Farmácia: USP x UNESP x UFMG

Você gosta de farmácia? Ou melhor, você é apaixonado por esses assuntos? Você se imagina fazendo 1000 coisas depois de formado e se pega sorrindo quando sonha com isso? Se as respostas forem sim, você deveria ir para aquela em que pode se dedicar 100%.

Meu professor de química (formado em farmácia pela USP e química pela UNESP) disse - não apenas uma vez - que o melhor curso de farmácia do Brasil, disparadamente, é USP São Paulo e, depois, USP Ribeirão. Talvez seja bom analisar um pouco além dos rankings, portanto.

Jonatas Elias Rita escreveu:Galera é o seguinte: vou começar a fazer Farmácia, e tenho as opções: 
UFMG (Belo Horizonte, matutino, 5 anos), Unesp (Araraquara, integral, 5 anos) e USP (São Paulo, noturno, 6 anos).
Moro no interior de SP e distância não seria problema para mim, nem ficar longe da família, até porque a gente acaba crescendo.
Minha preferência "de coração" seria UFMG>=Unesp, nunca tive vontade de estudar na USP (pode parecer heresia, mas é verdade).
Caso eu vá para São Paulo, tenho condições de manter o emprego, já que a empresa me transferiria para lá (já falei com a chefia e é só dar entrada no processo). 
Porém, nesse caso eu não poderia "mergulhar" na vida universitária (fazer iniciação científica, grupos de monitoria, participar de eventos etc), pois o trabalho me consumiria as horas e energia física. A vantagem seria eu poder me manter sozinho, já que meus pais não têm condições de me bancar.
Pesquisando a qualidade dos cursos vi praticamente um empate entre UFMG e Unesp, com a UFMG um pouco melhor colocada nos rankings, mas sei que na Unesp tem a possibilidade de entrar no Mestrado ainda durante a graduação.
Indo para qualquer uma das duas obrigatoriamente teria que pedir demissão do emprego, com a desvantagem de ficar "quebrado" durante toda a graduação. Mas também poderia me dedicar exclusivamente ao curso, o que sei que me tornaria um profissional diferenciado.
Como disse, meus pais não podem me bancar, então penso em fazer algum bico para me manter (trabalhar de garçom, limpar piscina, sei lá).
Enfim, estou na lista de espera do SiSU na UFMG, na lista de espera da Fuvest e talvez seja chamado na primeira chamada da Unesp. Já gastei muito neurônio e não consigo me decidir. Sempre que penso nos prós e contras de cada opção acabo andando em círculos.

E qual seria dúvida?

HayzelS escreveu:Meu professor de química (formado em farmácia pela USP e química pela UNESP) disse - não apenas uma vez - que o melhor curso de farmácia do Brasil, disparadamente, é USP São Paulo e, depois, USP Ribeirão. Talvez seja bom analisar um pouco além dos rankings, portanto.

Depende da área. Em algumas, Ribeirão é superior, vice-versa. Em doenças negligenciadas, por exemplo, toxicologia. 

Veja as notas de mestrado e doutorado de todas https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/programa/listaPrograma.jsf

7 é a nota máxima (considerado nível internacional). Basta digitar farmácia em Área de Avaliação, depois clicar em consultar. Só isso, sem preencher mais nada.


P.s.: Mal pelos dois posts seguidos. Não se repetirá.

Tioria escreveu:Você gosta de farmácia? Ou melhor, você é apaixonado por esses assuntos? Você se imagina fazendo 1000 coisas depois de formado e se pega sorrindo quando sonha com isso? Se as respostas forem sim, você deveria ir para aquela em que pode se dedicar 100%.

Como farmácia é um curso que une biologia e química, achei válido o resultado do teste vocacional (meu primeiro vestibular foi para ciências biológicas, mas não passei). Quando fiz química era apaixonado pelo curso, mas tinha muita dificuldade na física e matemática (não tive base no ensino médio e também não me esforçava). Era muito imatura na época. Também achava que Eng. Química daria mais futuro.

Na verdade estou mais inclinado à química do que à biologia, tanto que não me identifico com Biomedicina nem Bioquímica (oferecido na UFV e UFSJ). A parte de biologia que gosto mesmo é bioquímica e biologia molecular etc, não curto ecologia, animais, plantas etc.. Por isso Farmácia seria o curso ideal.

HayzelS escreveu:Meu professor de química (formado em farmácia pela USP e química pela UNESP) disse - não apenas uma vez - que o melhor curso de farmácia do Brasil, disparadamente, é USP São Paulo e, depois, USP Ribeirão. Talvez seja bom analisar um pouco além dos rankings, portanto.

Não duvido que a USP SP seja melhor. Ribeirão recentemente reformulou a grade curricular e não curti muito. O grande problema de ir para SP seria mesmo não poder me dedicar 100% por conta do trabalho (tanto que prestei o curso noturno). Mas acho que UFMG e Unesp não devem deixar a desejar comparado à USP.

Giovanni Paolo escreveu:

HayzelS escreveu:Meu professor de química (formado em farmácia pela USP e química pela UNESP) disse - não apenas uma vez - que o melhor curso de farmácia do Brasil, disparadamente, é USP São Paulo e, depois, USP Ribeirão. Talvez seja bom analisar um pouco além dos rankings, portanto.

Depende da área. Em algumas, Ribeirão é superior, vice-versa. Em doenças negligenciadas, por exemplo, toxicologia. 

Veja as notas de mestrado e doutorado de todas 

7 é a nota máxima (considerado nível internacional). Basta digitar farmácia em Área de Avaliação, depois clicar em consultar. Só isso, sem preencher mais nada.


P.s.: Mal pelos dois posts seguidos. Não se repetirá.

Acabei de consulta e vi que a USP é a única nota 7. Depois vem a Unesp com nota 6 e UFMG com nota 5. Mas sei que a graduação das três são excelentes.

Giovanni Paolo escreveu:

Jonatas Elias Rita escreveu:Galera é o seguinte: vou começar a fazer Farmácia, e tenho as opções: 
UFMG (Belo Horizonte, matutino, 5 anos), Unesp (Araraquara, integral, 5 anos) e USP (São Paulo, noturno, 6 anos).
Moro no interior de SP e distância não seria problema para mim, nem ficar longe da família, até porque a gente acaba crescendo.
Minha preferência "de coração" seria UFMG>=Unesp, nunca tive vontade de estudar na USP (pode parecer heresia, mas é verdade).
Caso eu vá para São Paulo, tenho condições de manter o emprego, já que a empresa me transferiria para lá (já falei com a chefia e é só dar entrada no processo). 
Porém, nesse caso eu não poderia "mergulhar" na vida universitária (fazer iniciação científica, grupos de monitoria, participar de eventos etc), pois o trabalho me consumiria as horas e energia física. A vantagem seria eu poder me manter sozinho, já que meus pais não têm condições de me bancar.
Pesquisando a qualidade dos cursos vi praticamente um empate entre UFMG e Unesp, com a UFMG um pouco melhor colocada nos rankings, mas sei que na Unesp tem a possibilidade de entrar no Mestrado ainda durante a graduação.
Indo para qualquer uma das duas obrigatoriamente teria que pedir demissão do emprego, com a desvantagem de ficar "quebrado" durante toda a graduação. Mas também poderia me dedicar exclusivamente ao curso, o que sei que me tornaria um profissional diferenciado.
Como disse, meus pais não podem me bancar, então penso em fazer algum bico para me manter (trabalhar de garçom, limpar piscina, sei lá).
Enfim, estou na lista de espera do SiSU na UFMG, na lista de espera da Fuvest e talvez seja chamado na primeira chamada da Unesp. Já gastei muito neurônio e não consigo me decidir. Sempre que penso nos prós e contras de cada opção acabo andando em círculos.

E qual seria dúvida?

Basicamente ir para USP e não poder me dedicar 100% já que teria que trabalhar, ou ir para a UFMG ou Unesp e poder me dedicar 100% ao curso, mas ficar "quebrado" a graduação inteira, pq teria que pedir demissão. Para me manter penso em ir fazendo algum bico, já meus pais não podem me bancar.

Jonatas, estudar em tempo integral e ficar tranquilo só com paitrocínio, e não é todo mundo que tem na USP, as pessoas fazem os corres e, mesmo assim, se dedicam 100%.
Seja realista sobre as suas condições. Se você for para a UNESP, que é período integral, e, sendo assim, não puder trabalhar, como vai ser seus 5+ anos de graduação? Onde vai morar? Como vai pagar? Levante essas questões, afinal as coisas não são fáceis.
O curso de Farmácia na USP no período noturno já é elaborado pensando que as pessoas precisam de tempo. A tendência é que todos os cursos da USP acabem sendo divididos assim, uso como exemplo o curso de arquitetura: não tem um aluno da FAU que não reclame da carga horária. Um dia isso vai ter q mudar, afinal já até conseguiram, e com muita razão, retirar a prova de habilidade específica.
Ir para a USP e se dedicar 100% mesmo trabalhando só depende de você. Boa sorte!