proeminência por afirmar:"é no problema da educação que se assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade".Com isso,o referido autor ratifica a importância da base escolar no estímulo e desenvolvimento do senso crítico,ponderando as atitudes humanas.Nessa lógica,os educandários possuem uma elevada relevência na redução do uso de medicamentos utilizados com critérios pessoais,sem a verificação da real necessidade do tratamento.Desse modo,é imperioso que haja projetos interdisciplinares voltados a essa temática.

  Há,também,de se destacar o comércio paralelo,contrabando de mercadorias,como fomentador do acesso a remédios de uso controlado ou de venda proibida no país.Diante disso,inúmeros fármacos,por exemplo,ansiolíticos e esteróides anabolizantes são revendidos  ilegamente,o que favorece a automedicação.Não obstante,o filósofo Gilles Lipovetsky disserta que há uma cultura de imediatez muito presente em tempos hodiernos.Nessa linha de raciocínio,a grande oferta de medicamentos e contigente informacional converge para a falsa percepção de que a consulta médica pode ser substituída pela auto-avaliação e,por conseguinte,intervenção terapêutica.Dessa forma,o Estado deve promover medidas de coerção frente a essa comercialização.

  Por fim,práticas discursivas devem ser engendradas para a conteção da automedicação.Os núcleos escolares,com debates comunitários entre pais,alunos e docentes,devem dialogar sobre os danos decorrentes desse ato e ratificar a importãncia do aconselhamento profissional.Ademais,são necessárias orientações psicopedagógicas,em parceria com projetos de extensão universitários,para o controle da automedicação.Paralelamente,o Ministério da Justiça,via concurso público,deve intesificar o número de agentes no setor de inteligência a fim de desaparelhar quadrilhas que revendem medicamentos ilegalmente.Assim,o receituário a julgo pessoal irá se tornar uma prática atenuada.