Redação - Tema: ''Justiceiros''

Faroeste contemporâneo
                              Com o advento das redes sociais, opiniões pessoais, baseadas na frase ''bandido bom é bandido morto'' muitas vezes são tratadas como verdades absolutas após sua disseminação. O grande problema ocorre quando grupos denominados ''justiceiros'' transformam o país em um faroeste contemporâneo. Sendo assim, é imprescindível que o sistema judiciário esteja aquém de tal julgamento. 
                           Um grupo chamado ''Coretos'' constantemente tem realizado arrastões nas praias da Zona Sul do Rio de Janeiro. Em consequência disso, grupos organizados nas redes sociais têm como objetivo realizar a justiça com as próprias mãos. O cenário não é novidade, uma vez que nos anos 90, praticantes do Jiu-Jitsu, chamados de ''pit boys'', davam demonstrações gratuitas nas areias e agrediam suspeitos de arrastões. Hoje, chamados de ''justiceiros'' e discípulos dessa filosofia, fazem o uso de tacos de beisebol, soco inglês, armas de choque e pretendem usar armas de fogo. Contudo, a atitude violenta dessa organização contra o crime, faz dela criminosa e, além de diminuir os Direitos Humanos ao nada, faz do sistema judiciário algo dispensável.
                          Além disso, a agressão à ''supostos suspeitos'' muitas vezes levam a uma condenação errônea. Esses mesmos ''justiceiros'' procuram fazer vigilância em ônibus que vão para a Zona Norte do Rio de Janeiro e agridem aqueles que pareçam infratores. Uma situação semelhante a essa, ocorreu no Guarujá em São Paulo, em que uma mulher foi espancada e morta por dezenas de cidadãos que julgaram-na, ao acreditarem que fosse uma mulher procurada na rede social por sequestrar crianças e fazer ritual de magia com elas. 
                         Diante desse cenário semelhante ao ''caça às bruxas'' da Idade Medieval, em que a condenação popular resulta em um banho de sangue, é imprescindível que o sistema judiciário prevaleça e os Direitos Humanos sejam preservados. Dessa forma, fazer justiça com as próprias mãos contra um crime faz do autor um criminoso, e isso não é uma solução.

Tive bastante dificuldade com o tema. A FUVEST gosta de filosofia e não consegui ir pelo caminho. 

Alguém tem alguma dica de filósofo que fale sobre ''justiça com as próprias mãos''? 

Se tiver crítica, será muito bem-vinda!!