PiR2
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Assistencialismo ao avesso

Ir para baixo

Assistencialismo ao avesso Empty Assistencialismo ao avesso

Mensagem por Christian M. Martins Dom 10 maio 2015, 14:43

PROPOSTA DE REDAÇÃO 

                A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema "Política de desenvolvimento social no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 





Assistência Social

               A assistência social, política pública não contributiva, é dever do Estado e direto de todo cidadão que dela necessitar. Entre os principais pilares da assistência social no Brasil estão a Constituição Federal de 1988, que dá as diretrizes para a gestão das políticas públicas, e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993, que estabelece os objetivos, princípios e diretrizes das ações.
 (...) 
               A gestão da assistência social brasileira é acompanhada e avaliada tanto pelo poder público quanto pela sociedade civil, igualmente representados nos conselhos nacional do Distrito Federal, estaduais e municipais de assistência social. Esse controle social consolida um modelo de gestão transparente em relação às estratégias e à execução da política.
              A transparência e a universalização dos acessos aos programas, serviços e benefícios socioassistenciais, promovidas por esse modelo de gestão descentralizada e participativa, vem consolidar, definitivamente, a responsabilidade do Estado brasileiro no enfrentamento da pobreza e da desigualdade, com a participação complementar da sociedade civil organizada, através de movimentos sociais e entidades de assistência social. 
Disponível em: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial Acesso em: 01/05/2015 



Cidadania X Assistencialismo 

                No livro “O cidadão de papel”, o jornalista Gilberto Dimenstein, nos apresenta o Brasil, como um país de contrastes muito grandes. O Brasil, para ele, é uma das maiores economias do planeta e, ao mesmo tempo, um dos lugares mais socialmente injustos para se morar. Nesse livro, é exposto como, apesar da Declaração Universal dos Direitos Humanos e de todos os modernos códigos legais que regem o nosso país (da Constituição ao Código Civil, do Código Penal ao Código do consumidor, passando por tantos outros), o Brasil não conseguiu vencer a úlcera da desigualdade social e da má distribuição de renda. Amélia Hamze, Profª da FEB/CETEC e ISEB/FISO Barretos 
Disponível em: http://educador.brasilescola.com/politicaeducacional/cidadania-assistencialismo.htm Acesso em: 01/05/2015










Assistencialismo ao avesso

                                A desigualdade social no Brasil é um quadro que se caracteriza desde a fase colonial, remanescendo até os dias atuais, em que a pátria se destaca por situar-se dentre a lista das nações com maior índice de distinção do mundo inteiro. "A fome e a miséria terão que estar em todos os debates, palanques e comícios" e outros ideais como este, de Betinho, alcunha de um famoso sociólogo brasileiro, contudo, aparentam não integrar as ideologias do país.
                                Tal fato fica em voga pois a política de assistência social aplicada no país atualmente é falha. Isso fica explícito por programas como o Programa Bolsa Família (PBF) e o Fome Zero (que atuam fornecendo, respectivamente, capital e alimento para famílias em estado de extrema pobreza), pois a despeito de suas intenções éticas e igualitárias, acabam tornando indivíduos pertencentes à classe baixa brasileira em parasitas do governo, o que gera altas despesas ao Estado e  apenas mascara a situação dessas pessoas que continuam sem exercer sua cidadania. Contrariamente a políticas como essa, a ajuda deve atuar na raiz do problema, de forma a prevenir o surgimento da desigualdade social.
                               A sociedade, por sua vez, demonstra neutralidade em relação à causa assistencialista, o que configura mais um empecilho à prosperidade do país. Esse se deve ao fato de que os movimentos sociais em prol da renovação das políticas assistenciais são escassos, assim como é a participação do povo nos programas vigentes, tendo por consequência uma situação de inércia na nação, que continua com defasagens claras no que tange à igualidade. Em oposição a isso, o povo deve atuar auxiliando o governo a reintegrar pessoas em estado de radical pobreza.
                              Fica claro, portanto, que a pátria tupiniquim necessita de um acerto de suas concepções. Esse deve reunir governo e sociedade, com o primeiro ampliando programas de reintegração através da educação primária e média e sua divulgação, o que gera novas possibilidades às pessoas,  e o segundo promovendo o incentivo e a conscientização de que a educação pode mudar não apenas o quadro monetário das famílias, mas toda sua estrutura, o que fomentará uma maior adesão aos programas governamentais. Dessa forma o Brasil retomará o anverso do assistencialismo ao avesso presentemente aplicado, dando um grande passo rumo à minimização da grave desigualdade social presente no país.





Tentei corrigir os erros cometidos na última redação, nessa. Se puderem avaliar com uma nota de 0 a 1000, já tá de ótimo tamanho. Obrigado, gente. Very Happy 
Christian M. Martins
Christian M. Martins
Grupo
Velhos amigos do Fórum

Grupo Velhos amigos do Fórum

Mensagens : 3776
Data de inscrição : 15/09/2014
Idade : 26
Localização : Rio Grande do Sul

http://www.instagram.com/chriestianmm

Ir para o topo Ir para baixo

Assistencialismo ao avesso Empty Re: Assistencialismo ao avesso

Mensagem por Convidado Qui 14 maio 2015, 22:28

*Não li os textos da proposta, só o enunciado mesmo.
*Cada sugestão de escrita/reescrita é feita individualmente e, não necessariamente, estabelece um vínculo com o parágrafo ou sugestão anterior.

 
AVALIAÇÃO DE REDAÇÃO


PARÁGRAFO 1 (INTRODUÇÃO)
        A desigualdade social no Brasil é um quadro que se caracteriza desde a fase colonial, remanescendo até os dias atuais, em que a pátria se destaca por situar-se dentre a lista das nações com maior índice de distinção do mundo inteiro. "A fome e a miséria terão que estar em todos os debates, palanques e comícios" e outros ideais como este, de Betinho, alcunha de um famoso sociólogo brasileiro, contudo, aparentam não integrar as ideologias do país.

COMENTÁRIO

  • Se a desigualdade social no Brasil vem desde a fase colonial quer dizer que ela existe até os dias atuais. Ficou um pouco redundante, na minha opinião. Sugestão de escrita: Os altos índices de desigualdade social do Brasil são resquícios do colonialismo que ainda influencia as relações entre os diversos setores da sociedade. Se a escravidão e o machismo colocaram o negro e a mulher à margem do sistema trabalhista, não é por casualidade que estes grupos se configurem como o setor mais prejudicado quando o assunto é a distribuição de renda, por exemplo. A perpetuação dessa circunstância parece ser irrevogável diante das más políticas assistencialistas que imperam no Brasil. 
  • Não há necessidade de inserir a conjunção "contudo".
  • Faltou uma ligação maior entre o primeiro e o segundo período. Tentei exemplificar com o período em azul acima, com a inserção de novas ideias.
  • Senti a ausência de uma tese, que é, vamos dizer assim, obrigatória na introdução. Tentei inseri-lá com o período em laranja acima. 



PARÁGRAFO 2 (DESENVOLVIMENTO 1)
        Tal fato fica em voga pois a política de assistência social aplicada no país atualmente é falha. Isso fica explícito por programas como o Programa Bolsa Família (PBF) e o Fome Zero (que atuam fornecendo, respectivamente, capital e alimento para famílias em estado de extrema pobreza), pois a despeito de suas intenções éticas e igualitárias, acabam tornando indivíduos pertencentes à classe baixa brasileira em parasitas do governo, o que gera altas despesas ao Estado e  apenas mascara a situação dessas pessoas que continuam sem exercer sua cidadania. Contrariamente a políticas como essa, a ajuda deve atuar na raiz do problema, de forma a prevenir o surgimento da desigualdade social.


COMENTÁRIO

  • Acho o termo "parasitas do governo" um pouco pesado para uma redação. Tem muita gente que precisa cara. 
  • O segundo período ficou imenso. Eu recomendo sempre se expressar por períodos pequenos.
  • Você usou um argumento que com certeza seria muito utilizado pelas pessoas que fizessem uma redação com esse tema. A maioria dos sulistas pensão assim. Eu penso assim. Não é que o argumento seja ruim, mas com certeza seria muito comum, pois foi a primeira coisa que eu pensei quando li o tema, antes mesmo de ler sua redação. Sugestão de reescrita: A ineficiência do assistencialismo no país deve-se, principalmente, a seu caráter de fornecedor de capitais e de alimentos, e não de oportunidades. As famílias de baixa renda tendem a manter a sua condição, permanecendo dependente do apoio do governo para sobreviver, já que não conseguem se inserirem ou se ascenderem no mercado trabalho. A falta de capacitação profissional e de acesso à educação são determinantes para que as desigualdades persistam, tanto por vitimizar as classes menos favorecidas quanto por isolá-las de qualquer possibilidade de ascensão social.   




PARÁGRAFO 3 (DESENVOLVIMENTO 2)

      A sociedade, por sua vez, demonstra neutralidade em relação à causa assistencialista, o que configura mais um empecilho à prosperidade do país. Esse se deve ao fato de que os movimentos sociais em prol da renovação das políticas assistenciais são escassos, assim como é a participação do povo nos programas vigentes, tendo por consequência uma situação de inércia na nação, que continua com defasagens claras no que tange à igualidade. Em oposição a isso, o povo deve atuar auxiliando o governo a reintegrar pessoas em estado de radical pobreza.



COMENTÁRIO

  • O certo seria "Isso" ao invés de "Esse", não é?
  • Três palavras com a mesma terminação já classifica uma "rima".
  • Seria melhor se você substituísse "povo" por população, em algum momento.
  • Também achei o segundo período muito longo, neste caso. Essa afirmação "assim como é a participação do povo nos programas vigentes" ficou muito sem explicação no texto. Você deveria trocar (ou inserir novas informações) nesse parágrafo, pois o argumento é fraco. Sugestão de escrita: Além disso, há de se considerar que, sendo a desigualdade  uma consequência histórica, ela possui um caráter moral e ideológico que explica a neutralidade da população em relação ao tema. Enquanto o capitalismo criou a ideia de que a pobreza é resultado da preguiça, a ideologia colonialista trouxe com o racismo uma desumanização do negro, nunca antes vista na história da humanidade. Essas duas teses moldaram a cultura moderna de tal modo que o desprezo pelas classes menos favorecidas tornou-se, não só algo propagado pela elite dominante, mas também por aqueles que conseguiram ascenderem-se socialmente à categoria de classe média, por exemplo.



PARÁGRAFO 4 (CONCLUSÃO)


        Fica claro, portanto, que a pátria tupiniquim necessita de um acerto de suas concepções. Esse deve reunir governo e sociedade, com o primeiro ampliando programas de reintegração através da educação primária e média e sua divulgação, o que gera novas possibilidades às pessoas,  e o segundo promovendo o incentivo e a conscientização de que a educação pode mudar não apenas o quadro monetário das famílias, mas toda sua estrutura, o que fomentará uma maior adesão aos programas governamentais. Dessa forma o Brasil retomará o anverso do assistencialismo ao avesso presentemente aplicado, dando um grande passo rumo à minimização da grave desigualdade social presente no país.



COMENTÁRIO


  • Conservo aqui a minha crítica sobre o segundo período.
  • Não gostei da sugestão, nem do "Fica claro, portanto, ..."  e nem do "pátria tupiniquim". Achei meio clichê.
  • Sugestão de reescrita: Dessa forma, entende-se que a desigualdade social no Brasil, nas suas mais variadas subdivisões, é mantida tanto em vertentes ideológicas quanto práticas, e, embora o capitalismo seja um sistema econômico em que sempre haverá esse problema, a redução deste não é impossível. Se a modificação da cultura do desprezo pode ser uma responsabilidade atribuída ao sistema educacional brasileiro, a adoção de cotas que reservem uma porcentagem de vagas em cada empresa para mulheres e negros, bem como um processo de capacitação profissional, é de dever do Estado. Assim, o gigante finalmente poderá dizer que acordou, não para mudar, mas pela mudança. 



COMENTÁRIO GERAL
           Christian, é o seguinte: você escreve bem, com exceção dos períodos muito longos. O que você tem que buscar é desenvolver melhor os seus argumentos, pois até o que pode parecer parte do senso comum, pode tornar-se algo crítico se for bem sustentado em um texto. Veja que eu usei da mesma argumentação que você usou (a neutralidade da população ajuda a manter a mesma política assistencialista), no segundo parágrafo, mas dei um significado maior a essa afirmação. É isso que você tem que fazer. Daí em diante é só paulada no corretor. Eu te daria uns 600 como nota.
           Se serve como sugestão, comece a corrigir as redações daqui do fórum, uma por semana, que seja. Vai te ajudar muito. Ao conhecer os erros você consegue domá-los. 
           Espero ter ajudado! 


Abaixo segue minha redação com as partes ajuntadas (também aceito críticas e sugestões,  Neutral)


            O sono eterno de um gigante omisso
             Os altos índices de desigualdade social do Brasil são resquícios do colonialismo que ainda influencia as relações entre os diversos setores da sociedade. Se a escravidão e o machismo colocaram o negro e a mulher à margem do sistema trabalhista, não é por casualidade que estes grupos se configurem como o setor mais prejudicado quando o assunto é a distribuição de renda, por exemplo. A perpetuação dessa circunstância parece ser irrevogável diante das más políticas assistencialistas que imperam no Brasil. 
            A ineficiência do assistencialismo no país deve-se, principalmente, a seu caráter de fornecedor de capitais e de alimentos, e não de oportunidades. As famílias de baixa renda tendem a manter a sua condição, permanecendo dependente do apoio do governo para sobreviver, já que não conseguem se inserirem ou se ascenderem no mercado trabalho. A falta de capacitação profissional e de acesso à educação são determinantes para que as desigualdades persistam, tanto por vitimizar as classes menos favorecidas quanto por isolá-las de qualquer possibilidade de ascensão social.
            Além disso, há de se considerar que, sendo a desigualdade uma consequência histórica, ela possui um caráter moral e ideológico que explica a neutralidade da população em relação ao tema. Enquanto o capitalismo criou a ideia de que a pobreza é resultado da preguiça, a ideologia colonialista trouxe com o racismo uma desumanização do negro, nunca antes vista na história da humanidade. Essas duas teses moldaram a cultura moderna de tal modo que o desprezo pelas classes menos favorecidas tornou-se, não só algo propagado pela elite dominante, mas também por aqueles que conseguiram ascenderem-se socialmente à categoria de classe média, por exemplo.
            Dessa forma, entende-se que a desigualdade social no Brasil, nas suas mais variadas subdivisões, é mantida tanto em vertentes ideológicas quanto práticas, e, embora o capitalismo seja um sistema econômico em que sempre haverá esse problema, a redução deste não é impossível. Se a modificação da cultura do desprezo pode ser uma responsabilidade atribuída ao sistema educacional brasileiro, a adoção de cotas que reservem uma porcentagem de vagas em cada empresa para mulheres e negros, bem como um processo de capacitação profissional, é de dever do Estado. Assim, o gigante finalmente poderá dizer que acordou, não para mudar, mas pela mudança. 




            


 
        

Convidado
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Assistencialismo ao avesso Empty Re: Assistencialismo ao avesso

Mensagem por Christian M. Martins Sex 15 maio 2015, 06:33

Boa análise, Dezotti, tanto é que a sua redação ficou 10x melhor que a minha.

Eu só queria te perguntar uma coisa: tu puxa bastante o saco da esquerda né? É por causa desse MEC petista? Laughing Laughing Laughing
Christian M. Martins
Christian M. Martins
Grupo
Velhos amigos do Fórum

Grupo Velhos amigos do Fórum

Mensagens : 3776
Data de inscrição : 15/09/2014
Idade : 26
Localização : Rio Grande do Sul

http://www.instagram.com/chriestianmm

Ir para o topo Ir para baixo

Assistencialismo ao avesso Empty Re: Assistencialismo ao avesso

Mensagem por Convidado Sex 15 maio 2015, 10:06

Ah, sei lá. Isso depende da redação.  Razz
Mas às vezes é bom puxar o saco na redação no MEC. De maneira implícita, é claro. 

Convidado
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Assistencialismo ao avesso Empty Re: Assistencialismo ao avesso

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos