Aborto

gdaros escreveu:TEMA: O aborto deve ou não deve ser legalizado? Por quê?
Modelo ENEM

ABORTO: UMA QUESTÃO DE SAÚDE

A legalização do aborto, só permitido em casos excepcionais, no Brasil, ainda é um debate superficial, mas que precisa ser aprofundado para salvar a vida de milhares de mulheres no país. A soberania da mulher precisa ser reconhecida, principalmente a das mais fragilizadas pela sociedade, e a discussão não pode sofrer interferências de quaisquer crenças religiosas.   

Seria melhor, no intuito de facilitar a compreensão do leitor , inverter a ordem da oração. Excetuando tal inversão, achei sua introdução bem elaborada.  

''No Brasil, a legalização do aborto, só permitido em casos excepcionais, ainda é um debate superficial, mas que precisa ser aprofundado para salvar a vida de milhares de mulheres no país. A soberania da mulher precisa ser reconhecida, principalmente a das mais fragilizadas pela sociedade, e a discussão não pode sofrer interferências de quaisquer crenças religiosas. 

   
Nas últimas décadas, apesar de as mulheres terem ganhado direitos e espaços em empresas e no meio político, ainda é pouco representada. A cultura machista da sociedade ainda é um entrave para assuntos ligados à autonomia para as decisões das mulheres, como a vontade ou não de ser mãe.

Seria conveniente, se você trocasse a conjunção aditiva ''e'' pela preposição nas, bem como invertesse a ordem da oração, estabelecendo assim uma maior coerência.  Veja : ''Nas últimas décadas, apesar de as mulheres terem ganhado direitos e espaços no meio político e nas empresas ...''

Cuidado com a concordância. O fragmento ''ainda é pouco representada'' está discordando do sujeito , que é '' mulheres''. Para garantir a concordância, o correto seria ''ainda são pouco representadas''. 


Estimativas de órgãos de saúde nacionais e internacionais afirmam que são feitos cerca de um milhão de abortos no Brasil a cada ano. As mulheres vulneráveis a esse processo geralmente não têm condição financeira nem psicológica para ser mãe e que são abandonadas pelo parceiro após o conhecimento da gestação, por não querer assumir o filho, porém, quase nunca responsabilizado junto com a parceira.

Quais estimativas? . Qual estatística  fora apresentada por tais estimativas?. Quais órgãos de saúde?. A conjunção ''que '' na segunda estrutura do argumento está em excesso.  Na parte final do desenvolvimento, seus argumentos estão  mal elaborados. A regência verbal correta é junto à e não ''junto com''. O fragmento ''junto com a parceira'' pode ser eliminado sem prejuízo de sentido.  Cuidado com a utilização de conjunções coordenadas. 

Estimativas de órgãos de saúde nacionais e internacionais afirmam que são feitos cerca de um milhão de abortos no Brasil a cada ano. As mulheres vulneráveis a esse processo geralmente não têm condição financeira nem psicológica para ser mãe e que  são abandonadas pelo parceiro após o conhecimento da gestação, visto que, o (palavra que substitui o termo parceiro) não quer assumir o filho e , frequentemente, não é quase nunca é responsabilizado .junto com a parceira.


Mesmo que o procedimento seja ilegal para quase todos os casos - exceto para estupros, má-formação do feto e risco de morte para mãe – grávidas de todas as classes sociais buscam essa alternativa pelo desespero. Porém, as que não têm muitas condições financeiras recorrem a clínicas clandestinas insalubres e expõe-se a complicações de saúde e morte, enquanto as de classe alta recorrem a clínicas médicas e profissionais de saúde.

Cuidado com as afirmações comprometedoras. Nem toda grávida que realiza o aborto está desesperada. O termo ''muitas'' pode ser retirado da oração sem prejuízo de sentido. Seu argumento poderia ser melhor se estivesse fundamentado em fatos históricos, sociológicos ... 

Mesmo que o procedimento seja ilegal para quase todos os casos - exceto para estupros, má-formação do feto e risco de morte para mãe – grávidas de todas as classes sociais buscam essa alternativa pelo desespero. Porém, as que não têm condições financeiras recorrem a clínicas clandestinas insalubres e expõe-se a complicações de saúde e morte, enquanto as de classe alta recorrem a clínicas médicas e profissionais de saúde.

Outro obstáculo a ser enfrentado é a falta de discernimento entre política e religião pela população brasileira, que geralmente condena a prática e impede o avanço do debate, por considera-lo a morte de um ser humano indefeso. Porém, esse é um pensamento que não leva em conta o futuro da criança, que certamente será miserável.

Novamente, cuidado com as afirmações comprometedoras. Preste atenção aos conceitos formulados pelos Diretos Humanos.Além disso,o argumento precisa ser melhor alicerçado. Lembro também que , tu repetes em excesso a conjunção adversativa ''porém''. Utilize sinônimos.



Precisa-se reconhecer a urgência do assunto e livrar-se de pré-conceitos para que se possa avançar nessa questão pública de não só saúde sexual e reprodutiva, mas de independência da escolha da mulher. Além do direito ao aborto, é preciso garantir estrutura física para a realização do procedimento e assistência psicológica e ainda dar acesso à educação sexual, principalmente nas periferias.

  A conclusão precisa ser melhor trabalhada, com a utilização de propostas mais concretas e de cunho social, respeitando os Direitos Humanos. A retomada da tese poderia ter sido melhor elaborada. Faltou a expressão/palavra conclusiva. Ressalvo que esta finalização textual está boa, mas não para os moldes do Enem.

gdaros escreveu:Obrigado, Nina!
Tenho algumas observações:
- Ouvi dizer que não é recomendável utilizar "o mesmo" para substituir alguém.
- Exemplos de palavras conclusivas?
-No caso das fontes, devo citar, por exemplo, Organização Mundial da Saúde ou OMS?